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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

LARAPIUS, O JUIZ.

                  
       A crônica da velha e corrompida Roma dos Césares está impregnada de ironias interessantes, como se, a própria ironia já não fosse interessante.
         Roma se tornou o maior e mais fenomenal império de todos os tempos. Da pequenina e insignificante aldeia a  beira do Tibre, se projetou para o mundo revelando uma capacidade nem sempre vista, de expandir-se e tornar-se conhecido e respeitado como o mais poderosos império da face da terra.
        Mas, se é verdade que Roma se projetou fenomenalmente sobre quatro continentes, sendo um dos mais longevos em dominação, mais que beliculosidade o império conseguiria a façanha não apenas de dominar mais longamente o mundo, como se tornaria o mais rico e sofisticado em todas as áreas, em especial a do direito, cujos fundamentos lançou e espalhou por todas as províncias   como eram  chamadas as colônias naqueles tempos.
          O direito romano se espraiu pelo mundo, levando saberes e conhecimentos, elevando os conceitos de “civilis”, se projetando “Urbe et orbe”, ou seja, da Cidade para o mundo, numa intimidade assombrosa e numa exclusividade fenomenal se impondo sobre os demais e aumentando poderio e domínios.
         Entretanto, foi na velha Roma após tantas conquistas, e, subjugação do mundo rendido aos seus pés caprichosos e tirânicos, mas que as suas Coortes jamais conseguiriam aplacar a ambição e a sede de poder dos seus cidadãos.
          Aqui chegamos ao cerne da nossa história. Um sujeito chamado Larapius que viveu na poluta Roma antiga, ocupando um cargo muito importante para o estabelecimento da paz e do direito. Ele foi um juiz de direito. Sim, juiz togado com pompas e circunstâncias a aplicar a lei do seu tempo e do seu pais. A herança curiosa que ele legou ao mundo depois de ter sido tão corrupto, ladrão e defeituoso moralmente, passou à história, como sinônimo de ladrão.

          Como curiosidade não deixa de ser notável o fato de um adjetivo tão negativo socialmente observado, ter se tornado sinônimo de falcatrua, ainda mais sendo o sujeito um juiz de quem se esperava decência, sisudez e seriedade.

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