O golpe militar de 1964 foi prejudicial
em todos os campos, ainda que os ditadores tenham feito de tudo para alardear
falsos progressos. Não vamos aqui nos referir ao fiasco da transamazônica nem
do propalado “milagre econômico”, muito menos a ladroagem dos militares e seus
comparsas que golpearam o Brasil. Relembrando sempre que não foram somente os
“milicos”, mas, muito lambe botas se abrigou sob o manto da corrupção e do
crime da ditadura.
Mas desejo
reportar-me a questão da criação do gado bovino, em especial da raça nelore que
os milicos desinformados tentaram introduzir em meio à caatinga., O nordeste
foi ocupado por fazendeiros de “final de semana”, as autoridades secundados pela
justiça fajuta e serviçal titulou e retirou posseiros seculares das suas
terras, expropriaram muitas éguas de terras e o Banco do Brasil e o do Nordeste
escancararam suas portas e suas burras, para emprestar dinheiros escancaradamente
subsidiados pelo povo brasileiro, a preço de banana para que fazendeiro
neófitos e de finais de semana começassem a comprar terras a preço de banana,
colocar dois fios de arame e criar gado nelore.
Lembro-me que
em Itiúba, parte do nordestão da Bahia e do Brasil, fazendas surgiram do nada,
nelores eram contados aos milhares e fazendeiros fajutos que não saiam a diferença
de um boi de uma vaca, adquiriram e compraram terras depois de invadirem dos
pobres, cercando-as e se apropriando com as bênçãos da “redentora” de mentira.
O lugar dos
porcos e dos bodes e ovelhas de dia para a noite passou a ser ocupado por nelores que não se
adaptaram, pela ausência de condições, nas terras semiáridas, aumentando a fome
e a miséria entre os caatingueiros até se revelar o verdadeiro fiasco. Quanto
aos fazendeiros não resistiram, pois lhes tiraram os subsídios e a emprestança
de dinheiros que jamais os bancos receberam de volta, mesmo a juros infames
contra a economia do Brasil. Os pseudos fazendeiros se recolheram aos seus
lugares e origem. Gente que não conhecia nem uma enxada nem sabia distinguir de
uma picareta.
Qualquer
pobrezinho antes da ditadura vivia e sobrevivia muito bem com a criação
intensiva e extensiva de bodes e cabras, animais completamente adaptados á
realidade dos sertões e do clima. Desapareceram porque os novos fazendeiros
passaram a aplicar uma famigerada e costumeira lei chamada de “lei do pé alto”
que consistia em colocar dois ou três fios de arame com estacas espaçadas entre
dez e vinte metros uma da outra e assi, proibiam os animais pequenos como
porcos e galinhas, além de bodes e ovelhas pastarem onde secularmente pastaram
e ajudaram na sobrevivência.
Os onagros e
incompetentes ditadores com seus beneficiários e apadrinhados ordenavam a
matança de todos os animais que eram criados à solta, livremente, em regime sem
pasto que vigorava secularmente nos sertões. O pobrezinho do criador passou a
desfazer-se das suas criações, pois eram mortas inapelavelmente, para que não
comessem o capim brachiara das fazendas de papel que se inventaram nos sertões.
Que temos hoje?
Pessoas vivendo
das esmolas do poder central, através de fome zero e outros expedientes que
apenas mascaram a situação de penúria infâmia e miséria em que vivem as
populações.
Delfim e os
militares enriqueceram, o FMI engordou suas contas pagando aos militares e ao
famoso Delfim, ministro da desordem moral e institucional, comissões para que o
Brasil se endividasse. O relatório do Coronel Saraiva apurou essas verdades,
mas ninguém nunca despejou saber nem os militares deixaram que o povo soubesse.
Coisas do
Brasil.
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