Na verdade, e, como se não bastasse não será possível olvidar que a
competitividade expropriatória trouxe, desde o século XVI franceses, alemães,
ingleses e holandeses que buscavam estabelecerem-se tanto na América Espanhola
quanto na América Portuguesa processos apropriatórios, todos tendo em vista a
exploração em comum dos recursos coloniais.
Descerra a temática o recheio da importância historiográfica que não
pode ser olvidado, as disputas acirradas que se deslocam para a América, mesmo
após as nações ditas latinas terem conquistado soberania.
Desses contextos surgem os conceitos. Se a soberania é o poder de uma
nação garantir e assegurar a integridade da sua população e do seu território
fazendo-se respeitar pelo emprego de recursos variados, então, pode-se afirmar
que as nações da América Latina não puderam o não souberam, ou não quiseram
defender suas fronteiras.
Se a América consegue expulsar os primeiros colonizadores, quase
exauridas suas riquezas, o foco da maneira de colonizar será deslocado para
novos tipos, calcados, dessa vez, na diplomacia e nos capitais que impregnaram
as relações e os países, exercendo novas dominações sob um indisfarçado
protecionismo econômico.
O mundo continua com olhos postos na América a exemplo da Grã-Bretanha
que, tendo introduzido internamente formas capitalistas diferenciadas e baseada
na industrialização ou na transformação da matéria prima, tornar-se-á desde
muito, industrializada ou apressará processos “et pour cause”,
transformar-se-ia em capitalizada, resultado
do processo industrial implantado, sendo contestada na Índia e outras
colônias, mas se tornaria exportadora e necessitada de escoar, via exportação
maciça, excedentes da sua enorme produção, processo que exigiria permanência na manutenção de dominação com mão
de ferro.
Marca a Inglaterra mais que uma potencialização econômica, também, uma produção
de forte influência e ascensão já consolidada, reclamando a busca de mercados
em que se associaria aos naturais, aqui entendidos os autóctones, na sua
desenfreada exploração de toas as formas capitalistas, transformando-se em
potencia exploratória, portanto imperialista.
É evidente que as nações dessa maneira exploradas, seriam, e, se
tornariam muito mais consumidoras de
manufaturas do que mesmo industrializadas, sem domínio muito menos não dominadoras de tecnologias uma vez que não
lhes foram repassadas, senão a sanha da ganância capitalista e os altos rendimentos
com trabalhos semi escravizados, quando não com baixa remuneração.
Se os processo permitiam a atividade econômica e o desenvolvimento
dessas nações, verificar-se-á, por outro óbice, uma total dependência geradas a
partir desses Estados que vão se tornar mercados consumidores e importadores
carreando divisas para as exportadoras, submetendo-se à exploração dos seus
recursos naturais e ao fornecimento de matéria prima a preço irrisório quando
não expropriados ou fornecidos gratuitamente como resultados de acordos
duvidosos e secretos feitos com os locais dominadores sobre as próprias
populações, os chamados caudilhos, obrigando e submetendo as populações sob a
mais profunda dependência econômica, política e social continua e infame
permanentemente.
(Trabalho ofertado à PUC durante curso,
pelo Autor).
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