O que você quer saber sobre História?



Este blog tem como objetivo discutir História, postar artigos, discutir assuntos da atualidade, falar do que ninguém quer ouvir. Então sintam-se a vontade para perguntar, comentar, questionar alguma informação. Este é um espaço livre para quem gosta de fazer História.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

DARWINISMO E CRIACIONISMO



          Não sei se tocarei, novamente, no assunto. Entretanto, alguns me pedem que escreva ago sobre as teorias de Charles Darwin. A bem da verdade, é preciso que seja dito que ele nunca pretendeu negar nada, pessoas estranhas é que atribuíram a Darwin certo grau de materialismo e negação de Deus.
          É evidente que a grande e esmagadora maioria de pessoas que negam a obra CRIACIONISTA, portanto a existência de DEUS que criou tudo e dá sustentação universal, sequer leu os escritos de Darwin que, diga-se de passagem são uns escritos muito mal redigidos, sem pés e sem cabeça, meras teorias que necessitam serem comprovadas. Muitos pois, desconhecem que não se trata de ciência, mas de palpites, enfim idéias de uma pessoa que quis escrever e publicá-las, chamado-as de “teoria das espécies”.
          Os escritos são paupérrimos, mas sobre eles, pseudos cientistas se debruçaram e negara o quanto puderam a obra da CRIAÇÃO DO SENHOR. Sempre desconfio dos que afirmam a criação em milhões, senão em bilhões de anos, fazendo afirmações absurdas como se as coisas tiveram acontecido ali, ontem, e estão bem fresquinhas. Quem se preocupa com o assunto do conhecimento, sabe que dentes e crânios já foram mostrados ao mundo, esqueletos ou partes deles foram ofertados ao mundo através de academias e acadêmicos pretensamente senhores da verdade, para pouco tempo depois se descobrir que são ossos de animais. De um fragmento dental de um porco do mato, certo cientista, não faz muito tempo, deduziu logicamente que o homem advinha de certa região.
         Que dizer do museu natural da Inglaterra que já desautorizou a tantas fraudes?
Por mais que se diga e escrito está que o homem nasceu e teve origem com a criação descrita em Gênesis na região da Mesopotâmia, uma gama de pseudos cientistas teima em afirmar que a origem do homem é na África. Além da insignificância, as teorias ditas “evolucionistas” não resistem aos mais simplórios argumentos contrários. São amontoados de palavras sem qualquer possibilidade de comprovação. O homem é, assim como todas as coisas, criação do Arquiteto do Universo que ademais, lhes dá sustentação.
Campanha: ajude a descomplicar a Justiça baiana.
Max Brandão Cirne

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

AFINAL, HISTÓRIA É CIÊNCIA?



