No passado dois gigantes disputariam a
América: Portugal e Espanha. No século XIX outros dois atores ocupariam a cena:
Inglaterra e estados Unidos disputando hegemonias dominadoras.
De fato, entra o fator diplomático em
lugar dos canhões, armas e ameaças dando preferência a forma da solução
amigável dos conflitos ou o que parecia ser. A América é subjugada ao capital,
contando, com uma arquitetura política, porem, na prática se impondo sobre as
demais nações. Quem tem mais poder bélico e econômico permeou no campo do
mandonismo da geopolítica.
Velhos espectros se implantam através
de sistemas pelo emprego aplicação
de vultuosos empréstimos, tais
investimentos em busca de lucratividade fácil, paradoxalmente auto financiava o
próprio investidor por diversos fatores.
Resulta que os modelos endividariam as
nações subjugadas pelos empréstimos, incapacitando-as de pagar, obrigando-se a
ceder extensas áreas cada vez maiores, provocando desocupações do elemento
camponês a um contínuo êxodo ela expropriação indisfarçada das suas terras de subsistência
gerando mais miséria, dependência econômica, agora vinda de um patronato
insensível e ávido por lucros crescentes, minguados de leis inexistentes e de
assistência de toda espécie.
O elemento estrangeiro se apossa das
riquezas dos países latinos americanos. Conta, para tanto, com governos
benevolentes e o apoio sempre desejado e incondicional das oligarquias econômicas
e dominantes representadas pelas famílias mais importantes, pois, afinal de
contas, eram beneficiárias direta das explorações compatriotas e que asseguravam,
pela conservação dos privilégios não sofressem os estrangeiros quaisquer
ameaças que eram, de pronto e eficiente, sempre afogadas no mar de sangue dos
naturais quaisquer ameaças ou o que parecesse ser.
Servis e apátridas economicamente, as
elites nacionais da América Latina mais que o estrangeiro investidor e
dominador se realizaram na exploração interna e na compulsoriedade das
atividades dos seus nacionais.
Pode-se dizer então, que as transformações
econômicas se faziam tendo em vista beneficiar o capitalista estrangeiro.
Construindo pontes, estradas, portos, estradas de ferro, empreendendo grandes
plantações (plantations), aproveitar-se-íam da serviência latina dos
governantes e do capitalista nativo agraciado com as sociedades, ficando
encarregados e agradecidos de serem guindados, em nome do lucro próprio e da
riqueza fácil, fieis mantenedores da política comercial e industrial, enfim,
exploratória, sob a exploração direta dos compatriotas.
Para a realização das obras internas,
um ciclo perverso e profundamente vicioso porque repetitivo e sem saneamento precisou se instalar. As
potencias emprestavam capitas, não as doavam, na obstante agregassem aos países
latinos, e, era sempre para garantia do escoamento de toda a riqueza produzida.
A colônia não passava de uma vil produtora sempre sujeita aos efeitos viciosos
da colonização apátrida.
Gerando maior e mais alto grau de
dependência, assim como o aumento da miserabilidade dos cidadãos pelas
desigualdades sociais, afastarão os benefícios daqueles que efetivamente
trabalham e fazem produzir as terras
aumentarão as desigualdade que se multiplicam na medida que as riquezas
permitem vidas estabelecidas nababescamente usufruir do sangue e do suor alheio
sem contrapartida remunerativa, senão o direito a própria existência na
miserabilidade da subsistência.
A prosperidade de alguns despertarão muito
tarde, movimentos sociais adormecidos, novos tipos de lutas e reivindicações, a
necessidade desperta de leis e a a organização e parques industrializados a
despeito do Brasil, por exemplo, sob o senhor Vargas com a implantação,
financiada pelo capitalismo estrangeiro em troca de comprometimento de soldados
na II Guerra Mundial, mas sobretudo as demandas reprimidas pelos sistemas
exploratórios, que trarão, sem dúvidas, melhorias para a vida reprimida dos
latinos com sistemas de esgotamento sanitários, leis do trabalho, limitações de
envios de capitais ao exterior, limites progressivo à propriedade aos estrangeiros
e sua forma de exercer o mando, assim como aos investidores.
Novos tipos de lutas se desenvolvem
novas demandas, novas reivindicações na América Latina, embora não ideais, as
Ligas Camponesas se organizam, sindicatos são formados e organizados, desse
modo forçando, pelas mobilizações das classes em polvorinho reivindicatórias,
novas exigências transformadas em leis, aumentam-se os sistemas viários,
distancias são encurtadas pelos sistemas implantados, enquanto novos costumes e
políticas sociais são introduzidas, sobretudo abertas as portas da migração e a
ajuda dos partidos organizados e livres, a influência dos anarquistas e dos socialistas somados a
grande contribuição dos imigrantes europeus.
Por essas e outras, quando alguém se
jactanciar de pertencer a famílias quatrocentão, desconfie. Quase sempre, e,
quase que com a maior segurança, foi um explorador dos próprios compatriotas.
Trabalho
apresentado pelo Autor à PUC - Rio em 03 de novembro de 2009.
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