Era um homem grande e forte, um bonachão e simplório. Alfaiate de profissão criou, entre cortes de tecidos, ternos e calças avulsas, uma prole grande. Seus filhos foram meus colegas de escola, pelo menos a maioria, alguns, se não me engana o tempo, morando anda em Itiúba.
“Seo” Quitu era um viciado em tomar pó, ou seja, conforme se fala no sudeste, um tomador de tabaco. Era uma compulsão que o homem tinha de espirrar pelas ruas, as ventas invariavelmente sujas daquele pó escuro e a catarreira a escorrer pelas ventas sujas de pó.
Parece que carregava permanentemente um lenço melado de pó e gostava de experimentar o pó que era feito de fumo de corda vindo das Alagoas.
Era popular e muito camarada. Fazia ternos para meu pai e calças para os filhos do mesmo. Homem simplório vivia debruçado sobre tecidos na sua luta diária para dar contas da prole. Nos sertões os homens eram homens e a única forma de casamento era mesmo com mulheres. Sem essa sem-vergonhice de hoje em que macho casa com macho, fêmea com fêmea que lá isso não é coisa de cabra macho.
Pois bem, não consigo esquecer o “seo” Quitu com aquelas ventas tomadas de pó e catarro, a espirrar loucamente e freneticamente pelas ruas, depois de tomar um cafezinho no Bar do Carlos Pires.
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