No Brasil guerras não existem. Afinal
de contas já somos dominados pelas potências, pelo que não necessitam gastar
cartuchos com nossa atrapalhada “sexta economia mundial”. Nossos homens ditos
públicos já venderam e revenderam o Brasil por muitos séculos. São os piores
gatunos da história mundial.
Mas, será preciso dizer que preocupa
muito, a tantos brasileiros, a questão da guerra. É que, como sabemos, nessa pátria que não é nenhuma “mãe gentil”, como ensina o mentiroso hino nacional, seus
filhos refestelados no poder e na corrupção, mandam e desmandam. Mas não os que
vivem dos programas sociais, da fome zero e da bolsa família, muito menos dos
que percebem salários miseráveis, muito menos os aposentados. Sou pacifista e
tem de ser declarado que em caso de guerra, as pessoas deverão se negar a lutar
e a entregar seus filhos para morrerem. Afinal, eles defenderão privilégios de
políticos ladrões e corrompidos junto aos capitalistas empresários mancomunados
para sangrar o Brasil. Você já pensou lutando para salvar os privilégios da família
Sarney ou do alagoano que será eleito hoje para presidir o senado, o
senador Renan Calheiros?
Nos EE. UU. quando da guerra do Iraque,
dos mais de quinhentos congressistas (deputados e senadores de lá), apenas um
filho foi alistado para a guerra, um único americano, filho de político, assim
mesmo servindo em função burocrática e longe do troar dos canhões e do perigo
da morte.Os demais soldados são recrutados nas favelas norte americanas,
exatamente entre os filhos dos pobres, sem escola e sem nenhuma oportunidade de
ascensão.
No Brasil, mais de 80% (oitenta por
cento) das pessoas são obrigadas a sobreviver com um salário mínimo por mês.
Desembargadores recebem muito e em muitos estados da federação, mais de cem mil
por mês, até como premio de produtividade. Ou seja, os desembargadores e os
deputados junto aos senadores, recebem, por dia, mais de Rs3. 500,00
enquanto a maioria dos trabalhadores, escravos da existência brasileira, recebe,
por mês, apenas um salário mínimo de fome.
Não é justo que filhos de pobres
desgraçados abandonados sejam enviados para os campos de guerra, para defender
uma pátria que nos escraviza desavergonhadamente para ajudar a manter e
proteger o sistema de privilégios dessas classes que afundam as garras da imoralidade.
Não temos pátria, somos, em verdade, uns desassistidos, uns humilhados mendigos
de um país de riquezas mil abocanhadas por espertalhões.
A justiça, elitizada e burguesa, não
julga os processos dos pobres mortais, demorando mais de 10, 15 ou mais anos
para resolver pendências de fácil solução. Políticos, como sabemos, nos roubam desavergonhadamente.
Agora mesmo estamos as voltas com o tal
do IPTU
que vem a ser a cobrança de um criminoso
imposto sobre os lares comprados e construídos com sangue, suor e lágrimas
pelos seus proprietários.Caso não paguemos, as prefeituras tomam nossos imóveis.
O imposto de renda, cobra, de assalariados miseráveis 27,5%, enquanto o
cidadão, quanto mais rico, tem o imposto com a sua alíquota diminuída. As estradas estão pedagiadas,
porque entregues aos grupos econômicos que sustentam os políticos, escorchando
e arrochando os miseráveis que necessitam transitar por estradas que foram
construídas com os nossos dinheiros. Então, por que entregar seus filhos para
defender ladrões e espertalhões em nome da segurança nacional de quem mesmo?
Segurança de quem mesmo? Bem estar de quem mesmo?
Aliás, já escrevi que as
guerras deveriam ser travadas unicamente entre os governos que a declararam.
Coloquemos em campos opostos os políticos, os senadores, os profissionais ditos
de estado e as demais classes que formam a corriola geral e deixemos que eles se
batam e se acabem. Só assim legitimariam as suas
ladroagens, mas depois de entregarem suas vidas e as dos seus, não as vidas dos
nossos filhos e parentes desempregados ou subempregados, sobreviventes desses
espertalhões que fazem as leis, enviando para a morte milhões de pobres
nacionalistas que nada tem a ver. Quem resolve a questão é o que sai vitorioso.
Mandar para a guerra filhos de pobres e miseráveis que não tem onde caírem
mortos em nome da segurança nacional e da ameaça da pátria é conversa para boi
dormir. Não nos calemos diante dos mecanismos que julgam traidores os que se
negam a lutar e a serem mortos nas guerras. Mortes que só servem para manter
negócios e privilégios das classes que dominam e escravizam o povão.
Ninguém faça ou declare guerra
pensando que meus filhos e netos irão ser entregues para defender privilégios e
ajudar bandidos votados ou não se apropriarem, cada vez mais, da coisa que
deveria ser pública. Ainda que me ameacem e me acusem da mais vil traição. Que
eu seja traidor, porém, sem defender ladrões que nos roubam aberta e
desavergonhadamente. Imaginemos os nossos homens púbicos. Vergonha geral!!!
E estamos conversados.
Max B. Cirne
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