Acredito que se tratava de uma corruptela de “Pau Oco”, costume das pessoas nascidas no sertão baiano. Assim era
conhecido de todo o famoso PAÔCO homem
simplório, que era conhecido e solicitado como carregador e descarregador de
caminhões.
Se você precisava de uma pessoa forte que descarregasse um caminhão de
açúcar, lá estava ele, o Paôco. Se
você precisava de alguém com força bastante para carregar um volume pesado, lá
estava ele, o Paôco.
Era um homem pequeno atarracado, porém dono de uma força quase que
descomunal. Impressionante era que ele vestia-se diariamente de um surrado
terno. Acho que presenteado por alguém que não o queria mais.Não o retirava nem
mesmo quando estava sob o peso terrível dos sacos de açucar.
O Paôco era uma pessoa
fenomenal. Olhos claros, cabelos bem aparadinhos e crespos, não sei de onde ele
procedia. Nunca o vi com uma mulher. Talvez se satisfizesse lá pelas bandas do
Calumbi ou do Galo Assanhado bairros com certa fama boemia no passado, hoje
reduto de pacatos cidadãos e cidadãs. Sei e me lembro de que morava com uma
velha Irmã na Praça Nova, aonde outrora, eram armados os circos e os parques de
diversões que chegavam à cidade, aquela que os ignorantes dos políticos de
Itiúba destruíram, cedendo ao Banco do Brasil para construir um monstrengo
pré-moldado, e, casas para os empregados da instituição. Uma lástima.
Vendi na venda da minha mãe, muitos goles de jurubeba e de cachaça ao Paôco. Às vezes enchia a cara de álcool.
Mas era um sujeito respeitador. Paôco
já se foi deste mundo seguindo o caminho de todos os mortais. Mas a saudade e as
recordações permanecem vivas como se fossem de ontem.
Viva o PAÔCO da minha
adolescência!
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