O que você quer saber sobre História?



Este blog tem como objetivo discutir História, postar artigos, discutir assuntos da atualidade, falar do que ninguém quer ouvir. Então sintam-se a vontade para perguntar, comentar, questionar alguma informação. Este é um espaço livre para quem gosta de fazer História.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

OCIOSO JURAMENTADO.

                                           
         Pois é. Nunca vi tanta propaganda, nem vi, nem ouvi falar de tantos cuidados com os pobres velhinhos que se vão pelo caminho da existência como se não estivessem a se despedir do mundo e dos seus atrativos.
        Quando chego ao hospital Português, lá encontro um monte de rapazes e moças médicos, risonhos, felizes e agradáveis a falar-me sobre as coisas belas dos exercícios. Os médicos e médicas são jovens nas suas plenitudes. Acho que os “sacaninhas” estão fazendo mesmo é pura gozação com este ancião de dias que eu já sou. Não sou daqueles velhinhos tolos, Nem quero ser apenas mais um velhinho, conforme já escrevi aqui, enganado com essa tolices e bobajadas de “Terceira idade”,pois a sociedade consumista não aceitável dos velhinhos, terminando por deixar  todos fissurados. Coitados! Pensam que se forem para as academias, para os bailes da Terceira e malfada idade, vão rejuvenescer.
         Pois, pois. Tolinhos velhinhos!!!!
        Os velhinhos, penso, são “abestados” como diz o Tiririca, gostam de se enganar conscientemente ou inconscientemente? Estão se matando e consumindo o pouco do que lhes resta de energias, nas academias. Enquanto os infelizes dos seus filhos, sobrinhos, e agregados vão embromando os velhinhos de que exercícios vão alongar as suas inúteis vidas. Coitados! Resultado: Você não pode transitar pelas ruas, praças e avenidas sem que seja atravancado por um desses velhinhos sacudindo pelancas e banhas, em caminhadas penosas, em exercícios desumanos, em esforços inúteis, tudo no desespero fabricado dos criminosos que teimam em ajudar e enriquecer os malditos empresários que criam máquinas de exercícios cobra fortunas em academias pagas, os que podem, os tais “personal training” e outras bobajadas, para os coitados que se pensam que, fazendo exercícios físicos, reconquistarão músculos e voltarão à juventude, numa pura enganação  dos pobrezinhos que vão aumentar suas banhas e pelancas , acrescentar, sequer um til nas nossas inúteis vidas. Longevidade.
         Esquece estúpido velhinho, meu Cara Pálida. Passou tua vez. rsrsrsrsrs
          Acho que eu sou o único “velhinho” estúpido e rebelde, desse infame mundo cão de ignorância e de embromação que não caiu nesse conto da “juventude eterna”. Mas, se você quiser chamar-me de ignorante, sinta-se à vontade nesse mundo a escarnecer e, até ironizar os companheiros que se negam, à travessia da vida, a despedir-se da vida e a ceder lugar aos que chegam, à renovação da vida e da existência, às despedidas inexoráveis da vida. Quem curtiu, curtiu. Quem não curtiu, tem de aceitar sua desdita. São uns “abestados”, conforme o “filósofo Tiririca”, os que pensam que podem prolongar um infame e pobre dia às suas existências. Todos fomos sementes juvenis que nasceram, crescemos, nos desenvolvemos, amadurecemos e, depois fatalmente descemos à vala comum dos mortais.
        Ou o Max é um imbecil juramentando, ou é um desses tolos que desprezam a idade avançada. O julgamento é seu. Mas de uma coisa temos de reconhecer como sempre disse, e, sempre digo aos meus jovens médicos, e, já quase amigos. Sou como a tartaruga e o elefante que jamais fizeram exercícios físicos, contudo, vivem além dos cem anos.
         Acaso alguém aí conhece algum atleta que viveu alem dos oitenta anos?          Minha grande inimiga é a filósofa Dianayara dos Santos Cirne, coincidentemente minha filha e blogueira, obrigando-me a sustentar com ela ferrenhas discussões, pois ela acha que eu devo viver além dos cem anos.
         “Mas ela “se esquece que com essa idade não posso mais nem alcançar a” bunda” para limpar os excrementos!

        Sorria, periferia. Você vai pra vala. rsrsrsrs

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

JUIZ SÉRGIO MORO

                                        
        Triste país e que os homens limpos são exceção. “A regra “infame é se tornar “esperto”,” saber dar nó em pingo d’água” escamotear a verdade e atacar aqueles que são colunas morais da nação.
        Já escrevi sobre o honrado JOAQUIM BARBOSA que teve de se aposentar antes do tempo, temendo os bandidos do poder e, até mesmo seus pares.
       Como se trata de exceções, não pense nem alimentemos qualquer esperança de melhores dias para o Judiciário, essa instituição tão desacreditada e tão venal nos seus julgamentos. Sérgio Moro é um meteorito que passa de mil em mil anos riscando os céus do Brasil despertando, por momentos e, levando aos corações ventos de esperança e de melhores dias que logo passam.
        Joaquim Barbosa, aquela grande cara que passou  pelo Supremo arejou-o e, com seu modo rústico ,mas verdadeiro, soube assentar em seus verdadeiros lugares os farsantes da composição e dos que se pensam arquipotentes a distribuir justiça que sempre foi negada ao povo, por estarem sempre ao lado dos poderosos e dos que lhe garantem posições e assalariaram os seus  componentes.

