O que você quer saber sobre História?



Este blog tem como objetivo discutir História, postar artigos, discutir assuntos da atualidade, falar do que ninguém quer ouvir. Então sintam-se a vontade para perguntar, comentar, questionar alguma informação. Este é um espaço livre para quem gosta de fazer História.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS.

                             

        Por que não sou doador de órgãos? Por que nós Crentes não tocamos muito no assunto? Somos uns perversos a negar aos co- mortais o socorro de órgãos de pessoas que já se ultimaram ou estão se ultimando? É certo doar órgãos a terceiros? Por que não devo doar meus órgãos? Essas e outras questões vão ser discutidas aqui, dentro da maior seriedade, afugentando trevas ou jogando dúvidas sobre. Fato é que daremos nossa opinião seguida, certamente, por muitos.
         Em primeiro lugar, Deus nos fez a cada um individualmente. Somos compostos de sangue, carne, ossos, mente, alma e espírito, esta última no sentido de “pneuma”, diferente, portanto do “id” e do “ego”.
        Imaginando a criação atual beirando mais de sete bilhões de pessoa, e, considerando que Deus criou individualmente a cada uma dessas pessoas, somos forçados reconhecer que todos foram dotados das condições de “Imagem e semelhança do Senhor”, concluímos sabidamente que somos individualizados e dotados de atributos que foram dados para serem usados na conformidade do preceituado pelo Senhor. Como foi que a pessoa fez uso das suas faculdades e atributos?
          Somos forçados em reconhecer que a bíblia estabelece maldições até a terceira e quarta geração conforme Êxodo 20 e Deuteronômio 5. Alguém poderá lançar mão do Profeta Ezequiel para contraditar a maldição de geração, passando para geração seguinte. Fato é que em Ezequiel 11 verso 21 avisa quanto às abominações praticadas e esquecidas. Não devemos esquecer-nos de Cam, filho de Noé e do seu neto Canaã sofrendo a maldição por causa do seu pecado. Não iremos catar os exemplos para sustentar que a maldição passa, sim; de pai para filho, sendo este o entendimento da Palavra do Senhor Deus, negado apenas pelos que nada crêem ou nada observam.
        É muito romântico alguém doar os órgãos dos seus parentes. Primeiro existe o temor de que os órgãos sejam arrancados vivos da pessoa em agonia ou a pré-falada “morte cerebral”, cuja dubitabilidade existente entre os cientistas não encontra concordância em afirmar que a pessoa realmente já estava morta quando retirados os seus órgãos.
       Segundo é preciso notar que não existe como determinar que uma pessoa esteja realmente morta se ainda bate coração e outras funções vitais, caso contrario os órgãos seriam descartadas porque inservíveis para serem transplantados.
          Por que não devemos doar órgãos? A lógica resposta seria porque Deus dotou-nos a todos dos mesmos atributos físicos e morais, de sorte que a cada um cabe como mordomos do Senhor cuidar para que nossos corpos sejam santificados e glorificados.
        Terceiro porque não existe a mínima básica bíblica para que eu doe meus órgãos uma vez que, após a morte nós seremos sepultados para depois, sermos glorificados no estado em que nos encontramos. Assim, é certo que os corpos serão ressuscitados na sua forma original e, certamente não é desejo de ninguém chegar ao Paraíso sem os olhos, sem os pulmões, sem o coração ou outro órgão que sua família um dia fez doação.
       É preciso notar que não existe uma só palavra que afirme que nós seremos “regenerados”. Não; seremos, em verdade, “transformados” e é esta a Palavra do Senhor sobre o assunto.
        Quando Jesus curou o cego à porta do templo as pessoas lhe perguntaram: “Senhor acaso este pecou ou os seus familiares para que nascesse cego?” ao que o Senhor Jesus respondeu: “Nem ele nem os seus familiares, mas para que se manifestasse a glória de Deus”. Ora, o que se verifica é que existia, sim, entre os judeus antigos a idéia da recompensa e da cobrança dos pecados dos antepassados. Por que o Senhor não ensinou diferente, mas os deixou no mesmo pensamento?
       Pessoalmente sou doador de sangue, já fiz inúmeras doações, entendendo que o Senhor doou seu sangue pela humanidade, então quem sou eu para não doar sangue para o meu semelhante? Mas o sangue certamente será recomposto. Mas quando dôo meu coração, fígado ou rins, estes não serão repostos jamais, e, assim irei, quando tocar a buzina, ao encontro do meu Senhor, sem os meus órgãos. Já pensou na eternidade alguém procurando transplantar órgãos? Já pensou cegos na eternidade?
        As drogas, a exemplo da ciclosporina que evita à rejeição dos órgãos, e que tem de ser tomada para sempre enquanto viva a pessoa, prova a artificialidade e a precariedade da doação. Vive em engano, e, nós os absolutamente crentes, embora não fale por eles nem mais ninguém,  não parecemos  entusiasmados com a idéia.Meus filhos e meus parentes e todos os que vivem sob o meu domínio e liderança, jamais doarão seus órgãos, de sorte que, tenho exercido, quando hospitalizados algum, severa vigilância em caso de morte, vez que, tem sido denunciados muitos furtos de órgãos nos hospitais.
        Não parece perversidade. Não sei se a pessoa carente do transplante ama ao Senhor, ou se seus parentes foram criminosos secretos, cruéis almas, a cometer toda sorte de abominações? Os santos não necessitam de socorro senão do céu. Os pecadores já não podem dizer o mesmo.
        Já pensaram os ladrões do “mensalão e do petrolão”que causaram a morte nos hospitais, a dor e o sofrimento dos necessitados que não encontraram abrigo nem assistência nos hospitais, nas escolas e nas creches? Acaso seus parentes que se locupletaram, passearam, curtiram o mundo, esbanjaram luxo, fausto e riqueza e, amanhã receberão órgãos transplantados? E o pagamento? E a lei do retorno, da dor e do sofrimento, da recompensa? Pensemos.
         Na dúvida, não seja doador de órgãos, só de sangue.




