Desde a antiguidade bíblica os ídolos
foram cultuados em Canaã e reputados como abominações dos gentios. Com efeito,
no profeta Isaías cap. 1:21 afirma: Como
se tornou uma prostituta a cidade fiel, cheia de retidão? A Bíblia, toda ela ou quase toda, se refere
com lamentosas reticências ao fato do povo de Deus tirado do Egito, ter
abraçado os baalim do culto cananeu
em substituição a Jeová,trocado pelo culto pagão, idolátrico, devasso e
sensual.
O deus
“El” tinha a primazia de ocupar o coração do povo devasso e idolátrico dos
cananeus. Casado com Achira outra
deusa citada na bíblia, também o deus “El” foi casado com três irmãs sendo uma
delas a deusa Astartéia. Em Juízes 2:13, 10:6 e outros, é mencionada como Astarot. O deus “El” não
apenas matou a seu irmão, mas o próprio filho tendo ainda cortado a cabeça da
sua filha, castrou ao pai e a si mesmo, obrigando os companheiros a fazerem o
mesmo. Como se vê, deuses sanguinários e bem ao gosto do coração humano.
Como nome do deus de Canaã, soberano
reinava nos corações, daí a imoralidade e a sensualidade reinantes no país em
que os sentidos eram prestados nos templos que ocupavam o lugar dos bordeis, os
amantes de ambos os sexos se “consagravam” ao serviço do templo em meio a mais
desenfreada devassidão corporal, moral e espiritual.A ordem de Deus quando o
povo saído do Egito entrasse a tomar posse da Terra da promessa (Canaã) era no
sentido de matar a todos, desde os mais velhos até a mais tenra criança.Aos que
desconhecem o Livro Santo, pode até causar espanto, porém as praticas de tão
abomináveis inspiradas nos deuses “El” e baal só para citar os dois, eram tão
corrompidas que fere o pudor se referir a eles. Os mitos e costumes descritos
em documentos encontrados por Schaeffer descrevem o mais horrendo barbarismo,
ultrapassam os cultos mágicos, revelam a sensualidade mais torpe e grosseira a
deuses e semideuses em especial os deuses da fecundidade, deusas-mães
representadas como cortesãs sagradas numa profunda e indescritível impudência
mergulhada na mais crua depravação e imoralidade.
Alimentados com carne e sangue humano,
era corriqueiro os pais oferecerem em holocausto seus filhos que eram queimados
sobre aquecidas e incandescentes deuses de metais onde eram depositados seus corpos
ainda vivos e estrebuchantes. Mulheres se entregavam a mais profunda depravação
e imoralidade dentro dos templos dedicados
à sensualidade e a prostituição por dias, exaurindo os corpos do culto
imoral. Anat que era esposa de baal dominava as tempestades que formava com
Astartéia as deusas da fecundidade sobrando imoralidade e perversidade. O
professor ora referenciado encontrou deusas em tamanhos minúsculos de barro e
de ouro em Ugarit e sempre nuas tendo como símbolos a serpente e a pomba que no
Oriente Médio eram famosos pela fertilidade.
Em I Reis 14:23 encontramos um retrato
da devassidão do povo cananeu e que tantos males causou ao povo de Deus quando
diz: “
Porque também eles levantavam para s altares
estatuas e bosques sagrados em cima de todos os outeiros e sob todas as
arvores frondosas”.
O povo de Deus baqueou por algumas
vezes tendo o culto de Ball entrado no próprio templo de Jeová e penetrar até
no santuário. Graças ao culto ao Deus verdadeiro os Israelitas puderam vencer
os baalim, lutar contra os cultos de cortesãs, de deusas da fertilidade, contra
bosques sagrados e os montes, tudo através da misericórdia do Senhor que enrijece
os corações através dos profetas e seus avisos.
Não obstante os deuses “El” e
“baal” chegaram a personificar algum valor ético, a despeito de “sagrado” (El)
e juiz (baal). “Daí ser muito comum que
estudiosos considerem através das pesquisas mais autorizadas que os patriarcas
antigos quando invocavam, por exemplos, EL-Elijon que quer dizer o
Altíssimo, EL-Olam, que quer dizer “Velho”,” Eterno”; El-Roi como sendo “aquele
que aparece” o ainda “que me vê” e El-Shadday, como sendo o “Supremo”
ou “Todo Poderoso, tais invocações eram
a El o principal deus dos cananeus em uma das versões regionais.
Para os cananeus, o deus El criou o mundo enquanto baal deu
fecundidade e vida. Enquanto l estava distante, baal se aproximava do
povo cananeus daí sua preferência.
Max Brandão Cirne 12/12/12
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