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domingo, 20 de novembro de 2011

FESTA SEM SENZALA.

Neste dia 20 em Amargosa marcou uma data inesquecível em que capoeiristas de Salvador e Vale do Jiquiriçá se irmanaram para respirar parte da cultura afro.

Foi dia de exame para troca de cordões. Ao som dos berimbaus e dos timbaus, a moçada cultuou mais um dia da Consciência Negra. Ali se respirou cultura, sobretudo a dos nossos irmãos cuja ancestralidade está fincada em terras da velha África.

Foi tudo sob o comando dos Mestres Paulo dos anjos, Mestre Jorge Satélite e professor Gilson, a Associação Cultural de Capoeira Clips Academia Amargosa.

Quanta beleza, quanta poesia, quanta nostalgia e alegria! Ao som dos cantos de matriz afro, a destacada elegância do Mestre Jorge Satélite, a solicitude do Mestre Paulo dos anjos alegou e embeveceu a todos.

A frente de projeto social o Mestre resgata os traços culturais, não apenas ele, mas a tantos quantos direta e indiretamente lutam na esperança de marcar nas mentes de garotinhos e garotinhas dançando na ginga e na malandragem dengosa da “luta-dança” que nos ensinaram e nos deixaram nossos irmãos, ávidos pelas trocas de cordões culminando com o diploma de reconhecimento ao Mestre Gilson, que, a bem da verdade, foi hoje concedido o merecido título de “MESTRE” figura queridíssima no meio e na cidade de Amargosa a frente de brilhante trabalho cultural.

Emocionado vi meu neto Kalebe e seu pai Guilherme (enteado), juntamente com a namorada Juli, todos brancos, mas sem fronteiras preconceituosas, também trocando seus cordões depois de examinados e aprovados.

Que nossa pátria abra mais e mais os braços e oportunidades para que apagadas as fronteiras e as barreiras da cor e dos preconceitos possamos juntos nos banquetear na festa que é de todos nós, nessa pátria tão colorida, mas que ainda apresenta barreiras ao avanço e ao reconhecimento dos nossos irmãos.

Confesso que lágrimas rolaram dos meus olhos. Eu que sou um afro, embora a cor um tanto quanto diluída, “cor de formiga”, pelos cruzamentos e matizes que a África entre nós já adquiriu.

Salve a simbologia do “Zumbi dos Palmares”, inspiração que afrontou e afronta a todos quantos movidos pela intolerância, sejam homens, sejam instituições não despedaçaram ainda os grilhões da desumanidade.

VIVA A LIBERDADE.

SAJesus, 20 de novembro de 2011.

Max Brandão Cirne (75) 8803-1829

maxbrandaocirne@hotmail.com

PEÇO QUE REPASSEM, por favor.

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