         Temo por ele, emas oro para que o Senhor o proteja contra as rapinas criminosas cujas honras se encontram no porão mais ínfimo da rebaixada moral brasileira.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

UM MENINO DOS SERTÕES

                                    
         Nesta manhã cinzenta e chuvosa de segunda feira, o peito bate cheio de saudades de uma infância que cada dia mais se afasta, e,  não mais volta. Lembro-me com profunda tristeza dos meus dias de menino em Itiúba, sertões da Bahia, deixando-me uma profunda angústia a atravessar a minha alma e a rebrotar os olhos com indisfarçáveis lágrimas.
        Alguém disse que recordar é viver. Não sei; tenho cá minhas dúvidas e, devo confessar minhas muitas tristezas também.
        Nesta manhã acordei pensando na Praça Nova de Itiúba. Lá estavam os Parques como eram conhecidos, que eram montados no meio da aludida praça cheia de barquinhos, barracas de tiro ao alvo, de doces e de outras atrações, sendo a mais esperada a roda gigante imponente a desafiar os curiosos que viam os telhados das casas em voltas rápidas, dos que podiam pagar, e, dos que se faziam acompanhar das namoradinhas, aproveitando para roubar tímidos e inocentes beijos, ao som dos alto falantes com os tangos e fados mais belos que os nossos ouvidos já escutaram.
          Vejo o circo chegando, o palhaço com suas enormes pernas-de-pau anunciando pelas ruas da cidade o espetáculo da noite, acompanhado da garotada com cruzes feitas de carvão e óleo na testa, sem direito a tomar banho, para, logo mais a noite, sem pagar, ir ver os palhaços desengonçados e as rumbeiras, as indefectíveis rumbeiras, que enfeitavam os sonhos juvenis e despertavam lascivos e pecaminosos pensamentos, a cada remexida dos quadris voluptuosos, bem como os seus indefectíveis dramalhões apresentados sempre em “Três Atos”, ao final do espetáculo.
          Vejo-me garoto e sem dinheiro, na tentativa de burlar a vigilância dos “mata cachorros”, desesperadamente me introduzindo por baixo da lona circense, sem pagar a entrada!
          Como me faz recordar meus sertões! Hoje vejo que nós tínhamos teatro com funções todos os finais de semana; cinemas com filmes fabulosos e brincadeiras que se contássemos nos chamariam de loucos.
        Sobretudo, vejo-me com lágrimas nos olhos e aquele terrível nó na garganta, sentindo uma grande opressão no peito, de como estou me distanciando rapidamente da minha infância que se foi.
        Quanto não daria para retornar uma noite que fosse aqueles tempos...

          É minha praia alva está rapidamente se aproximando...

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

É SÓ UMA LEI VELHA – A DO RETÔRNO

      

       O terrível êxodo que está acontecendo em direção principalmente a Europa via Itália, não pode ser mais nítido nem tão difícil de ser compreendido. Trata-se da vingança indireta dos povos do terceiro mundo, rumando em direção à sobrevivência.
       O mundo civilizado, ou assim dito, talvez esteja comodamente esquecido ou ainda, simplesmente se fazendo de esquecido, de que seu conforto e sua vida invejável, sua segurança, e sua materialidade, e seu enriquecimento, devidos à miséria desses povos não tenham sido em vão. A cobrança da fatura tarda, mas não falta.
          O terceiro mundo foi espoliado e explorado por séculos pela Europa que lançou sobre os países do terceiro mundo os seus tentáculos, afundou nações, derrubou governos, subornou povos, dirigentes e autoridades para a consecução do domínio dos naturais desses países, ajudando-os a subserviência, e, à desmoralização das suas forças, exaurindo, com mais eficiente e propriedade, as suas riquezas que foram conduzidas para a Europa que se jactanciava civilizada e capitalista, poderosa e invencível.
          O processo secular esgotou os recursos naturais, extraiu do solo e do subsolo as, exaurindo inapelavelmente recursos e empobrecendo as nações dominadas, transformadas em infelizes e meros satélites e proporcionadoras das riquezas.
        Nada se fez pelo bem estar das populações, antes suas riquezas foram exploradas e exauridas num processo de esgotamento de recursos que foram transplantados para a Europa civilizada, até que os processos de guerra, começando pela Primeira Grande Guerra culminaria com a Segunda Grande Guerra, de um modo ou de outro provocando, após exauridas as riquezas pela exploração desmedida e pelo enfraquecimento desses países, a total impossibilidade de recuperação de suas dignidades perdidas e desaparecidas.
          De um modo ou de outro, as nações jamais se deram contas da dívida impagável que contrairiam com o mundo, pelo que não podem agora como querem alguns, se escusarem e devolver os milhares de migrantes que desafiam, perigosamente, e, diariamente o Mediterrâneo em direção ao que julgam ser o lugar certo para baterem às portas em pedido de socorro.
        Não existe razão para os europeus agora se escusarem de receberem o resultado da sua especulação, após destruírem nacionalidades e exaurirem riquezas tais como, em escala ainda que menor, se verifica com o Brasil, por ora em menor escala, com a chegada de negros fugidos do Haiti, e que não devemos negar ajuda nem asilo, eis que escravizamos milhões deles arrancados que foram das suas terras e países, do continente africano especialmente sem contar outros que exploramos como árabes e seus afins, para servir aos nossos colonizadores comodamente encastelados nos poderes.

        A Europa deve agora pensar e repensar antes de negar aos infelizes que fogem dos seus governos cruéis e tirânicos, herança plantada nas colonizações do passado.