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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A CAPIVARA DE CHOCALHO.

                                        
        O ano  não tenho  recordação. Era somente um garoto imberbe de pouco mais de cinco anos. Soube-o depois por notícia de meu pai.
        Como funcionário público fora transferido para Jupaguá na Carreira o Rio São Francisco até retornar para Itiuba seu berço recôndito e lugar devotado e escolhido para toda a sua existência, tanto é verdade que lá se encontra numa sepultura.
          Quando voltou de Jupaguá trouxe na sua bagagem muitos couros de animais, especialmente de jacarés que dizia servia para faze garrafadas contra mordidas de cobras peçonhentas. Lembro-me de um couro de sucuri curtido, imenso e enrolado que eu costumava, quando criança brincar, estendendo-o. Não sei para que aquelas tralhas trazidas de lá.
         Mas o que quero reportar-me mesmo é a história da capivara que ele trouxe viva. Em chegando em Itiúba colocou um chocalho no pobre do animal e o soltou na Fazenda Alto Vermelho que era da sua propriedade, na esperança de que o animal descesse até o Açude do Coité e retornasse para a fazenda. Pobre papai esqueceu-se de trazer um casal.
       Não se sabe se o animal foi abatido por caçador, ou se comido por onças ou outro animal.

       O interessante é que sempre que eu, já adulto; perguntava ao meu pai, ele desconversava com aquele jeito sisudo e monossilábico de se manifestar sem nada dizer.

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