ORDENAÇÃO PASTORAL DE MULHERES.

          

        Penso desde muito, para trazer este tema ao Blog administrado por este único responsável pelas idéias. Hoje, resolvi registrar o que penso como resultado de mais de 49 anos de leitura da Bíblia, em especial o Novo Testamento, na esperança de ajudar os que possuem alguma dúvida. Entretanto, não vou mergulhar em citações bíblicas, mas expor convenientemente o pensamento.
         Na esteira dos modismos que as chamadas “religiões heréticas”, assim erroneamente apelidadas e difundidas, pois, são meras “seitas”, surgiram, em meio ao vendaval lamentável do fenômeno religioso, expressões que desnaturam e mostram muito mais ignorância e má fé mesmo, do que a vontade de estender o Reino do Senhor ao mundo, dando uma oportunidade às mulheres para que estas se tornem pastoras.
        Em primeiro lugar urge declarar que existem diferenças fabulosas e distanciadas, não podendo igreja do Senhor dispensar o trabalho maravilhoso das senhoras nas igrejas cumprindo o que a Bíblia chama de adjutório, como, aliás, foi ela criada desde que o Livro de Gênesis assim registra, sendo elas poderosas e indispensáveis ao Reino de Deus na organização.
          Existem, é fato, verdadeiras mulheres que exercem um “ministério” poderoso, que não pode nem deve ser olvidado, mas que devemos fazer e estabelecer o divisor de águas, não padecendo dúvidas de que não se confunde nem pode ser confundido com “ORDENAÇÃO MINISTERIAL”. Naquela, os dons das mulheres são exercidos admiravelmente  eficiente como auxiliares do Pastor, enquanto nesta, é exigida uma imposição de mãos por um grupo denominacional ,o chamado Presbitério, chamando sobre si a Unção do Espírito.
         Não existe a menor básica bíblica que autorize quem quer que seja determinar sacerdotisas, como querem os neopentecostais, ou até mesmo, entre os homens, o cargo de “Apóstolo” hoje execrado e usurpado por espertalhões que se jactam de santidade dubitável.
        A bíblia que é a Carta de Deus aos homens tem declarado em várias páginas que “o povo de Deus erra por desconhecer a Sua Palavra”.
        Tem-se verificado uma tremenda ignorância entre nós os chamados Protestantes, inclusive com a supressão de Escolas Bíblicas Dominicais que muitas igrejas, entre os Batistas já não mais praticam consequentemente não tendo como estudar e debater nos encontros, a Palavra do Senhor.
          Não posso considerar nenhuma senhora que se apresente como pastora, a ministrar o que é privativo, uma vez que nessas questões que não quero aqui estender, é até drástica, recomendando que a mulher “fique silenciosa e se cale na congregação”.
        Como pode uma mulher que foi feita com um sentido de normatividade, de obedecer, e, de viver segundo a vontade do seu marido, se arvorar em ministrar e exortar, já que foi ela a induzidora da entrada do pecado na terra? A Palavra estabelece que  ela foi feita por causa do homem, portanto não foi o homem feito por causa da mulher. Exortar é privativo dos homens e nunca das mulheres que não foi boa conselheira desde o início, ainda lá no Paraíso. Sua função muito bonita é a de ser ajudadora, auxiliar e adjutório do seu marido- atributos que ninguém pode suplantar nas mulheres.
          Olhando o Velho Testamento as diferenças, inclusive biológicas, espantam e retiram qualquer possibilidade de mulheres ascenderem ao Ministério do Pastorado impunemente, salvo em arraiais não dados a compreensão santa da Bíblia, salvo por causa da degradação moral e espiritual que se verifica no meio do povo de Deus e assim mesmo silente e capcioso quanto à ordenação ministerial feminina.
        Que nos perdoem às senhoras, mas não pode nenhum homem, ou mulher, ou criança, congregar sob um ministério feminino, naturalmente sem desprestigiar aquelas que pregam a Palavra ocasionalmente sem qualquer sentido de normativismo que a bíblia repudia.
        Nunca se registrou no AT e no NT nenhuma sacerdotisa, nenhuma anciã ou coisa que o valha. Existiu juíza e até profetisas, mas Pastoras, não. E não me venham com questões de historicidade nem relativismo, salvo o da “fermentação da nossa carne desobediente”.
          Longe estarmos de expressarmos aqui qualquer preconceito, nem machismos, ou até mesmo intolerância, salvo na pouca compreensão daquelas que se arvora em torcer e retorcer a Palavra para a consecução dos seus objetivos. Sem, jamais nos esquecermos que a condenação está expressamente delineada, conforme se lê: ‘ PORQUE EU TESTIFICO A TODO AQUELE QUE OUVIR AS PALAVRAS DESTE LIVRO QUE, SE ALGUÉM LHES ACRESCENTAR ALGUMA COISA, DEUS FARÁ VIR SOBRE ELE AS PRAGAS QUE ESTÃO ESCRITAS NESTE LIVRO; E, SE ALGUÉM TIRAR QUAISQUER PALAVRAS DESTA PROFECIA, DEUS TIRARÁ A SUA PARTE DA ÁRVORE DA VIDA, E DA CIDADE SANTA, QUE ESTÃO ESCRITAS NESTE LIVRO”. Apocalipse  22: 18 e 19.
          Pensemos nisto, meus irmãos. Que o Senhor nos dê a paz e o esclarecimento.

        

terça-feira, 28 de julho de 2015

DEPRAVAÇÃO MORAL

                                                                                    

