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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

PAPA E NOBREZA



       A história da igreja católica apostólica romana se mescla com a história mundana, nada apresentando de pio, caridoso, religioso e santificado. Os papas foram na sua maioria impostos sem que houvesse necessidade de conclaves eleitorais para sua escolha. Simplesmente o soberano que estivesse mandando no mundo de então, escolhia o candidato e enviava para a posse do trono papal completa e absolutamente subservil a ele, o soberano.
       Eram, na sua maioria, oriundos da nobreza, alguns condes, mas pouquíssimos letrados, muito menos conhecedores de teologia sendo muitos completamente analfabetos.
        Os papas devotavam o mais completo e absoluto desprezo pela cultura e pelo refino do pensamento, daí que após o século XVI, depois da chamada Reforma Protestante, o catolicismo reconheceu e culpou os livros pela disseminação rápida dos ensinamentos, surgindo o famoso “Index librorum  prohibitorum” – ou seja, Index dos livros proibidos no ano de l559. As obras reconhecidamente universais foram condenadas pelo Tribunal da Inquisição o mais famoso e criminoso Tribunal a serviço do catolicismo para prender e matar queimados pelas fogueiras da intolerância todos os que fossem considerados hereges. A partir do ano de 1967 o papado sentindo impotente para deter o avanço de tantas publicações desistiu de atualizar o seu índice de proibições, entretanto, sendo ainda mantido, com mais de 1000 títulos, aproximadamente, pelo exclusivo e misterioso grupo conhecido como “Opus Dei”, hoje sob suspeição em todos os países, em especial os do terceiro mundo.
      Ressalte-se que a igreja católica resistiu durante os séculos de escuridão e desconhecimento, em especial motivado pelo analfabetismo durante a fase em que o ensino era exclusividade dela, igreja e seus embatinados, ocasião em que só tenha acesso às escolas, uma nobreza empoada e pedante de onde saiam os prelados e o chamado Alto Clero. Na Idade Média existiram milhões de padres e Curas de aldeias além de freiras e outros religiosos, tão analfabetos quanto as mulas, constituindo-se um estamento social denominado de Baixo Clero, formado pelos que não possuíam nenhuma escolaridade. É fato que a igreja cresceu e se desenvolveu na penumbra do analfabetismo e do desconhecimento tendo se perdido, durante a sua trajetória, dos verdadeiros caminhos do Senhor Jesus. Com a disseminação do conhecimento e o alargamento do pensamento cultural dos povos, o catolicismo iniciou o processo irreversível de definhamento a olhos vistos, pois, sabido que ele não resiste ao conhecimento das pessoas. Daí continuar sendo aceito ainda, em países como o Brasil, Bolívia, Argentina, Peru além de muitos do mais atrasado e subdesenvolvido continente, o africano.
       O povo brasileiro com as revelações atuais das motivações da renúncia do senhor papa e, uma vez que os escândalos se tornam púbicos a cada dia, está se sentindo absolutamente órfão e enganado, uma vez que são poucos os católicos que verdadeiramente conhecem a trajetória dos seus religiosos, os enganos e a distancia de vidas espiritualizadas no caminho da moral e da decência, e a falta de nobreza dos seus chamados príncipes, os cardeais. Artigos revelam as torpezas morais dos seus cardeais, os escândalos bancários, às mortes misteriosas, a pedofilia absolutamente sem controles, e, pior, sem limites e sem rédeas, sem obediência aos ditames do papa etc., etc. Muitos se sentem frustrados e abandonam nestes dias o catolicismo lançando impropérios e condenações, declarando-se desiludidos diante de tantas imoralidades e escândalos da igreja católica, assim como se sentindo enganados e ludibriados.
22/02/2013
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