Por que não sou
doador de órgãos? Por que nós Crentes não tocamos muito no assunto? Somos uns
perversos a negar aos co- mortais o socorro de órgãos de pessoas que já se
ultimaram ou estão se ultimando? É certo doar órgãos a terceiros? Por que não
devo doar meus órgãos? Essas e outras questões vão ser discutidas aqui, dentro
da maior seriedade, afugentando trevas ou jogando dúvidas sobre. Fato é que
daremos nossa opinião seguida, certamente, por muitos.
Em primeiro
lugar, Deus nos fez a cada um individualmente. Somos compostos de sangue,
carne, ossos, mente, alma e espírito, esta última no sentido de “pneuma”, diferente, portanto do “id” e do “ego”.
Imaginando a
criação atual beirando mais de sete bilhões de pessoa, e, considerando que Deus
criou individualmente a cada uma dessas pessoas, somos forçados reconhecer que
todos foram dotados das condições de “Imagem
e semelhança do Senhor”, concluímos sabidamente que somos individualizados
e dotados de atributos que foram dados para serem usados na conformidade do
preceituado pelo Senhor. Como foi que a pessoa fez uso das suas faculdades e
atributos?
Somos
forçados em reconhecer que a bíblia estabelece maldições até a terceira e quarta
geração conforme Êxodo 20 e Deuteronômio 5. Alguém poderá lançar mão do Profeta
Ezequiel para contraditar a maldição de geração, passando para geração
seguinte. Fato é que em Ezequiel 11 verso 21 avisa quanto às abominações
praticadas e esquecidas. Não devemos esquecer-nos de Cam, filho de Noé e do seu
neto Canaã sofrendo a maldição por causa do seu pecado. Não iremos catar os
exemplos para sustentar que a maldição passa, sim; de pai para filho, sendo
este o entendimento da Palavra do Senhor Deus, negado apenas pelos que nada
crêem ou nada observam.
É muito
romântico alguém doar os órgãos dos seus parentes. Primeiro existe o temor de
que os órgãos sejam arrancados vivos da pessoa em agonia ou a pré-falada “morte cerebral”, cuja dubitabilidade
existente entre os cientistas não encontra concordância em afirmar que a pessoa
realmente já estava morta quando retirados os seus órgãos.
Segundo é
preciso notar que não existe como determinar que uma pessoa esteja realmente
morta se ainda bate coração e outras funções vitais, caso contrario os órgãos
seriam descartadas porque inservíveis para serem transplantados.
Por que não
devemos doar órgãos? A lógica resposta seria porque Deus dotou-nos a todos dos
mesmos atributos físicos e morais, de sorte que a cada um cabe como mordomos do
Senhor cuidar para que nossos corpos sejam santificados e glorificados.
Terceiro porque
não existe a mínima básica bíblica para que eu doe meus órgãos uma vez que,
após a morte nós seremos sepultados para depois, sermos glorificados no estado em que nos encontramos. Assim, é certo que
os corpos serão ressuscitados na sua forma original e, certamente não é desejo
de ninguém chegar ao Paraíso sem os olhos, sem os pulmões, sem o coração ou
outro órgão que sua família um dia fez doação.
É preciso notar
que não existe uma só palavra que afirme que nós seremos “regenerados”. Não; seremos, em verdade, “transformados” e é esta a Palavra do Senhor sobre o assunto.
Quando Jesus
curou o cego à porta do templo as pessoas lhe perguntaram: “Senhor acaso este
pecou ou os seus familiares para que nascesse cego?” ao que o Senhor Jesus
respondeu: “Nem ele nem os seus familiares, mas para que se manifestasse a
glória de Deus”. Ora, o que se verifica é que existia, sim, entre os judeus
antigos a idéia da recompensa e da cobrança dos pecados dos antepassados. Por
que o Senhor não ensinou diferente, mas os deixou no mesmo pensamento?
Pessoalmente sou doador de sangue, já fiz
inúmeras doações, entendendo que o Senhor doou seu sangue pela humanidade,
então quem sou eu para não doar sangue para o meu semelhante? Mas o sangue
certamente será recomposto. Mas quando dôo meu coração, fígado ou rins, estes
não serão repostos jamais, e, assim irei, quando tocar a buzina, ao encontro do
meu Senhor, sem os meus órgãos. Já pensou na eternidade alguém procurando
transplantar órgãos? Já pensou cegos na eternidade?
As drogas, a
exemplo da ciclosporina que evita à rejeição dos órgãos, e que tem de ser
tomada para sempre enquanto viva a pessoa, prova a artificialidade e a
precariedade da doação. Vive em engano, e, nós os absolutamente crentes, embora
não fale por eles nem mais ninguém, não parecemos entusiasmados com a idéia.Meus filhos e meus
parentes e todos os que vivem sob o meu domínio e liderança, jamais doarão seus
órgãos, de sorte que, tenho exercido, quando hospitalizados algum, severa
vigilância em caso de morte, vez que, tem sido denunciados muitos furtos de
órgãos nos hospitais.
Não parece
perversidade. Não sei se a pessoa carente do transplante ama ao Senhor, ou se
seus parentes foram criminosos secretos, cruéis almas, a cometer toda sorte de
abominações? Os santos não necessitam de socorro senão do céu. Os pecadores já
não podem dizer o mesmo.
Já pensaram os
ladrões do “mensalão e do petrolão”que
causaram a morte nos hospitais, a dor e o sofrimento dos necessitados que não
encontraram abrigo nem assistência nos hospitais, nas escolas e nas creches?
Acaso seus parentes que se locupletaram, passearam, curtiram o mundo,
esbanjaram luxo, fausto e riqueza e, amanhã receberão órgãos transplantados? E
o pagamento? E a lei do retorno, da dor e do sofrimento, da recompensa?
Pensemos.
Na dúvida, não
seja doador de órgãos, só de sangue.