         Não tem sido poucas às vezes em que entro em profunda crise existencial. Não têm sido poucas as lágrimas que tenho derramado. Não têm sido poucas as minhas angústias diante do mundo em que vivo. Pensei que conhecesse o mundo e a raça humana. Não conheço. Para minha decepção, sinto-me abandonado e desarvorado, levado muito mais à oração e à leitura da bíblia em busca de um lenitivo que apaziguei meu coração angustiado diante do mundo em que estamos a viver.
          Alcançamos, finalmente, a era do “sem Deus”, em que as sociedades se vangloriam da “morte de Deus”. Os governantes alcançaram e conseguiram programaticamente deseducar as crianças, na confusão do que seja MACHO e FEMEA,plantam dúvidas e incertezas, enquanto os incautos e desinformados se deixam formar e burilar, no cadinho,das imoralidade s e devassidões do mundo que se pensa, finalmente preparado para viver sem Deus e sem os seus conceitos de fé, suas diferenças e papeis,  ainda nas escolas, adentrar aos lares e desarvorar conceitos puros e sagrados que antes residiam e eram confortados, como a paz e o respeito, em que as mídias parecem empenhadas desavergonhadamente para o descontrole total dos costumes.levar as populações a mais horrenda e negra materialização dos sentidos, ao desamor e ao descontrole total e abissal.
          Somos um povo, ou melhor, povos sem Deus, sem salvação em que a religião e o espírito de paz e concórdia devem ceder lugar aos desejos e  impérios dos sentidos, e, da carne em frêmitos de decadência moral e espiritual.
          Sempre pensei, por toda a minha pobre existência, fosse capaz de compreender o ser humano. Vejo quão animalescos e irracionais as humanidades se equiparam as mais bestiais alimárias dos campos. A incivilidade deu lugar à depravação moral que o mundo aplaude como normal, enquanto seguimos na descambada da imoralidade sem precedente; desvestimos-nos de conceitos básicos; destruímos a família; os conceitos de religião; o bom viver, a piedade, a decência cedendo lugar forçado para baixo aos conceitos mais perversos e cruéis da humanidade, enquanto são atacados; o mundo desce a ladeira inexorável da devassidão, e, da depravação que são aceitas e aclamadas como “normais”, enquanto homens e mulheres descem à vala das imundícies.
          Não duvido mais da proximidade de Cristo na Sua Segunda e Bendita Vinda. Antes, pensava que Ele estava demorando, mas a constatação pelas palavras da bíblia é a de que assombrosamente sua proximidade vem a passos largos, tamanhas as evidencias que o mundo desabridamente chama a si. As instituições decaíram vertiginosamente, mulheres e homens se degradam nas amoralidades, “casamentos homo afetivos”, a família se esvai sozinha no que resta de baluarte contra a indecência, autoridades bradam cegamente a capacidade de homem casar com homem, mulher contrair núpcias com outra mulher, decisões jurídicas dão formalismo e rigor de legitimidade, olvidam idéias de feminilidade e de masculinidade, úteros desaparecem, pênis não servem mais para fazer filhos e dar continuidade à espécie, vaginas são agora possuídas por outras vaginas num roçar contrario à lei da natureza, meninos e meninas são ensinados a despertarem seus desejos bestiais preferindo o mesmo sexo em desabono do apropriado, ou seja, do sexo contrário, enquanto as autoridades ensinam que “é normal homem com homem, com mulher mulher”, numa sem vergonhice de escandalizar e fazer corar o mais depravado e corrupto padre.cloacas dão lugar a vaginas, barbados se beijam publicamente e impudicamente nas praças e logradouros proibindo que homem beije mulher em público e  dando formação para as crianças e juvenis, nas escolas, através de cartilhas preparadas por grupos especializados de homossexuais e travestidos de seres humanos,  tem sido aplaudidos como se coisas comuns e corriqueiras, juízes baqueiam da honra, se vendem, e, desce a mais negra vala da amoralidade, os governantes assaltam a coisa púbica, as famílias se depreciam enquanto seguimos a esteira da sociedade apodrecida e adormecida, sem que exista lugar para o puritanismo, os cátaros são abominados e o império da carne dita o ritmo e a conduta que todos devem e estão obrigados a seguirem.
         Nunca o império da carne esteve tão evidente e tão escancarado. Breve, multo breve serão e estarão criminalizados os homens e as mulheres que se levantarem contra o império do mau, enquanto o pecado assola e destrói corroendo a todos como cancro infame, como se  o estabelecido e o planejado, enquanto os homens que deveriam manter condutas exemplares se atiçam e se assulam em desavergonhada contribuição e apoio como se fosse tudo comum e corriqueiro.
        Já se conheciam, desde muito, do fenômeno terrível que é a destruição da família, pilar da sociedade, única instituição capaz de guardar e resguardar os bons costumes. A esbórnia, a escarmentação familiar, o descaramento, a ação de se negar e negar aos demais, a conduta espevitada e doidivana assolam os arraiais da decência decaindo igrejas e instituições, desarvorando família e “pater familiae”, afundando nos conceitos contemporâneos idéias de pureza e severidade na formação e na criação de homens e mulheres decentes e úteis, construtores de sociedade balizadores pelos belos princípios de respeito, paz e consideração, dando, finalmente, lugar à demência social, a esqualidez social e ao enfraquecimento de tudo quanto é puro, santo e salutar.


terça-feira, 21 de julho de 2015

O BRASIL E O EVANGELHO

                                       

