Umas das
atribuições naturais do ser humano, é de
quedar-se em profundo pensamento. Questionamentos devem se feitos, em busca de
respostas satisfatórias que no anelo, ansiamos respondidas, embora nem sempre
com certeza alguma. É o caso da pergunta clássica dos homens: “Viver pra quê?”.
Além de
perguntar o homem sempre as mesmas coisas, sabemos que vivemos numa prisão
imensa em que não reclamamos tratamentos outros, senão a de simples presidiários
diante dos desafios que é e será sempre o de cumprir a pena completa. Não há como
o homem escapar da prisão, ainda que
cavemos túneis, nademos desesperados, arrisquemos as travessias dos desertos
cruentos, mas retornaremos sempre em outro ponto, cercado de leis que as
criou.Leis da gravidade e da locação perpétua enquanto homem mortal. Bem verdade que não existem recursos jurídicos
capazes de nos arrancar das garras do “Grande
Carcereiro” enquanto vivemos aqui na terra. O problema é que o “habeas corpus” , o mandado de segurança
e os recursos liberatórios aqui não são examinados nem muito menos, validados.
A pena é cumprida integralmente e sem
ministros venais ou juízes vendilhões, que a terra anda cheia, a despachar
infames sentenças libertárias nem à propina, ou anulando julgamentos
anteriores, se desdizendo e se avacalhando..
É verdade que
ultimamente no desespero terrível o gênero humano tem tentado desesperadamente
sair da sua prisão construindo artefatos que os levam ao espaço, enviam alguns
trambolhos para lá, mas só conseguem escapar das grades eficientes, embora
invisíveis da terra, por alguns poucos meses. São os foguetes espaciais, as
sondas, as tais MIR e outros trambolhos que só diz o quanto não somos capazes
de nos libertar por nós mesmos. Não vale lei alguma que ultrapasse e vença a
lei maio, a da gravidade.
Outros
desesperadamente se aventuram a aprofundar estudos, a viajar e conhecer outros
países, mas logo, logo eles retornam na inexorabilidade para o ponto de onde
partiram. A terra é uma imensa e interminável prisão. Nela carpimos nossos
dias, cumprimos um ritual, embora carcereiros, e, presos ao mesmo tempo, jamais
possamos alçar vôos perpétuos e perenes.
Muitos se
desesperam da sua cadeia que é a terra, uns espertalhões vendem terrenos na
lua, em Marte e em outros planetas, outros espertamente prometem colonizar
Vênus e Marte, mas não a deixam num rasgo de decência de dizerem que, a próxima
aventura, os que serão os primeiros “colonizadores” não terão volta. Ou seja,
seus foguetes não terão como retornar e viverão presos em redomas de vidros, serão
supridos de víveres que serão levados paulatinamente para lá com certa
regularidade. Tem até os suicidas, casos à parte, mas fato é que só saem dessa
prisão que é o Planeta Terra, após a morte quando são aqui mesmo sepultados.
Quer dizer, em parte, pois, saem apenas do plano físico e moral.
Eles os que se vão
não poderão retornar dessa louca aventura, e querem se travestir de “heróis”
colonizadores de mundos extras terrestres. Loucos em louca aventura! Resumo da ópera é que viverão em cadeias menores e muito mais
resumidas, de poucos meios, em celas climatizadas e aparelhadas para seu
infortúnio, absoltamente artificializadas, ou seja, forçando um arremedo de
mundo natural,. Na terra, tinham, ao menos, o direito de “ir e vir, ficar e permanecer”, mas podiam, repito, se deslocar para
onde quisessem. Até o de suportar as agruras da analfabeta Dilma e as peripécias
do PT no Brasil. Mas podiam depositar dinheiros nas Canárias, morar nas
Bahamas, ou depositar milhões de petrodólares na Suíça.
Perde-se
muita energia viver aqui; temos de ver e assistir amigos partirem antes de nós,
plantamos muitas, mas muitas cruzes; somos explorados e obrigados como apenados;
ao sofrimento moral, as carnes envelhecem num processo lento e aterrador, formas
belas e comunais desabam na vala comum dos mortos e envelhecidos, os corpos são
atacados pelas enfermidades, as aposentadorias são vergonhosas para a grande e
imensa maioria dos presos, os remédios sobem de preços descaradamente pelos
presos que exploram os mais pobres, os laboratórios enriquecem junto a
presidentes e ministros que se vendem; os bancos cobram do povo por baixo dos
panos, lucram desavergonhadamente, a justiça é inoperante, somos obrigados a
dar adeuses às coisas boas que restam na grande prisão da vida.
Notadamente as
mulheres desaparecem naturalmente das nossas vidas, pela velhice cheia de reumatismos
e hérnias discais, elas que ajudaram na boa parte do tempo a temperar e a
retemperar os dias de prisão, embora, uma ocorrência tenha sido verificada, e,
esteja sendo estudada que é a dos desaparecimento
das mulheres que já entraram em franca extinção, assemelhadas aos micos leões
dourados, uma vez que elas, já as centenas, estão se dedicando a cortejar e
“casar” entre elas mesmas, tornam-se “maridas”
como se fosse a coisa mais simples, comum e normal, em detrimento do sexo dos
machos, outrora chamado de “forte”, pois
os “machos estão em franco declínio, em desfavor de uma renitente e teimosa “boiolagem” cada vez mais extravagante e exigente.
Tenho garantido que em breve, talvez coisa de
uns cinquenta ou menos anos, a espécie humana natural, que é a composição de MACHOS E FÉMEAS desapareça
completamente, seja extinta com os movimentos de homenzinhos e sapatinhas, claro que, do mesmo sexo, se casarem em
uniões abomináveis que os prisioneiros estão se permitindo.
Coisa que em
breve causará vergonha a qualquer ser normal se declarar hétero, ou seja, “cabra macho de verdade”, ou “mulher
retada de verdade”. Será só uma
raça em extinção, descarada e abominável praticante dessas coisas terríveis,
dessa boiolagem desgraçada a
empestear e a retirar a beleza da criação macho
e fêmea. De sorte que a vergonha será completa ao declarar que somos machos e fêmeas. Os riscos serão muitos, até de cadeias e processos. Os
normais serão processados e encarcerados por não aceitarem e por criticarem;
juízes e leis condenarão os que ousam levantar as suas vozes, até silenciarem
completamente a vida normal e inteligente
amenizando, eficientemente, as nossas infâmias e agruras, mas elas se vão
também, coitadas! Prisioneiras também que são do viver na terra, enfim, podemos
dizer que amamos a vida enquanto a morte paquera-nos a todos.
Viver é
extremamente complicado. E eu já estou de saco abarrotado com tanta desgraça
nessa minha prisão em que sou obrigado a ler, ver e ouvir das misérias e
infâmias, das abominações e das coisas que se pretendem normais.
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