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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A RAMPA DA ASSEMBLEIA DA BAHIA



          Era apenas um estudante de direito no início da década de 70, cursando na Universidade Federal da Bahia, na Capital do Salvador.
          Como sempre procurei ser politizado, frequentemente comparecia na Assembleia Legislativa da Bahia para ouvir os debates dos deputados que se polarizavam, ocasião em que os partidos, talvez por força da ditadura e dos que a serviam fielmente, eram muito mai aguerridos e representativos.
         Belo dia resolvi que não entraria mais pela estreita porta lateral da Casa apelidada de “casa do povo”, único acesso permitido ao povo fosse qual fosse sua condição. Assim, dirigi-me à rampa da Assembleia e comecei a subir. Lá em cima, dois truculentos e serviçais policiais militares, fortes e de cara de poucos amigos, apontaram-me duas metralhadoras, fazendo-me recuar e dar meia volta, retornando para o acesso do povo, esse da vida de gado da Bahia,  carneiro que aceitava tudo e não se indignava com nada, mas não sem antes protestar veementemente, isoladamente, naquela rampa, dizendo e argumentando que a Casa sendo do povo, o povo tinha o direito de ter acessos permitidos, e, não a entrada por uma porta lateral como se estivesse escondido. Os policiais como cães, fieis ao seu dono e, de toda a Bahia, o lambe botas mais famoso de todos quantos obedeceram aos generais e cumpriram suas ordens, na pessoa do Antonio Carlos Magalhães, não me ouviram.
          Metralhadoras ameaçadoras e matadoras impunes de toda a Bahia conhecida, por pouco não foram disparadas. Fui obrigado a retornar humilhantemente.
          Nunca mais voltei à assembleia legislativa da Bahia. Enojei-me de vez daquela gente. A Bahia teve notórios defensores da ditadura e nela se acolheram, e foram acolhidos, pagando só o preço da traição coletiva, recebendo a premiação dos traidores. Muitos enriqueceram e tiraram vantagens escabrosas. Hoje em dia o falecido de triste memória ACM um dos beneficiários e reles traidor da Bahia e do Brasil morreu deixando uma fortuna inexplicável, de mais de 350 milhões que seus herdeiros entre tapas e ameaças estão disputando.
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