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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

SARAH – O COLOSSO DO BEM.



       Estive internado no SARAH, unida de Salvador do dia 17 de julho até o dia 03 de agosto. Surpreendi-me enormemente diante do que ali encontrei. Puro exemplo de boa gestão, amor e dedicação. Pensava eu antes de ali chegar que se tratasse de mais um hospital público desses imundos e sem respeito aos pacientes.
       O SARAH é surpreendente não pelas suas instalações físicas, porém pelo tratamento. Não “fui antes porque pensava necessitar de “pistolões”, “o quem indicasse”, ou ainda de algum político com seus famigerados” bilhetinhos”.
        Em primeiro lugar o SARAH é um templo de dedicação e carinho dos seus servidores. Naquele colosso não vi, porque não existem ,placas indicando nem pedindo “silencio”. É dedicado à saúde. Seus corredores são devassados por homens e mulheres conscientizados de estarem quase cultuando como se num templo em si, novas perspectivas de vida e de convivência com ossos gastos, deslocados, cortados e defeituosos.
       Não se vê servidor com cara feia nem amarrada, os maus humores ficam de fora. Os enfermeiros e enfermeiras são verdadeiros anjos de proteção e carinho, aí incluindo as demais categorias de servidores. Logo pela manhã acordamos com o passaredo cantando em estridências matinais desfilando suas cantorias e plumagens de cores e matizes, indiferentes à presença humana, festejando, como se desassombradamente a vida a cada manhã. Há uma simbiose na cidade bruta ao permitir desabrochar um oásis e abrigo ao paciente.
      Os médicos e enfermeiros do SARAH possuem missões definidas de indicar os caminhos da filosofia da amenização das dores nos “pássaros feridos” que ali batem à porta em busca de cura e reposição das atrofiadas asas, novo alento para que reaprendam a “voar”.
       Há uma cumplicidade em tudo e em todos. Ninguém pergunta ao outro porque das muletas nem das cadeiras de rodas. Cúmplices parecem todos entenderem a luz diáfana da compreensão, da função e razão do hospital.
        Peço ao Senhor Deus que não permita que os abutres da política acabem com aquele lugar se imiscuindo aonde jamais deve ser permitido suas nocivas e destrutivas presenças. O SARAH é templo sagrado aonde se cultua o amor, a dedicação, o carinho e o desprendimento. E, diante da magnitude dos templos, só comporta o silencio e a reverencia dos verdadeiros cultores da crença. O SARAH é um templo. E os templos são lugares puros e sagrados aonde se cultua o BEM.
      Entrei com o pensamento de que seria operado. Ledo engano. Ali a cura é pela reeducação, pelo disciplinamento e pela disposição de se confiar nos ensinamentos emanados. Tornei-me um SARAHMANÍACO, posso dizer fanatizado diante de tanta bondade daquela gente cuja identificação é a dedicação respeitosa ao público.
      Sei de meia dúzia de nomes que deixo de citá-los, para evitar a injustiça de não nomeá-los a todos. Entretanto, julgo que devo, pelo menos falar num “grande enfermeiro” da enfermaria 06, José Domingos a quem nomeamos de “nossos anjos da guarda” onde fique, como representante dos demais anjos que nos atenderam.
      Quanto ao mais que viva o SARAH uns mil e duzentos anos.
Max Brandão Cirne
Tel (75) 8803-1829
      

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