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segunda-feira, 30 de março de 2015

O PASSADO RELACIONADO AO PRESENTE.

                                                  

        Heródoto é antes de tudo um viajante. Como especulosos viajantes são os que viajam nos seus relatos. Seus périplos e suas investigações sobre o passado, dão a ele, a firme convicção de que os fatos se relacionavam numa permanente causa e efeito dos acontecimentos.
        Prefiro  ser pragmático.
        Investigativo chega a observar pequenos detalhes em meio aos problemas, buscando compreensão dos fatos para o que se vale além daquilo que vê, no relato dos que estão próximos, e, portanto, vivenciando os fatos do cotidiano.
       Ele é organizado e s e envolve com  que está investigando, procura confirmações e adquire como  que uma filtragem, busca causas prováveis, embora nele se vislumbre mais que opiniões históricas muito de conjunturas improváveis.
       Cérebro privilegiado pelo sabor e proficiência da filosofia do seu tempo, sedimentado, sobretudo numa cultura da Grécia. Só assim se explica. Não é um extático, mas mutável camaleônico. Vertendo das contradições do homem, seus limites e ambições, seus relatos assim seriam passados a posteridade.
       Não se furta a realizar comparações entre costumes de povos para povos, mas aproxima as experiências, elabora raciocínios encadeados, porque lógicos, visando, sobretudo, oferecer conclusões que lhe parecem acertadas, porque, na lógica, embora o ofício de historiador seja sempre os posicionamentos do “eu”.
        Mas danem-se as regras. Que importa se a ciência de historiador ou do historiador é, com ele mesmo que está nascendo e será, doravante, até cognominado de “o pai da história”?Então que se danem em Heródoto, as regras que a posteridade, quem sabe, até pedantemente adicionou aos seus escritos ou excluiu deles.
         Mas, como no dizer de March Bloch “- a história é feita por gente viva para gente viva” – Heródoto vale-se dos recursos contextualizados na temporalidade da sua existência e, ação, pelo que usa e abusa dos recursos filosóficos aproximando causas improváveis do provável numa especulação que corresponde à curiosidade humana, gênio fabuloso que o criou e o impôs através dos séculos, sem uma existência provável. Este sim, gênio sobre todas as coisas que de Heródoto chegam a ser ditas.
        E, é nessa exposição de fatos e dados coletados a que ela a história, consegue encadear o passado ao presente através da lógica e do provável.
        A grande questão é: Heródoto existiu ou apenas subsistiu o mito idealizado por alguém que assim se denominou?
Max Brandão Cirne


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