O Brasil é um país verdadeiramente
surpreendente. De povo absolutamente tacanho e afastado dos centros das
decisões políticas que lhe afetam, se distancia dia a dia da realidade crua e
azeda que nos atinge diretamente como povo. Pagamos os mais escorchantes impostos
do mundo para sustentarmos os Três poderes da república que são as sanguessugas
maiores da nação. Quando operários e professores, além de militares fazem movimentos
paredistas para reclamarem atualizações salariais, as policias são enviadas
pelos governantes para atacar com desumanidade os reivindicadores como bombeiros,
professores, garis, comerciários. As negociações, quando ocorrem, demoram meses
e até anos para os governos concederem aumentos de 2%, 3% quando muito, um
mísero 5% sob as mais repugnantes e deslavadas desculpas de que a seguridade
social será quebrada, que os pobres consumirão mais, que trarão
a inflação de volta, que a previdência quebrará, que as contas do tesouro não
podem pagar.
Segundo capítulo: Quando juízes e
políticos (executivo) enviam cartinhas ao poder central imediatamente os
aumentos são concedidos civilizadamente. Os poderes que estão corroendo o
Brasil são, pela ordem: Primeiro, o Executivo, que reúne o de mais ordinário e
criminoso ao seu derredor, verdadeiros bandidões que exercem cargos em seus
benefícios, formando as matilhas, os cães do poder, os subordinados e
sacripantas que assacam e atassalham a nação em proveito dos interesses
próprios e dos grupos, em nome do povo
que está bem distanciado. Em segundo lugar
o velho e asqueroso apodrecido Judiciário, cansado e, corrompido e, coator a
proteger as maracutaias dos governantes e políticos. Eles estão trocando
favores entre si para não aplicar a lei em favor do povo e em desfavor dos
privilegiados. O terceiro segmento é o Legislativo que aplaude tudo quanto é
imoralidade do Executivo e acata todas as determinações estapafúrdias do servil
e desmoralizado Judiciário.
Não tem o brasileiro nenhum poder que
o livre das garras nem da rapinagem dos Três Poderes da República falida. Ganham exorbitâncias enquanto permitem
que um professor com dois ou mais cursos superiores fique a ganhar R$1.000,00
por mês, quando muito ou manter o salário mínimo em menos de R$800,00 mensais.
Insensíveis, são incapazes de compreenderem,
encerrados pelo seu egoísmo em que se
fecharam, das necessidades básicas de um povo que também sonha e tem o direito
de viver bem. Organizados em quadrilhas e matilhas se compõem em órgãos
colegiados que asseguram toda sorte de falcatruas e a premiação da impunidade
nessa república de desigualdades e de crimes encobertos sob o “ manto da toga da justiça brasileira”.
A república fede, está putrefata,
nojenta e nauseabunda. Esta decomposta, nua, fajuta, suja, imunda, sem rumo e sem norte. Cada
homem público parece disputar a iniquidade e a capacidade de suplantar uns aos
outros. Tudo fede, tudo fossiliza e se esmaece na ausência de vontade de mudar
e de se redimir. A nação está atolada na miséria e na infâmia, na mais
degradante imoralidade e na mais crassa incivilidade e crueldade social
aplicada contra o povão.
Embora tenha eleições, falcatruas e a
ausência de boa fé se espalham pelo território na certeza de que são fraudadas
e, que mesmo havendo eleições os homens eleitos sempre são cooptados para a
degradação moral e espiritual. Ser santo e ser decente parecem ofender os
mandatários do país, enquanto eles embasbacados vicejam seus filhos na
continuidade corruptiva deixando e permitindo que os conceitos de civilidade e
mortalidade sejam decompostos nas valas comuns da imoralidade aceita e
praticada pelos lideres e pelos que determinam a nação.