Roma elegeu o seu novo papa. Em meio à
frieza, ao formalismo, ao ritualismo, o vazio, a pompa e circunstância, o rigor
se impôs impressionista e midiático capaz de gerar nos expectadores e
circunstantes, uma leve impressão de valer alguma coisa de prático para o
mundo. A América Latina, órfã e desbaratada de cristianização, entrou em
catarse em meio ao choro e expressões de alegrias dos católicos. A Europa,
berço do catolicismo e do papado, indiferente, aonde o catolicismo representa
menos de trinta por cento da sua população, desvanecida, desgostosa e humilhada
pelos péssimos exemplos dos seus prelados (Alto Clero), não ficou triste nem se
entristeceu, permitindo a sofrida e analfabeta, além de desinformada Argentina,
ceder para gáudio dos espoliados sul americanos, o novo papa. O Brasil e os
seus poucos cardeais em número de cinco, esperavam terem a honraria dubitável, decerto
deixaram o conclave absolutamente arrasados, embora as expressões mentirosas de
conformismo não revelem as decepções e expectativas contrariadas, desde quando
se apoiaram numa estatística, sem muita credibilidade, de ser o Brasil o maior país católico do mundo. Como é de
livre escolha o nome, foi escolhido o de Francisco.
Erroneamente será chamado de Francisco I,
mas o correto é ser chamado apenas de Francisco,
eis que é o primeiro dessa linhagem, e, sua inspiração encontra-se, conforme
declarações de terceiros, num dos “são
Franciscos” da igreja católica. A questão é que a fábrica de “santos” do catolicismo já tem
exatamente “nove são Franciscos”.
Portanto, cabe ao papa escolher qual dos Franciscos ele seguirá como exemplo.
Quem ouve as entrevistas, parece que os
comentaristas arcebispos, bispos, monsenhores, padres, etc, estão se referindo
a um ser extragaláctico,
absolutamente inaccessível e distanciado, completamente fora da realidade, e que,
portanto,”nom est in mundo”-(não
está no mundo) nem calça as sandálias do
humilde Jesus, do Galileu sem
roupas e sem pompas que foi morto crucificado pelos homens de todos os tempos.Salvo
se for convertido.
De nacionalidade Argentina todos já
sabem, além do que não combateu nem moveu uma só palha contra a ditadura
instalada no país dos “los hermanos”, e mais, pelo fato de ser o primeiro
jesuíta papa. Não cheira bem. Todos sabem que a igreja sempre está do lado do
opressor da humanidade. Seja Hitler, Mussolini, Pinochet, Vargas ou a ditadura
brasileira 1964-1985, sempre rezando missas e abençoando-os como salvadores da
pátria
A televisão iniciou uma
breve explicação sobre o surgimento dos jesuítas, porém estancou. Jesuíta é
barra pesada, bastando dizer que sempre foi abominada pelo próprio clero que
sempre tentou extingui-los da face da terra, cancelando a ordem, inclusive no
papado de João Paulo II houve tentativa, sem contar o histórico e o “faz de contas que não existe, PAPA NEGRO, QUE OUTRO NÃO É SENÃO O
PADRE ARRUPE, PROVINCIAL DOS JESUÍTAS”. Sabe-se que o papa novo é
contra casamentos entre homossexuais, se bate contra o governo Argentino,
contesta a presidenta daquele país e vive as turras com o mesmo governo, além
dele se dizer que é um homem de hábitos humildes e simples.
Para os observadores mais atentos e afeitos à história, a escolha não
representou nada mais, nada menos que a ocupação da monarquia então vacante “sedes vacans” até ontem do Vaticano, por
seu governante que não deve nem pode ser confundido com o catolicismo. Catolicismo e papa são duas instituições
absolutamente e frontalmente
contrárias. O papa não parece crer em nada senão em formalismos e tradições
que é mantenedor, os católicos alimentam, ainda que individualmente através do
accessível Baixo Clero, alguma fé, embora desvirtuada dos ensinamentos dos
Evangelhos. Não se conhece um católico que leia e conheça as Escrituras
Sagradas. Só o é, até o momento em que as lê. Quem lê a Bíblia pode se tornar
até ateu, menos permanecer ou ficar católico. A
começar pelo papa que é Chefe de Estado,
tem bancos e instituições financeiras para administrar, muitas imóveis por toda
Roma, casas de luxo tais como: de massagens, hotéis, prostíbulos, restaurantes,
cinemas, museus, teatros etc., etc., que certamente não permite, nem de longe,
possa ser chamado de “pastor”. Já o católico comum se limita a buscar alguma
coisa a que chama de fé e crê até na eternidade, e até chega a acredita no
catolicismo e no papado, com exceções.
