A história dos períodos em que os
holandeses passaram pelo Brasil colonial, carece de explicações no campo da
religiosidade, sobretudo visando equacionar uma questão que é a de saber e assentar a causa da recusa e da
sua expulsão.
A primeira chamada Invasão holandesa
ocorrida na Bahia teve pouca duração a dominação, eis que Portugal avidamente,
por ser a colônia mais rica e importante do império português, se voltou para
expulsa-los da Bahia com o apoio das guerrilhas e dos ataques, em especial
partidos das gentes que habitavam o Recôncavo.
A invasão de Pernambuco teve maior
duração e demoraram 24 anos, em especial assegurada a riqueza pelo Conde
Mauricio d Nassau de formação protestante.
Maurício além de comandante e
governante sensível estimulou as artes e as ciências, incrementaram-se os
engenhos de açúcar em número de mais de cem, emprestava dinheiro e garantia
preços e comércio na Europa do principal produto da colônia.
Na Bahia aonde as pessoas eram
dissolutas, os hábitos grosseiros dos homens e das mulheres, a sensualidade e a
prostituição encontradiças nas senhoras da Bahia e a condescendência dos
maridos e pais, afrouxavam os laços da moralidade, ajudados por uma religião
permissiva que foi o catolicismo.
Interessante é notar-se que em Pernambuco
a dominação holandesa foi feita por protestantes que passariam a conviver e a
respeitar com a liberdade religiosa, sendo lá encontrados tanto o catolicismo
implantado por jesuítas e capuchinhos, estes vindos com os franceses quando
estiveram e ocuparam o Maranhão, além dos judeus com suas sinagogas e dos
calvinistas.
A filosofia da igreja católica
permissiva sabia e até condescendia com os portugueses que viviam em estado de
amancebamento com as índias, e, na mais negra espiritualidade sem contar a
carnalidade em concubinato crasso com as índias sem contar que os portugueses,
sob a égide da dominação católica se transformaram, com o tempo, em canibais
adquirindo os hábitos dos indígenas aqui radicados.
Mauricio e a Companhia das Índias
Ocidentais foram um divisor pregando e ensinado as Escrituras Sagradas baseado
numa moral aceitável diferentemente do catolicismo onde o amancebamento e as
relações promíscuas se compactavam e eram aceitas mediante o pagamento de
óbolos e ajudas à igreja que as pessoas davam, comprando, em verdade,
consciências e silenciando doutrinas frouxas.
Os males da expulsão e da refutação
religiosa até hoje parecem indicar a situação de pouca aceitação do evangelho
pelos nordestinos, o aumento da superstição e da bruxaria conforme se verifica
cuja prática se assentava numa liberdade religiosa que o sul preferiu não
aceitar, abraçando massivamente o protestantismo, embora ali o catolicismo
tenha chegado primeiro.
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Peço desculpas pelo texto bastante truncado. Parece que estou sob ameaça de vírus tamanha a repetição de palavras e textos. Peço desculpas pelo português ruim.O Autor
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