       A força dos Evangelhos se apóia, indubitavelmente, nos seus seguidores, aqueles que se bandearam das trevas em busca da Única e bendita Luz que é Jesus Cristo o Salvador. O Brasil teve várias tentativas de evangelização como a que foi feita durante a fundação e estabelecimento da chamada França Antarctica estabelecida depois da conquista de parte do território colonial, em 1555 pelos franceses, no Rio de Janeiro.
        Como o Brasil fora descoberto pelos portugueses atrasados e supersticiosos, o arremedo do que sempre foi considerado sagrado por Roma nunca ultrapassou as fronteiras da mais pura e acabada superstição e devassidão dos seus prelados. Muito ainda se tem a dizer sobre a corrupção e devassidão dos seus padres e bispos romanos, travestidos de missionários, em especial os Jesuítas que aqui chegaram para a chamada catequese dos índios.
        Não se pense nem se engane quanto à finalidade da catequese dos índios. Por ela, os embatinados padres ensinavam rudimentos, lendas e mitos “cristãos” embutidas das mais graves mentiras e falsa piedade de santos, mas cuja preocupação básica e finalidade, precipuamente acertado com o governo português, sempre fora o de preparar mão de obra barata, porque gratuita, representado no emprego dos infelizes  índios nas lavouras e nos campos de criação de gado que se iniciavam no país. Assim, Portugal que necessitava de braços para a colonização, era o artífice perverso, os preparado  para serem “bons cristãos”, mas com uma finalidade exclusiva que era a de proporcionar mão de obra escrava. Não se tratou de zelo pelas almas perdidas, mas sim, de adequar infelizes e desprotegidos índios ao trabalho escravo servindo aos portugueses e à igreja católica  que os vendia por moeda venal como se simples e ordinária mercadoria.
          A história de crimes perpetrados contra as liberdades religiosas no Brasil, tem início com um francês que se fingindo ser simpatizante chamado Villegnanon que se passava por protestante, tendo, a frente de um grupo de Huguenotes, chegado ao Brasil com esperanças de evangelizar as populações indígenas, terminando ele mesmo, o chefe da expedição, que se passava por simpatizante dos protestantes, entregue, naquela ocasião, três Huguenotes (Protestantes), para que a igreja católica os assassinasse, sendo que o restante fugiu para as matas adjacentes.
        A partir do ano de 1860 uma missão chegou ao Brasil, formada por Protestantes Batistas, enviada pelos irmãos da Junta de Richmond na Carolina do Sul, mas que foram repelidos pelo catolicismo diante das perversidades e perseguições levadas a efeito pela igreja romanista.
        Tal situação piorou até 1890, um ano antes da Proclamação da República quando aqui aportou mais um grupo de Batistas vindos dos Estados Unidos, sendo protegido pelo Partido Liberal, e, em especial o liberal Dom Pedro II que era aberto a outros credos, embora o vento da liberalização religiosa já estivesse soprando em direção ao Brasil.
         Foi então, em 1891 com a Proclamação da República que a Constituição estabeleceu o que já estava vigendo através do Decreto A-119 em que se concedia total liberdade de culto a quaisquer credos que viessem a se estabelecer no Brasil, culminando com o fim da Igreja Católica e o catolicismo como “religião oficial do Brasil”.
         A Primeira Igreja Batista foi fundada na cidade do Salvador e teve início com cinco membros. Não devemos, negar a Missão de Santa Bárbara, fundada em São Paulo, aonde segundo muitos historiadores, trata-se da fundação da Primeira Igreja Batista, cuja correção ainda não foi reti-ratificada pelos Batistas Brasileiros nem sua Convenção Nacional, pelo que, por enquanto permanece a data da Bahia como a da sua fundação e estabelecimento oficial dos Batistas no Brasil.
