Pouca gente, em aqui falando, se ler, certamente não dará credibilidade
ao escrito, muito menos ao escrevinhador o que revelará. Quando se fala em
cultura devemos estabelecer a dicotomia que dela se faz, dividindo-a em cultura
no sentido das práticas de cidades e comunidades e cultura no sentido
acadêmico, portanto, nas suas diversas acepções.
E aqui quero e desejo exatamente fazer referencia à cultura acadêmica,
dizendo que o primeiro Teatro que adentrei em vida, foi lá, exatamente lá, na
velha, distante e esquecida Itiúba dos nossos tempos. Não me recordo de muita
coisa, pois era garoto, mas tenho recordação das suas paredes azuis, e, luxo
dos luxos, o teatro se compunha de
galeria,e, tenho a lembrança até de uma certa senhora que era atriz amadora,
falecida muito recentemente.
Recordo-me que as funções eram levadas a efeito durante os sábados. No
tempo, salvo engano e recordação, não existia, ainda, o Cinema do Bertinho que
ficava na Rua principal em prédio alugado ao senhor João Simões vendedor de
pães, famoso por sua sovinice e pão-duro, parece-me que tio do nosso amigo e
falecido Valmir Simões e que, recentemente nos deixou para viver em outro
mundo, e dele, do seu tio, se dizia um pão-duro de assombrar até defunto.
Pois é, em Itiúba assistíamos a teatro fino e não era essa coisa
estilizada e pedante além de boçal, para não falar elitizada e distanciada do
povo e que, além do mais obriga as pessoas a lerem críticas, a se certificarem
dos amigos se vale a pena realmente comparecer para assistir a certas peças de
gostos terríveis e duvidosas.
Crescemos vendo o belo teatro que então se praticava e era barato, porém
muito instrutivo. Parece que a vida cultural e acadêmica está se findando nos
sertões. Que pena!
www.ursosollitario.blogspot.com
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