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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

“Chumbinho”, o veneno



       O Brasil é mesmo um país “sui generis” na sua maneira de ser e se demonstrar para o mundo. Chega a ser incompreensível, para não dizer, padecente de muita esdruxulidade.
       Fazemos, é claro, referencia proposital ao veneno denominado popularmente de “chumbinho”. Na verdade, trata-se de um protetor, muito usado, no recôncavo, nas plantações de fumo, no combate às pragas daí oriundas.
       Mas, que tem a ver o tal “chumbinho” e o que queremos dizer? É que muitas pessoas, durante muito tempo fizeram uso para exterminar pragas domésticas, em especial, ratos. É eficientíssimo. O governo proibiu sua comercialização. A venda foi suspensa em todo território nacional, pois, diziam os governos que muitas pessoas estavam cometendo suicídio, pela sua ingestão.
       Ora, tal qual a formicida e a estriquinina, a verdade é que pessoas desesperadas cometem suicídio de variadas maneiras. Não cremos que a suspensão e proibição tenham contribuído para acabar com os suicídios. Almas doentes carecem de tratamentos adequados e não proibição de substâncias perigosas, mesmo porque, quem quer suicidar-se encontra uma gama variada para seu infeliz e tresloucado ato.
      Em verdadeiro paradoxo se pode comprar o “chumbinho”, porém, na forma líquida, nunca na granulada, como era oferecido, em frasquinhos. Todo mundo sabe e está vezeiro que o produto pode ser encontrado e vendido em muitas casas, às escondidas. Eficiente no combate às ratazanas substitui, fracamente, os gatos que deixaram porque estão perdendo a capacidade de caçar ratos.
      Lembro-me de certa senhora balconista na cidade em que vivo, toda vez que eu ia comprar estriquinina para matar ratos em minha casa. Ela interrogava-me cuidadosamente, isso, naturalmente, antes de me conhecer e saber que eu sempre fui um cara feliz da vida. Eu a acalmava e dizia qual o intento.
      O Brasil deveria sim, contrariar os donos de farmácias e proibir a venda de remédios. Não se proíbe o doente porque a medicação é forte e arriscada. Por que não o faz? Porque o capitalismo possui força e poder e governos precisam e necessitam das migalhas que lhes cai das mesas opulentas.
        Está mais que na hora de deixar o povo livre e sem amarras. Proibição não evita suicídios. Meios estão ao alcance de quaisquer infelizes.
        Os ratos estão proliferando. Ratos de duas e de quatro pernas!!!
 

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