Quem vive no
Brasil não mais desconfia da situação de anarquismo em que mergulhamos. As
instituições, ao contrário do que afirmam os homens que falam nos meios de
comunicação, desde muito, já sabemos que não funcionam. É muito fácil
estabelecer parâmetros que confirmam a assertiva, por exemplo, quando
perguntamos a qualquer pessoa que ajuizou uma ação perante o Judiciário.
Não anda, é
emperrada, é poder moroso, jactante, paquidérmico, indolente, preguiçoso e
ocioso, os juízes não são obrigados a prestarem contas dos seus atos e se
escondem em institutos não apenas ultrapassados e fora de moda, como
absolutamente inócuos, mas que os protegem, as chamadas “garantias da magistratura”
que outra coisa não são, senão modos e formas de proteger uma classe que
avançou sobre o Estado e se apropriou, como se dela fosse, e, de fato o é.
Juízes vendem
sentenças, seus crimes não são apurados, são julgados pelo próprio colegiado
distanciado dos que os sustentam, o povo.
Se olharmos para
o Judiciário a anarquia aí toma verdadeiros ares de epidemia em que a gastança
e a farra com o dinheiro público toma ares alarmantes e imorais, sendo seus
homens meros ladrões travestidos de seriedade, são inalcançáveis, estão, vivem
e transitam acima e abaixo das leis que são feitas por eles para ter aplicação
contra pequenos e indefesos cidadãos incapazes de manipular, em seu favor os
institutos.
Funcionando
como balcão de empresas de negócios, os mais escusos, o legislativo ofende a
inteligência e desafia os homens de bem para uma tomada de consciência fechando
aquela que se tornou um antro de prostituição, e, das maiores e mais absurdas
prostituições da sociedade, bastante dizer que se perpetuam através de parentes
e aderentes, além de elegerem seus pares como os da chapa de senadores que nem
ao menos tem seus nomes divulgados quando da eleição do titular, podendo ser, e
são na maioria das vezes, esposas, amantes, filhos ou compadres, verdadeiras
quadrilhas que desse modo se estabelecem com honras e pompas.
Quando por
volta do ano 510 a. C. chegados os Bárbaros nos arredores do antigo Império
Romano, a sociedade não apenas decaiu dos seus valores como, em cada esquina,
diante do caos e a proximidade dos Bárbaros, os generais subiam em bancos para
serem melhores vistos e gritavam: “Roma
é minha, vendo por tanto”.
O Executivo
brasileiro essa chaga infame, macula a pátria com sistemas de fazer politiquice,
implantados através dos tempos, valendo-se, para tal, da ignorância política, e
da distancia das pessoas, dos centros de decisões, ficando este, tão apenas
como fiador dos desmando já que teima em ser obrigado a votar, ínfimo e infame
detalhe como coadjuvante pagador de tributos, os mais perversos.
O Brasil entrou;
sim, no mais crasso e negro anarquismo político e social. As leis não punem
ninguém, os criminosos flanam e desafiam os tribunais, as cadeias; que deveriam
ser abarrotadas desses mesmos criminosos, não consegue, por ausência de juízes
imparciais e que apliquem as mesmas fracas leis, tudo pela inércia, não apenas
processual, mas também, pela ausência crônica de vontade de agir e decidir.
Instalado o “salve-se quem puder” nos assemelhamos a
uma nau de insensatos, a vagar por encapelados mares, a desafiar aqueles que
ainda têm como apanágio o respeito e a decência, hoje ausentes e distanciados
dos Três Poderes da República. Quem
ou qual o homem que se diz público em quem alguém possa confiar?
O Brasil faliu.
O último a sair faça o favor de desligar a luz.
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