Dia 18 emplaquei mais um ano. Minha pressa de partir para o outro mundo,
está, ao que parece, sendo reusada pelo Senhor. Continuo firme na fé e, sou um
dos poucos e raros que pedem ao Senhor a antecipação da minha partida quando
todos pedem vida longa. Acho que uma pessoa viver 67 anos é viver à beça.
Continuo rebelde quanto a médicos e seus conselhos, como de tudo, minha
comida é gordurosa e saborosa, não me escravizei a exercícios estafantes. Não
se pode acrescentar nem um til a nossas pouco úteis existências. Evito
enlatados e constatei, desde cedo que os médicos me antecederam na partida. Morrem
como moscas quando deveriam viver muito mais do que todos os que não dominam a
medicina.
Outro dia dando um balanço existencial descobri que centenas de pessoas
até mais jovens já se foram. Meus filhos se acostumaram a me ver orando para
que o Senhor abrevie a minha existência. O que é viver?
Como de tudo. Especialmente feijão durante as noites. Só é ruim porque
as flatulências são inevitáveis. Ainda bem que estou viúvo pela segunda vez.
Evito enlatados, biscoitos crocantes, como gordura saturado e evito o máximo,
consumir soja. Gordura saturada não entope veias nem artérias, é tudo
propaganda do agro negócio. Já notaram como comer frangos de granja tem
aumentado o número de boiolas e lésbicas no país? Trata-se do consumo de
hormônios. Quando criamos uma galinha de quintal, ela só poderá ser consumida
entre 11 e 12 meses. Já uma galinha de granja, bombada e siliconada, exigem
apenas 45 dias. Absurdo. Evito comer carne fresca. Os fazendeiros aplicam
injeções de drogas poderosíssimas para que seu gado cresça rápido e engorde
para a exportação e a entrada de divisas para o país. O povo que se dane. Toda
minha carne tem de ser salgada. Sal não mata o que mata é a sua ausência.
Lembre-se que Jesus nos comparou ao sal para salgar e ser exemplo da terra. Não
tomo remédios.
Não tenho fobia contra a morte. Aceito, desde muito cedo, que ela é
inevitável. Por isso, não faço exercícios nem queimo energias desperdiçando em
esteiras e academias, sujeitando-me a exercícios que não acrescentam nem
diminuem nada à existência. O medo é que mata, a não aceitação da morte como um
estágio belo na existência dos homens. Quando eu me for, partirei ao encontro
do meu Criador Maravilhoso, por isso vivo sem traumas. Vivo um dia após o outro
e não tenho nem faço planos para o amanhã. O amanhã não existe. O que existe é
o aqui, o agora. O minuto seguinte é uma incógnita. Quem não morrerá? Mas as
pessoas evitam até tocar no tema e falar na morte.
Viva mais para si diante do Senhor. Não se aflija com preocupações com a
morte, nem com riquezas, nem com aparências. A morte é o descanso mais belo que
o ser pode almejar.
WWW.ursosollitario.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário