Um açougue chamado hospital.

         No dia 25 de setembro fui internado no hospital Regional de Santo Antonio de Jesus, tendo dado entrada às 21:00 horas. Lá permanece a espera de atendimento de urgência até o dia seguinte, quando, vendo da total impossibilidade e da ficção que é aquele hospital, resolvemos eu e a mulher, partirmos para Salvador em busca de atendimento.

         Em primeiro lugar, colocaram-me numa cama suja, com panos que deviam ter sido tocados uns quinze dias antes. Não recebi nenhum atendimento, salvo uma radiografia tirada por um sonolento rapaz na madrugada.

        Pessoas misturadas em poltronas ensebadas aguaram atendimento inexistente. Não existem paliativos. Dia seguinte, na quarta feira, prestes a morrer, fui para Salvador. O HRSAJ (Hospital Regional de Santo Antonio de Jesus), pomposo nome, é um elefante branco. Engana o povo como eu fui enganado, mas socorro não existe, atendimento médico não existe e, parece lá só permanece uma ou no máximo duas enfermeiras (se duvida do preparo profissional delas), que atende os pobres pacientes.

       Em Salvador tive um atendimento de primeiro mundo no Hospital Português. Tinha aneurisma abdominal da aorta. Fui salvo.

        Retornei. Quinze dias após, minha esposa tem um problema de saúde. Às 4:40 levamos a mesma para o tal de Hospital Regional. Nem ao menos lhe tomaram a pressão. Dias após ela necessitou ser levada, de novo, para  mesmo hospital e não recebeu o mínimo atendimento. Só o direito de entrar, fazer uma ficha, e sair.

       Não funciona. É um crime e uma enganação chamar aquilo de hospital. Melhor que fechassem as portas. O pior é que pessoas pobres e sem planos de saúde nem esperança lá se aboletam, nas cadeiras estreitas, que nem ao menos permitem que as pessoas possam se deitar. Dizem que médico, quando há, só atende casos de morte.

        Fechemos aquele açougue antes que as estatísticas ou o povo revoltado toque fogo.

         Para que então construir um hospital daqueles? Para dizer que Lula construiu? Nada funciona. É uma lástima só. O povo vai se revoltar e quebrar aquela coisa. As pessoas estão brincando.Não pensemos que o povo brasileiro é ordeiro e pacífico. O povo é ignorante, não sabe reclamar, se deixa roubar e ser usado, mas calmo e pacífico não o é.

Grite e se indigne. Pregue a mudança e revolução. Abaixo a corrupção.

Max Brandão Cirne