É um assunto muito delicado e, via de
regra, os pregadores não gostam de discuti-lo. Refiro-me ao dízimo que é uma
criação bíblica desde os tempos do Sacerdote Melquizedeque.
Foi instituído pelo Senhor e codificado
nas Ordenações de Moisés (Pentateuco) , de sorte que todos estavam obrigados a
prestá-lo, havendo, inclusive, os que cuidavam da sua administração. Não foi uma coisa sem fundamentação. De fato
o povo hebreu saído do Egito e mesmo antes do cativeiro, já levavam o dízimo
dos seus bens, única forma de organização. Com o surgimento do Estado ainda que
rudimentar depois dos 430 anos de cativeiro no Egito, evidenciou-se a
necessidade de sustentá-lo nas suas necessidades, manter o tesouro e os
exércitos além da monarquia que se estabeleceria a partir de Saul que foi o seu
primeiro monarca.
Tamanha situação perdurou até Malaquias
que foi um dos chamados Profetas Menores, dalí abrindo-se um hiato de mais de
trezentos anos em que o Israel Antigo praticamente desapareceu até a chegada de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
As dominações grega e romana que se
seguiram mais efetivamente tornou a Palestina antiga uma Província que era
escorchada pelo governo romano.
Ainda nos tempos de Jesus o dízimo era
levado ao Templo e deles os sacerdotes como administradores procuravam manter as despesas dos seus
governantes aliviadas pelo fato de terem desaparecido os exércitos.
O dízimo, modernamente não tem
sustentação bíblica, uma vez que não é mais um Estado unitário, muito menos
teológico, sofreu transformações no sacerdócio que se tornou político e formado
por bajuladores a serviço de Roma e/ou/dos dominadores de plantão.
Os estados modernos são sustentados com
os impostos, em especial o de rendas. Não se trata de estados religiosos.
O dízimo perde assim a sua importância,
devendo e podendo continuar a ser praticado, nunca, porém em nome da religião,
muito menos diante de promessas mirabolantes que pessoas, para arrancar e
convencer dizimistas, costumam empregar.
Não sou contra a prática do dízimo. Acho
que deveria ser mais discutido. Eu mesmo sou um dizimista por convicção.Mas não
gosto de ver pessoas desconhecedoras da razão. Doe ofertas pois, a mensagem não
prescinde dos que amam a expansão do Reino do Senhor. E, só através das nossas
ofertas. Mas cuidado com as “pequenas igrejas, grandes negócios”. Espertalhões
estão aí. OU seja, estelionatários da boa fé e da ignorância de milhões de
crentes em Jesus.
Max Brandão
Cirne
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