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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

PAPA E REFORMA?



          A renúncia do papa atual o cardeal alemão Joseph Ratzinger pelo conjunto das suas razões apresentadas, parece muito com as motivações que levaram outro grande alemão – MARTINHO LUTERO – a empreender o grande movimento que levou à bendita REFORMA PROTESTANTE na Alemanha que se espalhou pelo mundo.
         Semelhantemente a Martinho Lutero, o papa atual apresenta a devassidão moral da igreja, as divisões e o distanciamento, as disputas e corrupção do grande Clero católico, a decepção do povo católico por todo o mundo, a perda de autoridade de bispos e cardeais além de padres e todo o clero em geral, os escândalos, as praticas abomináveis da sodomia que existe na catolicidade e a falta ou ausência de vontade em punir os pedófilo de todos os naipes e encontrados em todos os escalões do catolicismo, em linhas gerais, da igreja católica aos preceitos expostos na Bíblia Sagrada.
         Embora Martinho Lutero tenha denunciado os abusos do catolicismo do seu tempo, e, o distanciamento dos Evangelhos com as superstições que a igreja então abraçou com veemência, o papa atual parece ser mais uma voz denunciando práticas imorais que os seus pares, os cardeais, não apresentam disposição para combatê-las, muito menos proibir as suas práticas.
      Sente-se no papa o desgosto, e o desencanto em saber-se chefe de uma igreja demente, distante de Deus e dos Seus ensinamentos, absolutamente voltada para a corrupção e a política, entre escândalos financeiros e envolvimentos de tantos cardeais, sentindo-se verdadeiramente traído e desobedecido, perdendo terreno e credibilidade por todo o mundo e as  práticas ferinas que enodoam a instituição, da ausência de corretivos, da falta de aceitação das penalidades, das omissões dos cardeais e das disputas profundas entre seus principais prelados, os cardeais, distanciando-se cada vez mais do povo e da essência dos Evangelhos.
  
        É muito salutar essa renúncia. Primeiro, porque pode ser um indicativo de que alguma reforma séria de fato possa acontecer em Roma, uma vez que, para qualquer estudioso, independente de ser ou não católico, mas estudioso equidistante sabe que o catolicismo é tudo menos uma religião cristã no sentido das práticas e do que as Escrituras Sagradas ensinam e transmitem. Baseada na tradição (lendas), o catolicismo foi aceitando e professando como dogmas, verdadeiros absurdos que não vem aqui e agora, a discussão.
          Portanto, deve ser saudada a renúncia do papa como sinal positivo de que a igreja católica apostólica romana, um dia, de fato, venha a ser uma religião com base na doutrina da bíblia.
18/02/2013
Max B. Cirne – É Professor aposentado – formado em história pela PUC-Rio e em Direito pela UFBa.

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