          Escolhido foi o laicismo para o Brasil. As agruras dos Batistas e outros credos que já haviam tomado o caminho do Brasil recrudesceram com as mais vis perseguições levadas a cabo pelo catolicismo, as mais agruras e cruéis perseguições que o espírito possa imaginar, em que padres e freiras caluniavam e perseguiam, tomavam bens e espancavam Batistas, tentando acabar e abafar o movimento que crescia, em especial, diante da vilania e da impiedade dos prelados romanos, da devassidão e da ausência de credibilidade da religião católica no Brasil. Mas, jamais fizeram os Batistas desistirem.
         Os aspectos práticos do Protestantismo no Brasil se dão de variadas maneiras. Profunda economia, uma vez que a Nação deixou de arcar com as construções dos templos que nunca terminavam o dispêndio de verbas públicas, o sustento da vida monástica em que centenas de milhares de parasitas nos seminários, abadias, e, conventos viviam a expensas do poder público, o estabelecimento do casamento civil, a retirada do monopólio do ensino religioso das escolas, entre  outras muitas mudanças que os ventos liberalizantes proporcionaram ao país. Sabido que, no sistema de religião oficial, o Estado paga e assalaria todos os prelados, assim como padres, freiras, seminários, templos paróquias, e, toda sorte de parasitas e parasitismo, tudo quanto envolve a vida monástica e o catolicismo em si, seja  provendo renda vitalícia e perpétua,  estimulando o parasitismo de que sempre desfrutou o catolicismo romano, daí sempre estar metido nos negócios de Estado e influindo por seus membros.
         Eram todos desde o mais humilde padre à freira mais simples, funcionários públicos do Estado, o que vale dizer, sustentados com impostos de quem era ou não católicos, numa cômoda situação conforme sempre determinou o ultramontanismo que sempre se projetou contra as liberdades civis e a soberania dos países aonde enfiou suas garras de abutre insaciável  em nome da religião.
          Muito mais pagã e devassa que as religiões pagãs propriamente ditas, o romanismo sempre se impôs mediante extravagâncias e superstições como as “excomunhões”, as ameaças veladas e dirigidas aos que não professavam nem se submetiam, punindo com extrema perversidade o sacrossanto direito de consciência de professar a sua fé, matando e desobstruindo o caminho para a consecução da sua história criminosa e venal que vitimou os países arrancando o direito e soberania.
           Uma palavra de gratidão deve-se aos Maçons Brasileiros, assim como ao Partido Liberal e ao próprio Dom Pedro II. Os maçons, por terem muitas, e, muitas vezes repelido as turbas organizadas por padres e freiras para expulsar e matar protestantes, até com emprego de armas, Dom Pedro, por ter sido um liberal e simpatizante dos Batistas, e, da liberdade religiosa, e, o Partido Liberal por ter encampado as demandas e defesas das já cansadas populações, dos abusos e desmandos da Igreja Católica, sua devassidão, e, sua vida rota e impregnada de retaliações e devassidões amorais, dos seus membros, que usavam as populações ignorantes de brasileiros, mantendo-as nos porões da negridão das trevas da ignorância e do desconhecimento que levam as loucuras morais e religiosas.
          Onde existe a luz do conhecimento e a apropriação das ESCRITURAS SAGRADAS, o catolicismo como sistema religioso tende a desaparecer, uma vez que ele não resiste ao conhecimento nem a mais ligeira leitura bíblica.

