Que falamos e escrevemos a língua portuguesa, disso ninguém duvida. Com
efeito, é a língua que falamos, mesmo que sem nenhuma sintonia com o continente
em que vivemos. Na verdade e pela lógica, a nossa língua deveria ser a língua
espanhola, eis que, no continente sul americano a língua mais falada em número
de países é, com efeito, o espanhol. Já estamos isolados.
Começa aí o nosso desligamento de uma realidade. Mas não se pode mais,
por enquanto, mudar a língua que ensinamos aos nossos. Entretanto, é
surpreendente como desconhecemos a língua. Primeiro, o brasileiro deveria falar
uma “língua
brasileira” e não a “língua portuguesa”
A última reforma só aguçou a minha
ignorância. Notemos que nós não sabemos nem aprendemos a falar com os
verbos no futuro. Com
frequência irritante meus ouvidos estão obrigados a ouvir coisas como: “Fulano de tal vai vir”, “amanhã vou vi”, “estarei estando passando o seu recado”. A coisa fica muito mais
grave quando convidamos alguém para ir conosco, tipo: “vombora”, “simbora”, “ôcê
qui sabi”, “seu fulano” em vez de o “senhor
fulano”. Ouvindo certo preletor, tive de suportar a sua teorização sobre a
linguística que o importante “era a comunicação e não a linguagem”. Para ele o
“falar corretamente não importa, mas
sim, se a pessoa se comunicou”.
Fiquei engasgado na fila do auditório. Quem sou eu afinal das contas? Nada,
muito menos ninguém! Pega fogo mesmo e destrói os nervos de quem sabe um
pouquinho só, quando somos atendidos ao telefone, quando alguém até nos manda
dar “uma telefonema”. Quanto ao emprego do gerúndio, nem é bom falar
nada, tornando os verbos sem força e sem qualquer expressão de uma eficiente
comunicação.
A reforma que procuramos nos ajustar, coisa de maluco, liderada por certo
“imortal”, desses da Academia
Brasileira de Letras, atentou abertamente contra o vernáculo. Melhor que
estudemos o inglês como futura língua da pátria, em especial quando o governo
está concedendo bolsas de estudos, para o exterior com vistas a que os
brasileiros aprendam e passem a falar fluentemente a língua inglesa. Na
verdade, estamos nos preparando para quando eles chegarem e tomarem, de vez e
escancaradamente este país. Pelo menos o inglês é uma língua pobre de elementos
e incontestavelmente pobre de figuras. Mas somos o país do “funk”, pelo que
“fucs you”, and shit”, quem, como o maluco aqui ainda se preocupa em constatar
o óbvio. Ou não?
05/03/2013
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O senhor esqueceu de falar que hoje temos a linguagem eletrônica ou de internet. Onde as palavras são reduzidas ao máximo. VC(você) por exemplo ou S2 (coração, amo você) pq (por que)com ou sem acento, junto ou separado, pouco importa. Além de muito mais. Teclar com algumas pessoas em salas de chats, está se tornando falar (escrever) uma língua totalmente estranha. É coisa....
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