São Paulo iniciou uma justa limpeza dos
nomes das suas praças e logradouros públicos, pretendendo retirar os nomes dos
que infelicitaram o Brasil a começar do golpe de 1964, instalando a mais
dolorosa ditadura no país. Foram criminosamente homenageados.
Na verdade a iniciativa chega com
muitos anos de atraso. Costumo pensar que este nossos blog possui alguma
serventia, pois, não é raro ver assuntos tocados nacionalmente como se tivessem
lido o blog.
Pois bem, faz mais de vinte anos que escrevo para algumas prefeitura
denunciando nomes de notórios ditadores
e colaboradores que foram prestigiados com nomes e praças, ruas e logradouros,
num acinte indescritível e abominável, já que causaram tantos males ao país.
Enviei cartas para a cidade de Itiúba e para a cidade de Santo Antonio
de Jesus endereçadas ditas correspondências aos seus presidentes, sugerindo que
fossem trocados os nomes das pessoas homenageadas, nas pessoas dos ditadores e
colaboradores, muitas delas vivas, e, jamais recebi uma mísera resposta de
satisfação ou avisando que tomariam alguma decisão. Vereadores e prefeitos
foram bajuladores de ditadores, não?
A notícia de São Paulo me enche de perspectiva e alegria em saber que
nomes como os dos generais e outros torturadores serão retirados dos
logradouros e outros serão substituídos. Atualmente o conjunto habitacional em
que moro leva os nomes de pessoas simples e merecedoras, todas elas escavadores
da embasa para a colocação dos canos. Escrevi para a Prefeitura e Câmara
pedindo que não lhes troquem os nomes. A Rua Jaime José de Souza, assim como a
Rua Balbino Pereira dizem repeito a simples e humildes trabalhadores que
trabalharam BA abertura de valões para a instalação de tubos.
Na cidade de Itiúba a coisa chega a ser
cômica. Basta morar na cidade e tem um nome estampado oficialmente pela sua
Câmara Local. Uma piada.Nomes tem de ser estudados para que se perpetuem u
permaneçam, por algum tempo, sendo homenageados, já que a história vai-e-vem.
Nos tempos de certo governador da
Bahia tudo quanto era rua, rodoviária, estação rodoviária eram dados o nome de
certo governador da Bahia que enriqueceu como dedo duro da ditadura e moleque
dos militares. Existe na Bahia mais de cinquenta estações rodoviárias com o
nome daquele espécime. Uma lastima.
Vamos ver se são Paulo vai liderar, de
verdade, o bota fora daqueles oportunistas e criminosos ditadores, entreguistas
e traidores dos ideais de uma pátria livre e mais justa, restituindo os nomes a
quem merece.
Mas existem outros nomes como os que
foram contra a abolição da escravatura,
a exemplo do Barão de Cotegipe que dá nome a cidades e ruas no Brasil e, em
especial na Bahia.
Vamos limpar a sujeira?
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