        Desandado mundo velho, tão velho quanto a própria existência, nele se desenvolvem os erros e os enganos, muitos simplesmente pelo justo desejo da contribuição, muitos pelo desejo de mais aprender. Essa velha discussão se a história é ciência, nos parece dará muito pano para as mangas, as pessoas se digladiarão, enquanto a esterilidade da discussão continuará a permear áridos ou bonançosos corações.
         De fato não se pode considerar científico nada que se permeei e se premedite obedecendo razões e conveniências. O que desejamos discutir é se de verdade a história, em si, enquanto história pode ser considerada ciência. Não se pode negar que uma coisa é a investigação da verdade, outra, a interpretação da história. É certo afirmarmos que o historiador não pode sentir-se um “cientista” puro e acabado, exatamente por permitir a história a interpretação  dos fatos segundo conveniências e envolvidas as partes. O máximo que se pode admitir, sim é que a investigação se revista de conceitos científicos, nunca a história em si.
          Quando fatos pretensamente existentes foram revelados ao mundo, certamente envolveu um monte de interesses e interpretações. Conquanto a história não deva por si ser interpretada como a verdade única, não se pode nem devemos aprisionar o termo “historiador como um privilegiado ou iluminado acima do bem e do mal. O historiador é simplesmente um homem que escreveu sua visão ou o que dela lhe pareceu pertinente o Fo forçado, pelas circunstâncias, a escrever diante das conveniências apontadas.Exemplos são muitos, sem contar os que emprestaram suas penas para escrever inverdades, contanto que os mandatários do momento lhes encomendassem, sob régia paga, caso das principais cidades italianas e seus reis ou soberanos que pagavam e sustentavam escritores para escrever a história convenientemente. São dignos de menção os Médicis que souberam entortar, ajudados por certos “historiadores”, a verdade dos fatos.
         É fato conhecido que os vencedores sempre escreveram a história ao seu bel prazer, impondo aos vencidos suas visões e versões. Imaginemos, só para argumentação, que os militares que dominaram o Brasil pós 1964, durante a ditadura, consideravam a “revolução incontestável, a redentora, a salvadora”. Essa postura de servilismo aos conceitos arbitrários, tem feito estrago nos arraiais dos historiadores, medindo e impedindo, não raro, a sã discussão e debate sobre os mais variados, tendenciosamente forçando  ao oficialismo da historiografia da maioria preguiçosa e aplaudida.
         Não são poucos os historiadores se debatem e discutem autenticidade e realidade. Quando olhamos para os historiadores, em especial os gregos vemos, ao cotejá-los com outros, em especial os orientais, o quanto de negação envolvem as versões. Tidos por muitos como mentirosos, nomes permaneceram e permanecem na historiografia como próceres e influentes pensadores de gerações contínuas. Não é, entretanto, a opinião dos orientais quando se referem a ocidentais, negando-lhes autenticidade, e, não raro nominando-os de mentirosos.
          A história em si não é e nem pode ser considerada, portanto, “ciência”, quando muito o estudo para a sua abordagem, vez que ela não se encaixa na exatidão, nem na experimentação, antes, e não raro é especulativa e comporta variada interpretação.
CAMPANHA: Ajude a Justiça da Bahia a adquirir respeitabilidade
Max Brandão Cirne 28/11/2012




sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A POSSE DE JOAQUIM BARBOSA



                           

    Como já foi postado aqui, sou profundo suspeito para manifestações que envolvam o grande ministro JOAQUIM BARBOSA. Sua posse ontem em Brasília foi de uma simplicidade e de uma singeleza de cortar o coração. Longe dos afagos dos interessados em recompensas futuras, não se viu, na posse, os de sempre, os do beija-mão, os aduladores que enchem e emporcalham a nação.
      Seu discurso recheado de verdades simples e comuns pugnava por coisas simples como a independência de juízes e o afastamento das rodas políticas, dos favores e das benesses que lhe são oferecidas para em seguida lhes ser devolvidas em dobro. A independência foi tema e a proximidade do magistrado com o povo, indica muito bem a grandeza da alma e  a grandeza de coração de JOAQUIM BARBOSA.
     A Senhora Dilma, presidenta do Brasil, lá estava. Cara amuada e amarrada, parece não estava gostando e, certamente, diante dos últimos acontecimentos que parece ter ressuscitado a velha e carcomida justiça brasileira do limbo e do esquecimento, parece deu a tônica. Amuada e mal humorada, a senhora Presidenta certamente não revelou nem revelará a sua desaprovação pela condenação dos ladrões do mensalão, todos do seu famigerado partido. Pouco importa. O discurso do Ministro lavou a alma. Lembrou aos juízes que se afastaram do povo nessas posturas imperiais que no mundo moderno e atual não pode nem deve subsistir magistrados afastados do povo.
     De fato, no Brasil, juízes são seres intocáveis, do outro mundo, de outros planetas que desconhecem que sua missão é, na verdade estar junto e perto do povo lhe auscultando os anseios e não essa justiça dos ricos e, miseravelmente aduladora e bajuladora, imperando boçalmente. Pobres nesse país são esquecidos por juízes descompromissados que voltaram as costas para os anseios de quem pede justiça. Burguesa, ela se tornou arredia e odienta uma vez que sempre está bajuladora e aduladora aos pés dos que são poderosos, decaindo, fragorosamente, da honra que lhe foi separada de dizer e fazer a justiça. Processos dormem anos a fio nos escaninhos da preguiça e da má vontade de magistrados enquanto mensalmente recebem seus polpudos vencimentos e bajulam as migalhas dos que lhe são mais poderosos.
    Sabe-se que o ministro pouco poderá fazer diante de um organismo que sofre de esclerose moral, desgaste ético e ausência de vontade. Não poderá fazer nada. Infelizmente entre o mundo ideal e o mundo factível, este último será o vencedor. Mas foi muito bom ouvir as palavras do ministro arejar, ainda que por momentos, mentes enferrujadas e esquecidas de tanta verdade na singeleza das palavras simples do Ministro.
     Parabéns Ministro Joaquim Barbosa.
     Exageradamente não se tocou no assunto. A mídia parecia muito mais preocupada que um “negro” vindo das calendas, tenha conquistado o poder. Pobre imprensa que, a guisa de noticiar parece alardear e reabrir feridas, quando a cor da pele nesse infeliz país, parece, ainda ser a causa primeira.
(75)8803-1829

