O sujeito nasceu, cresceu e se casou
em Itiúba. Conheço-o desde muito jovem. Não que a diferença seja lá muito
grande. Calmo, uma ilha de indiferença e paciência é como se pode descrever o
Banduca, velho Banduca de guerra. Sujeito calmo e pacífico nunca ninguém o viu
zangado, cabisbaixo ou mal humorado. É um ser extragaláctico. Pertence a uma
família tradicional de Itiúba sendo filho do patriarca e saudoso “JOVEM”sobre o qual já escreve no blog,
que resolveu nos deixar em saudade e memória já faz um tempinho.
Banduca foi comerciante sempre com
aquele sorriso fácil, embora meio forçado, mas, afável e educadíssimo,
bigodinho fino e barba espantosamente feita diariamente na sua paciência de
Job, certamente demorando-se umas duas ou mais horas para escanhoar, próprio
mesmo da família Carvalho. É irmão do Bertinho, do Fernando, do Huguinho e do
Wilton que não vejo esse, faz mais de cinquenta anos. Mas não traio dizendo a
idade de ninguém.
O Banduca ao que se sabe, jamais deixou a cidade. Assisti ao seu
casamento com muita farra e a mocidade desbragada fazendo as gozações. Sua
esposa é minha colega na qualidade de professora. Banduca é um desses seres
raros que atravessam o mundo sem um inimigo, sem se queixar sequer das dores
nos calos e nem de dentes doloridos. Um sujeito espantosamente, e
escandalosamente, e, além de
fantasticamente filosófico incapaz de ofender a quem quer que seja.
Merece uma estátua na praça central.
Viva o Banduca. Ele merece.
Viva o Banduca!
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