N. do Autor. A palavra ultramontanismo quer significar “ultra montes”, “através dos montes” e se aplica exclusivamente ao sistema doutrinário do catolicismo que reza e preconiza que o catolicismo não está sobre as leis e governos temporais, não obedece a outras leis que não sejam oriundas e exclusivamente  de Roma e do seu Papa. Muita presunção.

“MINHA PEQUENA-GRANDE MULHER”

                             

        Quase todos os homens possuem uma mulher em sua vida. Mas, não é desse tipo de mulher que quero aqui falar. Falo de outra, com uma disposição para conhecer pessoas, raramente vista. Ela atende, em primeiro lugar, no grande Hospital Português de Salvado,  é médica com especialidade em cirurgias de alta resolução.
          Olhos grandes emoldurados por grossas sobrancelhas, cabelos negros e escorridos, pequena, franzina, todas as vezes que eu a abraço faço-o com temor de esmagá-la sob os meus mais de cem quilos de banha.
          Seu nome está escrito na sua roupa de médica. Drª VANESSA MENEZES. Carismática, chega a ser simplória em meio a tanta dor e desespero dos que ali chegam e em suas mãos são confiados. Tive dois casamentos, vivo bem com a minha atual companheira, mas nenhuma das duas distintas que enfeitaram o meu pedregoso caminhar, jamais poderão se comparar a essa respeitável Senhora. Chamo-a simplesmente “Doutora Vanessa”. Parece mais uma menininha dessas que aparentemente ainda brincam de bonecas. Mas, ela é uma das médicas responsáveis pelo Centro de Oncologia do Hospital Português. Qual a razão?
          Seu ofício é abrir corpos de doentes desenganados, arrancar o bruto do câncer, ou seja,  que bicho for,  ajudando o sujeito a tirar os pés da cova.
          A franzina Doutora me conhece como as duas mulheres acima referidas, jamais me conheceram nem conhecerão. Primeiro aquela pequena-gigante me conhece por dentro, como resultado de sua perícia e capacidade de cientista, ao abrir-me a garganta numa primeira intervenção, tendo tamanha perícia em tapar o buraco para retirada de nódulos, ou seja, o que for, costurando-me com sua maestria.Foi ela mesma quem, mais tarde me  veio com  o amargo e doloroso diagnóstico: “Senhor Max seu câncer está no pulmão e precisamos retirá-lo”.
         Da paciência de Job em explicar-me com aquele palavrório profissional, consegue, com raros dotes, descer à minha mais miserável e escancarada ignorância sobre os assuntos de medicina. Passou-me delicadamente a fazer-me concessões, em especial explicando e reexplicando os procedimentos a esse bugre nas ciências de Hipócrates. A danada até explicou-me milimetricamente o tamanho do pedaço do pulmão que iria arrancar do corpo  cansado do velho Max.
          Finalmente pela segunda vez lá estava àquela mulher miudinha em tamanho, mas uma gigante de alma, profissão e conhecimento, a lacerar-me do lado direito, arrancando e expondo minhas entranhas e, de lá, arrancar um pedaço do pulmão direito aonde estava alojado o câncer que roia meu interior. Então ela conhece o velho Max por dentro, visitou meu interior e viu coisas que nem eu nem ninguém jamais vimos ou veremos.
         Tenho uma gratidão impagável por aquela a quem às vezes descontraidamente chamo alguns muitos médicos de “Doutores adolescentes”, já que se trata de uma equipe formada por jovens diante dos meus avançados anos de ancião e já dobrando a esquina da existência e o cabo da desesperança.
          Em artigo que escrevi para o meu Blog, cheguei para escândalo e licenciosamente ousado que sou, de chamá-los de “moleques”, porém, tudo num rasgo de eloquência e licensiodade poética, não como ofensa, explicação plausível que deixa claro, para que os intérpretes desinformados não me venham a dar puladas e bordoadas. E tenho motivos de sobra em dedicar aquele pessoal tanto agradecimento e tamanha afetividade.
          Já não sei quantas vezes eles retiraram meus pés da sepultura. A primeira foi em 2012 quando fui operado de aneurisma da aorta abdominal. O resto é só festa.

          Que viva minha amada médica com as bênçãos do Nosso Deus que manipula e dirige o seu bisturi manuseado por essa- Pequena-grande mulher -Doutora Vanessa Menezes- por mais uns duzentos e setenta e quatro anos, cinco dias, vinte e sete minutos e três segundos.

sábado, 4 de julho de 2015

FALANDO A PURA VERDADE DO POVÃO.

                   
         Os senhores muito pouco respeitáveis deputados e senadores da velha cansada  e estropiada, estropiada e estuprada ,além de violentada e esquartejada república de uns poucos brasileiros, anda a cansar e a encher o saco e a paciência desse nosso povo sofrido mas, imerecidamente ignorante, marginalizado e esquecido, e muito pouco ou quase nada esclarecido, com uma balela orquestrada, ao afirmar que o Brasil com suas confortáveis cadeias  não reeduca bandidos .
          É a mentira mais vaga que existe no assunto. Vamos analisar por partes para que não paire nenhuma dúvida.
         Primeiro, será preciso dizer que o Brasil é e tem sido o campeão mundial da impunidade. Aqui, ladrões se estabelecem de mala e cuia, safam-se com a aquiescência de juízes ladrões e corruptos, embora notórios e conhecidos, são festejados e bajulados pelos maiorais e, porque não dizer, pelo povão ignorante.
As cadeias brasileiras foram feitas especialmente para a pobreza miserável do Brasil. Rico encontra sempre um Supremo Tribunal aquiescente, manso e cordato, pusilânime e sem vontade de aplicar as infames leis do país, porque agradecido pelas nomeações dos seus chamados ministros de reputação ilibada. Tenho cá minhas duvidas sobre suas vidas inatacáveis e ilibadas. Parecem-me muito mais chavões destituídos de mínima veracidade
        Segundo, no Brasil as cadeias ao contrário do que se propaga por aí são especialmente acolhedoras e aconchegantes, bastando ver e atestar a quantidade de reincidentes que preferem viver atrás das grades a viverem em liberdade social. Cerca de setenta por cento (70%) deles retornam, preferindo a beleza de ter água, casa e comida paga por nós do que trabalhar honestamente.
        Terceiro. Um bando de infelizes e desencontrados e aí vão instituições da respeitabilidade da Ordem dos Advogados do Brasil, ABI e outras, não menos respeitáveis, a encampar a idéia de que as cadeias do Brasil são masmorras.
         Grassa mentira. Somos o paraíso das cadeias furadas em que os bandidos ficam lá se preferirem, e mais, recebem, anualmente, no mínimo o direito de sair por duas semanas em quatro datas diferentes, mesmo que o sujeito não comporte nem reúna as condições do que chamam de beneficio. Dia das mães, dia de finados, dia dos namorados e natais.
        Outro equívoco é que estão a propalar que a cadeia não reeduca ninguém como se cadeia fosse feita para reeducar e não apenas para punir. Achamos que devemos endurecer a república começando pela derrubada dos seus infelizes mandatários, trocando por outros de mentes menos apodrecidas e razoáveis.
          Cadeia não deve jamais ser vista como lugar de reeducação de animais. Se o animal não foi educado nas suas famílias, nem a escola consegue quanto mais educar quem nunca foi educado e só conhece a bestializarão de matar e cometer crimes os mais nefandos como se fossem animais na selva.

