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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

GENTE SEM BRIOS

Estamos navegando à deriva. Estamos no mais negro e encapelado mar da existência brasileira. A nau dos insensatos ruma sem amanhã, sem esperança, sem perspectiva e sem garantias de navegabilidade, sem nenhuma certeza de aportar em porto seguro. Os timoneiros se perdem em cálculos insanos, a bússola se perdeu no vai e vem das marolas, as ondas ameaçam fenomenalmente afundar o barco que não singra em linha reta nem tem a garantia de um timoneiro capacitado a manejar os instrumentos de segurança.
       Estamos quase afundando. A maioria dos embarcados que não compõe a tripulação dos insensatos, teima em disputas mesquinhas tentando garantir seus suprimentos, formando a massa compacta e privilegiada dos apaniguados dos poderes, reluta em apoiar o timoneiro triste e incompetente que não sabe manobrar o barco, enquanto as ameaças de soçobramento estão latentes. Os passageiros desesperançados se recolhem aos seus camarins em orações e em imprecauções, alguns querem lançar o timoneiro ao mar por incompetência deste, enquanto uma maioria apenas luta pelos seus empregos no passadiço e nos subterrâneos do barco.
          As riquezas que o barco carregava já foram dilapidadas por oportunistas e roedores, escandalizados a maioria desarvorada e longe das decisões nem sabe mais o que fazer a expectativa de afundar o barco e com ele sonhos e esperanças, assalta a tripulação toda, mas sabendo ao mesmo tempo dos oportunistas e aproveitadores que não desejam senão salvarem-se a si mesmos e aos seus odientos privilégios.
          Os barcos salva-vidas não são bastante para todos. Afogamentos são inevitáveis, enquanto os mais poderosos teimam salvar dedos e anéis pelo suborno, pelo esvaziamento do convés, deixando a cena principal do tombadilho para os mascarados que ensaiam passos de ópera-bufa a desafiar o instinto de sobrevivência.
        Os olhares mesmo distantes se voltam para aquele ponto obscuro do mar, a luta e a disputa pelo direito de tomada do timão enquanto o seu dono e seus asseclas se acercam perigosamente dos desafiantes, sem ao menos atinarem para a possibilidade de motim perigoso e mortal, mas sem um pouco de insignificância, senão a garantia dos seus privilégios e a manutenção deles.
        Brios estão ausentes. Renúncias de privilégios, nem é bom falar. Perdê-los não consta do vocabulário infame dos abutres do poder. Enquanto isso a nau ameaça afundar levando para as procelas do mar encapelado o resto de decência e esperança.
       O Brasil é este barco.
       Dilma é o timoneiro incompetente.
       Os Três Poderes da república são os insensatos
       Os tripulantes é o povo afastado das decisões. Todos agarrados nos seus postos, não querem perder privilégios. Dane-se a república.


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