Hoje amanheci
com aquela saudade danada do meu amigo de infância Valmir Simões. Amanheci o
dia, lavei e escovei as travagens, joguei umas gotas d!água na cara cheia de
dobras e vincadas das cobertas, preparei um cafezinho, sentei na cozinha e me
pus a matutar sobre nossas vidas na” Itiubinha dos amores”.
Vi o danado no
armazém do seu pai contíguo à farmácia da Dona Ziru pesando e arrumando as
coisas para vender à clientela. No sábado, principalmente, lá estava o camarada
a vender aos cachacistas; doses de “tampa-de-capuco”
ou martinis; aos mais endinheirados, jurubeba Leão do Norte, Cachaça do “seo”
Joel Grande e, entre esses mesmos afazeres, açúcar, fumo de corda,
pimenta-do-reino e outras coisas que eram vendidas nas antigas vendas dos
sertões, precursoras dos modernos supermercados.
Então fui e
vou às crônicas dele estampadas no Site
Itiúba do meu tempo e lá derramo na telinha do meu PC as recordações
das amizades e dos amigos idos, da ermidão e dos desertos que se formam
lentamente, porém, inexoráveis ao nosso redor.
Somos ilhas
desérticas lavoradas que se esmaecem e perdem suas árvores na descida dos rios
formidandos a destruir o “ontem”, e a nos apontar um “amanhã” que não existe.
Quando muito esmaecemos e crostamos com aquele pardo encardido e pegajoso, não
obstante, mas esmaecido do tempo cujas
pinceladas se incapacitam por uma
renovação.
Somos árvores
baqueadas pelo machado, ainda que, por breves momentos, nos permita perfumar o
ar com aquele perfume que exala delas,
mesmo depois de abatidas.
“Requienscat
in pacem”, Valmir Simões.Você fez por merecer.
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