        Cadeia nesses animais.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

LONGEVIDADE DOS COVEIROS

                    
          Sempre pensei em escrever sobre os coveiros, esses maravilhosos e magníficos senhores, hoje, graças aos avanços sociais, confiado o cargo, também, às mulheres. Pois é, saibam que  já existem muitas senhoras que se ocupam em plantar defuntos nos cemitérios.
        As oradas outrora recanto masculino, parecia um clube “do Bolinha”, tão restrito aos homens quanto o “Beco do Quebra-Faca” afamado reduto boêmio das mariposas noturnas e dos notívagos espertalhões que saiam nas noites enluaradas ou não, lá dos sertões. Hoje, não; existem mulheres coveiras que desenvolvem o seu ofício tão ou quanto os homens.
       Mas, não quero aqui falar dos gêneros coveiros e sim, de dois coveiros que passaram por Itiúba. “O primeiro foi o chamado ‘Velho Lot” que, com sua força descomunal acumulava com o de  carregador ou transportador de bandas de bois abatidos para o açougue Local. Morreu o Lot na mais avançada idade sobrevivendo ao seu filho Adelino, muito mais jovem, que sucumbiu muito mais levado pela diaba da caninha, a famosa “moça  filha de pardo trigueiro”.
         Velho Lot como carinhosamente lhes chamávamos, “plantou” no  estreito e acanhado cemitério de Itiúba muito valente e muita gente boa, ou que se pensava boa ,com largas pás de areia sobre o caixão nas  covas rasas.
          O segundo, que desejo, e espero não seja o último, é o famoso “Pé-de-ouro” apelido que nasceu pelo seu peculiar modo de andar, com os pés apontados para fora, como se estivesse a sofrer de direcionamento. Este ,ao que parece, acho que vindo dos lados de um lugarejo outrora chamado de “Pega-nego” surgiu em Itiúba misteriosamente. Negro retinto como a noite, cabelos mais para lisos, em vez da carapinha, depois de muitos anos de serviços prestados, escafedeu-se da cidade, indo morar, em cidade vizinha, de nome Filadelfia, aonde foi continuar seu ofício de coveiro atendendo convite dos prefeitos da localidade.
        Vi-o no cemitério, regresso e apossado do cemitério Local de Itiúba quando fui cumprir o dever de sepultar minha irmã Marlene, onde meus pais estão em “Requienscat in pace”.
        Parece que tenho certa morbidez pelos coveiros. Dificilmente deixo de levar um bom bate papo com algum deles, pouco importando se os conheço ou não, seja em qualquer cemitério aonde tenha eu de comparecer.
        Lá está “o parece quase eterno Pé-de-ouro” impávido a tratar de coisas de sepultamento, a abrir e fechar covas, a desenterrar ossadas quando cumpre o tempo dos carneiros, tudo naquela meticulosidade de causar inveja. Sujeito simples e caprichoso, sem pressa, parece não ter um só fio de cabelos brancos de tão acostumado com a inexorabilidade dos que partem adiantado, lá permanecendo à espera de nós sobreviventes. O Pé-de-ouro é sujeito afável, embora não seja requintado, mas uma boa praça como se dizia antigamente.

         Que “viva o Pé-de-ouro” uns cem anos mais para continuar nesse invejável e misterioso ofício de chamar terra na cara das pessoas, dos que se despedem entre aís e dores deste mundo.