Desde o século XVI com a REFORMA PROTESTANTE o catolicismo não
tinha sofrido tamanhos abalos estruturais como os provocados pela renuncia do
agora “Bispo Emérito Bento XVI”
encastelado na sua residência de alto luxo, em doce exílio voluntário, porém livre
das podridões que conseguiu apurar no seio da representação do catolicismo
mundial.
O problema é que as discussões teimam em retornar ao ponto zero quando
exige, pela gravidade trazida a público pelo Vaticano uma auto-dissolução do catolicismo. Vê-se que, a manutenção da
estrutura católica nos moldes em que foi se estruturando e acumulando poder e
riquezas mundanos através dos séculos, permitiu gerar um monstrengo Estado com
uma caríssima burocracia, pretensiosamente um Estado absolutamente atípico, com
uma teologia ajustada a todo tipo de idiossincrasias, sem contar o alto grau de
depravação moral com todos os mais variados tipos da mais profunda degradação
moral dos costumes e afastamento da singeleza dos evangelhos do Nosso Senhor Jesus Cristo.
Suicídios, mortes suspeitas, escândalos os mais variados como pedofilia
dos seus prelados mais graduados, a exemplo dos cardeais, sempre rondaram os
muros do Vaticano e afastaram os católicos comuns de qualquer decisão, sendo
meramente mantenedores e provedores dos cofres papais para a farra dos prelados
graduados, mais que não consegue reunir a igreja como sendo capaz de preparar e
ajudar o homem simples e comum a manter a fé na salvação em Cristo e na esperança da
bem-aventurança eterna.
A história, que vem do Vaticano é a da mais absoluta
imoralidade,da mais profunda depravação, de ateísmo, do mais crasso
materialismo e da mais alta irresponsabilidade, pois que, abdicaram dos deveres
pastorais de orientadores e zelosos das almas que se pretenderem ao usurparem o
monopólio da salvação dos que se declararam um dia, católicos. Ao pretenderem
criar deuses que adoram nas praças e nos montes, nas paredes e nos templos, carregam
sobre os ombros nas procissões fora de moda, se embriagaram com a idolatria e
passaram a não crerem no Único e ,Eterno Senhor Jeovah. Mas descarregaram
sua fé nos “senhores mortos”, nos santos e nas relíquias de defuntos, de corpos
apodrecidos pela lei da decomposição física, exalando em si a podridão da sua
incredulidade, se estribando em tradições, contos e historinhas de velhinhas,
lendas e mentiras incapazes de enganar mentes verdadeiramente arejadas. Precisa
ser dissolvido o papado e o catolicismo, o que é impossível e até mesmo, como
diriam alguns, impensável, porém por mais amargo que seja o antídoto, não se vê,
pelo somatório da sua própria história, outro caminho mais lógico e plausível, e,
embora sendo o Vaticano o menor e mais rico e poderoso estado da terra, nem de
longe os que usufruem das facilidades pensem em tal. Pretender que um homem
reforme o irreformável, é simplesmente acreditar em conto da carochinha. Aliás,
ingrediente de grande uso e conhecimento do papado.
Sendo impossível a sua dissolução e um
novo ressurgimento, como uma espécie de “fênix das cinzas”, agora sob os
auspícios do Espírito Santo, a fé
pura e genuína capaz de merecer o nome de CRISTIANISMO,
o catolicismo continuará sendo nada mais que um estado pontifício onde a glória
dos homens, a incredulidade e a degradação moral e espiritual continuarão
impávidos como, aliás, nunca deixou, de estarem presentes em Roma papal.
“O resto é só rescaldo e ressaca da
história da Roma dissoluta, da sempre eterna e corrompida Roma, do papa e de
uma igreja que retirou dos imperadores de Roma o trono, nele se aboletou,
chamando a si o maior de todos os títulos entre outros usurpados.” Pontifex maximus”- e que brinca
de fazer deuses, rezar e abençoar ossos e relíquias mortais, enquanto os seus membros tentam estabelecer, mesmo
além das fronteiras do infinito as bases da eternidade que absurdamente
pretende usurpar no lugar do Senhor Jeová.
Mas, o mais importante é que
ainda há salvação para aquele que se arrepende e crê. Creia nesta verdade e se
arrependa. A porta continua aberta.
“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a
porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.”Apocalipse
capítulo 3, versículo 20.
14/03/2013
Amigo Max. Como tive um pouco de tempo livre na tarde de hoje, naveguei nos post do Max, o Historiador e quero parabenizá-lo pelos artigos postados.
ResponderExcluirMuito interessantes e provocadores. Não vou dizer que concordo com todas as suas colocações, antes de mais nada, muito inteligentes, mas defenderei até o meu limite o seu direito de colocá-las.
Continue polemizando e provocando o debate.
Grande abraço.
Zé Reis.