Davi ao morrer legou ao seu filho Salomão um dos maiores impérios então
existentes na terra, alcançando desde o norte do Egito até as terras que faziam
parte da Mesopotâmia, ao norte da Palestina Antiga propriamente dita, incluindo
a Síria toda.
Com a morte de Salomão o Império imenso, coube, por herança, aos seus
dois filhos de nome Reobõao e Jeroboão. Desavenças e disputas provocaram muitas
guerras civis envolvendo os povos que compunham o Reino Unido daí surgindo uma
campanha de separatismo culminando com a divisão do até então poderoso império
em dois, sendo dez tribos do Norte que passou
a se chamar de Israel e duas tribos ao Sul que passou a ser o Reino do
Sul mais conhecido como Reino de Judá.
O motivo das guerras foi a adoração de uma imagem de escultura. As
tribos do norte fizeram uma imagem de um bezerro de ouro que adoravam,
carregavam-no em procissão, acendiam lamparinas queimando óleo e prestavam
cultos de adoração, pelo que colocaram a imagem do bezerro sobre um monte,
fundaram dedicaram um templo a abominação, na capital que passo a ser a cidade
de Samaria.
As duas tribos do Sul que formavam o Reino de Judá permaneceu fiel a
Deus e o culto continuou a ser prestado unicamente ao Senhor no templo de
Jerusalém que continuou sendo a capital. Com o tempo a tribo de Simeão que era
a menor e mais enfraquecida, desapareceu da face da terra motivada pelos
ataques dos beduínos, saídos dos desertos e da região Pétrea. Judá continuou
firme e fiel ao Senhor.
O “CISMA” nome pelo qual ficou conhecida a separação das tribos,
enfraqueceu sobremaneira os povos irmãos, outrora orgulhoso e unido chamando a
atenção dos Assírios, então poderoso império que invadiu o norte da Canaã
Antiga.
Para colonizar e enfraquecer o Norte os assírios traziam pessoas de
todas as condições sociais, como cegos, sifilíticos, leprosos, coxos,
aleijados, etc., portadores das mais sérias enfermidades e doenças colocando-as
para habitarem na Samaria e no antigo Reino do Norte daí a mistura de todas as
doenças causando doenças transmissíveis. Visavam os assírios a destruição da
integridade física e moral além de espiritual dos judeus que ficaram e foram
obrigados a se misturarem com os que eram trazidos dando o que os próprios
judeus consideravam povo imundo. Em consequências os samaritanos atravessaram a
história como sendo o povo mais imundo e sem Deus, sem crenças e com
enfermidades terríveis, provocando a repulsa em todos os povos da antiguidade,
sendo rejeitados pelos de Judá em especial e odiados até a medula.
A humildade dos samaritanos, e, o evento da mulher diante de Jesus
reflete muito mais a dor e o desprezo com que eram olhados.
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