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

JUSTIÇA E RESPEITO COM O CARLINHOS CACHOEIRA



                       
         Finalmente nessa madrugada a justiça brasileira fez a justiça que conhecemos. Mandou que soltasse ao senhor Carlinhos Cachoeira, contraventor e criminoso da pesada preso na Papuda durante uns nove meses.
         Se os políticos brasileiros estão livres e gozam de prerrogativas, então respeitemos o Carlinhos que é um aprendiz de ladrão junto e em comparação aos nossos “merdentos políticos”.
         O homem está na rua livre como um passarinho. A justiça brasileira, essa piada que temos chamada justiça aqui nos trópicos, condenou o bom rapaz a uma pena de cinco anos. Piada pura pois não passará um dia sequer na cadeia nesse odiento e brasileiro sistema penal. Não que ele não seja merecedor como criminoso se fosse o Brasil um país decente, mas porque será uma infinita injustiça e abuso de direito se permanecesse o moço atrás das grades enquanto os políticos brasileiros, em especial os da CPI (palhaçada brasileira), permanecessem livres.
        Se os brasileiros soubessem como somos execrados lá fora, muitos morreriam de tristeza. O Brasil é uma “festa” da roubalheira política, das meretrizes e dos travecos que infestam as cidade, dos políticos assaltantes que não são presos, do nosso sistema legal que é muito mais uma piada, em que uma pessoa é condenada pelos “egrégios e respeitáveis tribunais”, as penas são computadas, mas não existe cumprimento da pena. É uma esbórnia oficial, a despeito do Maluf que sendo procurado pelas polícias de 182 países, vive e transita como representante do Congresso Brasileiro e não pode ser preso internamente.
       Ora, é esbórnia demais. Como então ser respeitável um paizinho de titica desses? E ainda pretendemos pertencer ao civilizado 1º mundo. Triste país. Perdemos compostura e vergonha.Somos muito mais cantados e decantados por nossas sem-vergonhices do que pelo trabalho e seriedade. Somos um povaréu, uns insignificantes, uns incivilizados que só temos coxas, bundas, mulheres ofertadas nos balcões de carne verde e fresca, turbinadas a procura de dólares e vida fácil. Todo mundo quer ser somente “atrizes, atores e modelos”, e o resto que se dane. A cara de pau dos brasileiros já superou o racional. Somos um povo “merdeleco e sem compostura cheio de falsos brios, amor à pátria de araque, de políticos ladrões e aproveitadores da ignorância, da roubalheira desenfreada e das leis frouxas que melhor seria não existissem.
Max Brandão Cirne

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

DOIS MINISTROS BRASILEIROS (OU TRÊS)


