O que você quer saber sobre História?



Este blog tem como objetivo discutir História, postar artigos, discutir assuntos da atualidade, falar do que ninguém quer ouvir. Então sintam-se a vontade para perguntar, comentar, questionar alguma informação. Este é um espaço livre para quem gosta de fazer História.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A QUESTÃO DO DÍZIMO.


                            
         É um assunto muito delicado e, via de regra, os pregadores não gostam de discuti-lo. Refiro-me ao dízimo que é uma criação bíblica desde os tempos do Sacerdote Melquizedeque.
        Foi instituído pelo Senhor e codificado nas Ordenações de Moisés (Pentateuco) , de sorte que todos estavam obrigados a prestá-lo, havendo, inclusive, os que cuidavam da sua administração.  Não foi uma coisa sem fundamentação. De fato o povo hebreu saído do Egito e mesmo antes do cativeiro, já levavam o dízimo dos seus bens, única forma de organização. Com o surgimento do Estado ainda que rudimentar depois dos 430 anos de cativeiro no Egito, evidenciou-se a necessidade de sustentá-lo nas suas necessidades, manter o tesouro e os exércitos além da monarquia que se estabeleceria a partir de Saul que foi o seu primeiro monarca.
       Tamanha situação perdurou até Malaquias que foi um dos chamados Profetas Menores, dalí abrindo-se um hiato de mais de trezentos anos em que o Israel Antigo praticamente desapareceu até a chegada de Nosso Senhor Jesus Cristo.
       As dominações grega e romana que se seguiram mais efetivamente tornou a Palestina antiga uma Província que era escorchada pelo governo romano.
       Ainda nos tempos de Jesus o dízimo era levado ao Templo e deles os sacerdotes como administradores  procuravam manter as despesas dos seus governantes aliviadas pelo fato de terem desaparecido os exércitos.
       O dízimo, modernamente não tem sustentação bíblica, uma vez que não é mais um Estado unitário, muito menos teológico, sofreu transformações no sacerdócio que se tornou político e formado por bajuladores a serviço de Roma e/ou/dos dominadores de plantão.
        Os estados modernos são sustentados com os impostos, em especial o de rendas. Não se trata de estados religiosos.
      O dízimo perde assim a sua importância, devendo e podendo continuar a ser praticado, nunca, porém em nome da religião, muito menos diante de promessas mirabolantes que pessoas, para arrancar e convencer dizimistas, costumam empregar.
      Não sou contra a prática do dízimo. Acho que deveria ser mais discutido. Eu mesmo sou um dizimista por convicção.Mas não gosto de ver pessoas desconhecedoras da razão. Doe ofertas pois, a mensagem não prescinde dos que amam a expansão do Reino do Senhor. E, só através das nossas ofertas. Mas cuidado com as “pequenas igrejas, grandes negócios”. Espertalhões estão aí. OU seja, estelionatários da boa fé e da ignorância de milhões de crentes em Jesus.
Max Brandão Cirne
     

Nenhum comentário:

Postar um comentário