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sexta-feira, 24 de maio de 2013

MÚSICA BRASILEIRA.



       Não sei ao certo se o meu pai me fez num tempo civilizado e de proporções aceitáveis. Aprendi a amar e gostar de coisas e pessoas. Fui criado ouvindo a boa música nostálgica e romântica, cheia de erudição, letras poéticas e merencórias,   de plangência, capazes de aprofundarem nos corações. Desse modo fui crescendo lá nos sertões aguçando e afinando os ouvidos aprendendo a fazer a diferença e a adquirir bom gosto e refino musical.
          Outro dia estava em veraneio na capital, em lugar paradisíaco quando avistei uma garotinha de uns nove aninhos, se muito, se sacudindo , remexendo as cadeiras e dançando uma musiquinha “minha égua pocotó” sob os mais vivos aplausos dos seus alegres pais e amigos. Virei e torci o nariz.
          Não sei o que faz pessoas ouvirem e até cometerem o pecado de pagarem por coisas tipo: “Tô ficando atoladinha”. Mas a coisa não para por aí com esse tal de funk que é uma excrescência só e denota a ausência de afinidade musical das pessoas. Não consigo as paredes da minha casa sendo violentadas com a música “É o lek, lek, lek, lek” ou ainda é o “pente, é o pente, é o pente”. Acho que ninguém vai me chamar de preconceituoso, mas sim de conceituoso.
        Bem verdade, sabemos que existe mau gosto para tudo em especial pessoas que foram criadas ou deseducadas durante a vida, ainda que sem culpa. Aqui não se culpa a pobreza, mas sim a ausência de bom gosto que nada tem a ver com pobreza ou miséria.
        Li um artigo de um sociólogo e filósofo falando que as condições de miséria e a ausência de boa e farta alimentação, a deseducação, a falta de boa moradia, boa escola, a ausência de saneamento mínimo, tornam as pessoas assim submetidas, absolutamente incapazes de raciocinar e de estabelecer o que é bom e saudável, desejando, passar, para as demais fora do seu mundo, as suas misérias e frustrações. Acredito, pois as letras e as coisas apelidadas de musicas que se ouve e se vê por aí é para violentar ouvidos civilizados e educados.
         Quase sempre são pessoas que saíram dos guetos infames e das favelas aonde o crime e a ausência de oportunidades existem. Cremos que a distancia dessas pessoas frequentarem clubes, teatros, bons cinemas e outros lazeres, são capazes sim, de transformarem as mentes que se fundem na negação de uma cultura social palatável. Quase que se bestializam e vão levando essas coisas esquisitas e terríveis de se ouvirem, incapazes de serem degustadas por civilizadas mentes que raciocinam essas infâmias que se vendem como boa música.
        Questão de sensibilidade.

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