O que você quer saber sobre História?



Este blog tem como objetivo discutir História, postar artigos, discutir assuntos da atualidade, falar do que ninguém quer ouvir. Então sintam-se a vontade para perguntar, comentar, questionar alguma informação. Este é um espaço livre para quem gosta de fazer História.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

PAPA E INDIFERENÇA DA CATOLICIDADE



        O melhor e mais eficaz termômetro que pode medir a questão da renúncia papal, é a própria catolicidade. Surpreendentemente os católicos nada comentam, muito menos apresentam a menor lamentação sobre o final do reinado do seu chefe espiritual.
       Andando pelas ruas das cidades do Brasil, apregoado e doutrinado como sendo a maior nação católica do mundo, a indiferença chega a ser até mesmo espantosa, tamanha a desenvoltura e a ausência de comentários sobre o caso. Com efeito, ainda não ouvi um só comentário de qualquer católico pelos lugares por onde tenho andado. Impressionantemente é a indiferença marcante do evento, quando, pela seriedade do tema, deveria ser motivo de preocupação e até mesmo de acaloradas discussões. Pelo visto, o futebol ocupa muito mais espaço nos corações dos católicos do que o seu papa e as circunstâncias em que o papado afunda, o ocaso da sua religião salpicada pelos mais profundos e imorais escândalos, para uma instituição que sempre se declarou da parte de Deus.
        Salvo as opiniões colhidas pelos telejornais na Europa, colhidas aos pés da Praça de São Pedro, em Roma, de alguma beata católica brasileira, nada a lamentar internamente dentro do país, com exceção de alguns padres e cardeais, estes loucos para serem os escolhidos.
        Também alguma coisa de estranho possui o Brasil em relação ao Reino do Vaticano (o Vaticano é uma monarquia), uma vez apregoado como a quinta essência do catolicismo, por ser a maior e decantada maior nação católica do mundo (palavras do catolicismo), o Brasil possui somente e apenas 05 cardeais enquanto a Itália possui 21 cardiais e outros países menores, possuem mais cardeais do que o Brasil. Não tem lógica, porém os católicos que tentem explicar essa falta ou até mesmo ausência de lógica e de apreço pelo país.
      Seriam os cardeais brasileiros incompetentes? Ou não teria o Brasil peso político nem conceito junto ao Vaticano para impor maior número, já que as decisões ali são tomadas por pressões políticas? Não sabemos os católicos que se expliquem, uma vez que é da sua alçada.
        O que é preocupante é essa total indiferença dos católicos como se nada estivesse acontecendo na sua religião, como se não tivesse nenhum significado, como se nada interessa, como se fosse uma declaração de que não estão nem um pouco preocupados com a situação.
        O que preocupa os estudiosos é a ausência pela indiferença, dos debates, esse desdém católico do acontecimento, a falta de debate sobre os escândalos dos seus prelados mais influentes, esse jogo de interesses, corrupção e prostituição no miolo da sua representação religiosa que faz com que os olhos de todo o mundo para lá se volte, como se questões morais e de religião não alcançassem o povo brasileiro.
          De fato, o que proporcionou o crescimento e o agigantamento dos seus poderes católicos foi essa postura inexplicável de se entregar o catolicismo ao ostracismo, aonde padres, freiras e o cardeais fazem o que  bem entendem, não são delineadas suas visibilidades, se passam por santos e abnegados quando são ao contrário, com pecados infames em nome dos evangelhos e aonde se pratica toda rapinagem e degradação moral e espiritual sem que sejam apercebidos e, quando o são, são relevados como se coisa de somenos, perdoados e até mesmo justificados.
         Lembro-me de agressão sofrida por um grupo de católicos que questionavam a reforma de certa casa paroquial, morada de um único sacerdote, pederasta empedernido e de todos conhecido, conquistador de rapazolas, pedófilo escancarado, fazendo construir 19 banheiros na residência habitada pelo único padre e sem ingresso para os demais fieis (e tem fieis no catolicismo?). Quase apanham no meio da cidade. Eu testemunhei.
       Desce uma estrela, sobe outra. Dentro de no máximo duas semanas, ninguém mais se lembrará. Não foi essa primeira renúncia papal, nem será a última. É só aguardarmos.
28/02/2013
Caso queira visitar o blog acesse a página do Google e escreva: Max, o historiador.

Nenhum comentário:

Postar um comentário