                        
        Assisto o julgamento da ação que cuida do mensalão desde o seu início. De cara, sem necessitar de lente de aumento, pode se verificar duas posturas significativas de dois ministros. Um deles é o de intransigência do Senhor Joaquim Barbosa relatando com eficiência e zêlo as peripécias dos quadrilheiros do PT.
          Outro, é sem dúvida a figura do Senhor Ricardo Lewandowsk (não se é assim que se escreve?), que com sua má vontade, embora  tratar-se do revisor, parece muito mais ser um advogado de defesa dos quadrilheiros. Duas posturas que saltarão para a história deste país, uma enaltecida na figura do senhor Joaquim Barbosa e a outra na figura triste do senhor revisor.
          Todo o Brasil jurídico sabe que o senhor revisor tudo fez para atrasar e procrastinar o feito e o julgamento, sendo necessário a pressão não apenas do povo, mas da imprensa brasileira diante das manobras do senhor revisor para que o caso alcançasse a prescrição, perdendo, portanto, caso ocorresse, o direito de punição ou a caducidade do feito, permitindo que os bandidos saissem pela tangente.
        Mas existe uma terceita figura que não passará a história com boa fama, trata-se do ex advogado do PT que aportou no Supremo pelas mãos do agradecimento e não pela independencia, vida ilibada e escorreito viver, na pessoa do senhor Toffoli (acho que é assim  mesmo que se escreve).
          Pois bem, sem independencia de qualquer espécie, o ministro “agradecido” segue, invariavelmente o voto do senhor Ricardo.Parece um teleguiado sem vez e sem vontade própria. Os embates ocorridos entre o Senhor Joaquim Barbosa, são na verdade, muito sérios. Nesses embates Joaquim Barbosa  se revolta com a forma e a maneira de defender exercida pelo senhor Ricardo chegando, muitas vezes, a obstrução da justiça, tamanho o empenho do “revoltado” ministro em votar absolvendo os ladrões, na cara de pau, no tresvalio e na loucura de quem parece ter perdido o senso do respeito, da decencia e da conta que a história lhe pedirá.
          Da minha parte fico enojado com o senhor revisor. O que ele está a fazer é uma verdadeira vergonha. Confundiu  voto de consciência e colocou a toga a serviço dos malandros criminosos, dos quadrilheiros que todos os seus pares enchergaram, menos ele e seu acólito, o teleguiado Toffoli que o segue cegamente.
          Duas posturas. Uma na de Joaquim Barbosa que saltou ao inscrever seu nome na história do Brasil como zeloso e abnegado julgador e outra a do frouxo e apaixonado Ricardo que emprestou seu nome para afundar com os quadrilheiros do mensalão.
          Que viva Joaquim Barbosa e que sejam afastados, se possível fosse, os dois ministros que só votam pelos bandidos e com os bandidos do mensalão, como se jungidos agradecidos pela judicatura orientada e apontada.
Max Brandão Cirne (8803-1829).



PRINCESA ISABEL VERSUS ZUMBI DOS PALMARES


             

