É. Dizem que os velhacos envelhecem.
De fato, desde que a coca cola vestiu papai Noel de vermelho para vender seu
xarope envenenado que ninguém conhece a fórmula, já se passaram mais de
cinquenta anos. Riscando os céus nos finais de ano em suas renas, e, no seu
trenó abarrotado de ilusões vendidas aos incautos e desavisados, o comércio
passou a vender rios de mercadorias e fez criar nas mentes das pessoas o mito
do “ter”. O consumismo alcançou independente de crises econômicas, níveis
astronômicos e sufocantes.
Nos lares, os pais passaram
automaticamente a criar nas mentes dos pimpolhos a ideia de um bom velhinho que
sai nas noites de natal a realizar, saco as costas, todos os sonhos, pouco
importando da sua magnitude. De dia para a noite pais incutiriam nos filhos as
ideias falsas de um bom velhinho de fala mansa e grave a realizar os mais
impossíveis sonhos de consumismo. As lojas passaram a contratar pessoas
vestidas com as cores do bom velhinho, enquanto alisam criancinhas e lhes fazem
perguntas bobas.
Deus me perdoe já que eu fiz parte
desses ingênuos a depositar em sapatinhos postados em janelas, presentes
adredemente comprados, nas madrugadas, acordando, pela manhã, meus inocentes
filhos para irem apanha-los com historinhas mirabolantes. Deus há de me
perdoar, sim.
Um falso clima se instala nas cidades com “feliz natal” pronunciado da
boca para fora, enquanto pessoas que se odeiam para demonstrar tal “espírito
natalino” se põem a beijar e a se abraçarem, a visitar uns aos outros, enquanto
nem de longe se lembram de quem verdadeiramente faz natal, ou seja, nasceu.
Jesus jaz esquecido. Quando muito, os católicos lhes acendem umas velas que
sobraram do ano passado, enquanto outros se genuflexam diante de estatuas que
chamam de imagens, feitas de bronze, ouro, barro, madeira, gesso, e, até de
outros metais, tudo conforme o figurino que aprenderam e transmitiram seus
antepassados, na mais negra e crassa ignorância espiritual. Idolatria da grossa
e pesada. Passada a farra da comilança e da abastança, tudo volta à estaca
zero. Os mensaleiros voltam aos seus lares ricos e satisfeitos, a Petrobrás
arrombada por um bando de salafrários manda que seus familiares milionários com
a “roubança” viajem para Paris, Miami, Europa e tantos outros lugares na
gastança dos ladrões.
As instituições empedernidas, gastas de
moral e decência, não visualizam a roubalheira, a justiça é uma coisa disforme
e sem força, incapaz e coonestadora, absolverá empreiteiros e demais ladrões.
Duvida? Os governantes entram pobres e saem milionários, desde o vereador
sacripanta lá dos cafundós dos Judas até o mais respeitável senador da republica,
passando por presidentes que “nada viram”, “nada sabem” e a nação minguada
continua nos estertores, a farra a se presentear com as
bênçãos do bom e corrupto velhinho.
Feliz natal empreiteiros, políticos,
Dilma e Lula.
Nenhum comentário:
Postar um comentário