          Os negros entre os quais estou incluído, estão festivamente, mais uma vez comemorando o dia da “CONSCIÊNCIA NEGRA”. Antigamente esse dia era comemorado no dia 13 de maio, ocasião em que eram prestadas homenagens à Princesa Isabel, a que assinou, na ausência do seu pai, a Lei Áurea extinguindo, aparentemente, a escravidão no Brasil.
         Foi um feito e tanto, sem esquecer que a pressão para que fosse extinta a escravidão já ameaçava a segurança da nação. Ingerências políticas e econômicas têm de ser vistas concomitantemente, não tendo sido fato isolado, muito menos por ser a Princesa uma senhora delicada e sensível. A extinção ocorreu e evitou uma guerra civil.
        Este não é o ponto. As comemorações pela libertação que passaram a ser realizadas anualmente no Brasil, foram também politizadas e oportunizadas pelos muitos aproveitadores, com exageros  de todos conhecidos.. De fato, se a Princesa Isabel evitou e abreviou o inevitável, não será razão para que seu nome seja execrado como os movimentos negros fazem, como se desejassem escondê-la da história e até apagar o seu nome da Lei que leva o seu nome em vez da do seu pai o pomposo “rei brasileiro” mais conhecido por “imperador brasileiro”.
        Não comungo com os movimentos nem a maneira de comemorar dos afros descendentes (se chamar negros, posso até ser processado, embora seja eu um descendente de negros africanos aqui aportados), em especial com essa mania de engrandecer o que não nos parece ser lá tão grande, como substituir no Panteão da Pátria a Senhora Isabel pela figura do Senhor Zumbi dos Palmares.
        Como historiador tenho encontrado sérias dificuldades para passar da Serra da Barriga na Serra dos Palmares em Alagoas e descobrir essa figura misteriosa ou o que possa provar, ao menos tenha existido.
        Zumbi dos Palmares é um mito, mera criação de algum historiador que supervalorizou ao inexistente, mas que infelizmente não se provou a sua existência. Por mais que alguém force a barra e torça a história, não nos parece ser acertado manter um mito como se fosse vivo, ensinar às crianças, dar-lhe vida, impossível por não se saber ao menos tenha existido. Talvez a culpa seja de alguns historiadores da linha dos da Escola dos Annales, que com alguns exageros forçaram nominar lendas e contos como se fossem expressões do inconsciente historiográfico.
       Poucos historiadores de verdade embarcaram nessa historia do Zumbi. Não conheço um só que afirme a sua existência. Zumbi nunca foi visto, vez que ele foi criação sustentada por outros negros para manter a luta. A Serra da Barriga e seu Quilombo não conheceram nenhum herói encantado, mas abrigaram miseráveis pretos pobres e cansados da perversidade da escravidão, da dor e do lamento que a insensibilidade do homem branco ajudou a infernizar cada vez mais.
      Mas não justifica esquecer a Princesa Isabel. Afinal foi ela quem assinou entre as pressões das forças poderosas que dominaram o Brasil. Expurgá-la, nos parece ato de inominável desafeição e insensibilidade,inclusive do ponto de vista da historiografia, enquanto Zumbi que não se provou ao menos tenha ele existido, reine soberano cantado e decantado pela massa de afros que nem ao menos possui um só documento capaz de dar vida embasar e dar  alento ao fantasma que as classes poderosas manobraram para aprisionar outros “zumbis” da história, amalgamá-los e mantê-los estanques, como se bastasse a manutenção de um mito para mantê-los afastados da verdadeira luta de emancipação que ainda se encontra longe de terminar.
        Apagar a Princesa sob os pés do mito Zumbi é inominável ignorância capaz de satisfazer alguns políticos que manobram a luta enquanto , na verdade, roubam “consciência negra”, negando-lhe empregos dignos, posições de mando, moradia digna, escolaridade e igualdade, que, para tanto contam com equivocadas lideranças negras que brigam por coisas de somenos, enquanto manobram os cordéis da ignorância na falsa luta de dar impressão aos negros de que sua consciência está sendo preservada. Não está. Muitos Domingos Jorge Velho estão com seus fuzis da falsidade e da  tolerância oferecendo samba, cachaça, esbórnia e carnaval enquanto a criminalidade se agiganta entre os negros  enganando- os  com terminologias proibidas e fobias criadas, aumentam-se as favelas, miseráveis mocambos, guetos,  palafitas e as penitenciárias se abarrotam de negros, os mesmos de sempre, os que cantam todos os anos, furtivamente os hinos e cânticos de enaltecimento do simples “mito”. São manobrados para enriquecer e ajudar polpudos bolsos dando um verniz de que a luta do negro se perfaz na comemoração falsa de um dia marcado como “dia da consciência negra”. Mas o pior é saber que são outros negros chegados ao poder cedente que madrastamente se prestam ao papel do feitor de ontem, do capitão –do- mato, ou seja, do caçador de negros fugitivos. E isto vai desde ministros e secretários que enchem os bolsos e nada fazem por nós até o mais breve secretário de quarteirão das metrópoles arrebanhando votos e negros para alimentar o estado de coisas em que vivemos.
      Sem luta não existe liberdade. E não será com um dia comemorado em novembro, todo vinte, por enquanto, que teremos a liberdade que teve início, sim, com a Princesa Isabel e não essa mentirinha para enganar as pessoas e que deram  nome e estátua nas praças chamado Zumbi.
     Propomos então que seja restabelecida a figura da Princesa e apagado o mito. Afinal, mito não existe, é mera criação capaz de  apagar os mais profundos sentimentos de verdade.
Max Brandão Cirne (8803-1829)