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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

MINISTRO JOAQUIM BARBOSA


     Tenho acompanhado o julgamento pelo Supremo Tribunal do chamado “mensalão”, desde que teve início. Confesso que com muita preocupação. Naquela paisagem de saberes jurídicos, uma figura cheia de preocupações sobressai sobre os demais pares. Trata-se do Ministro Joaquim Barbosa. Ele possui uma áurea de confiança e decência, preocupação e zelo pelo que se está apurando.
     Todas as vezes que o vejo, conforta-me a alma em saber que sua atuação séria e preocupada demonstra uma vontade de expurgar o país dos malandros que se encastelaram no poder e passaram a gerir a coisa pública como se deles, num patrimonialismo assombroso.
      Não vejo razão para o assombro da imprensa, ao atribuir que a linguagem rebuscada e gongórica dos senhores ministros parece coisa de outro planeta. Não. É mais fácil identificar a falta de conhecimentos linguisticos, pois sabido que no nosso país não mais se fala um português, não castiço porém, de mediana compreensão. A linguagem dos ministros é pautada no saber e no conhecimento da língua, além de ser, evidentemente, a linguagem dos técnicos e dos saberes que são detentores. Somos mobralizados, desconhecedores da língua, pelo que a imprensa se assombra diante da profundidade terminológica dos ministros.
     Ainda outro dia devorei, no Sarah, uma obra de famoso escrito português. Totalmente diferente do que falamos no Brasil. Quem estudou a língua de Camões e apreendeu conceitos básicos e fundamentais, decerto não sente dificuldades em compreender os senhores ministros. Ademais, eles se escudam em saberes técnicos, próprios do meio em que vivem e desenvolvem suas atividades. A questão de fundo é que nossas escolas não prepararam os brasileiros para a leitura, compreensão e interpretação dos significados. As escolas faliram. Se paga a um professor R$1.000,00 mensal enquanto a qualquer político, uma fortuna, que nem mesmo durante toda a vida ele receberia.
      Assim, têm razão alguns membros da imprensa em acusar o supremo de falar uma linguagem distante, eis que as faculdades não estão preparando profissionais capazes de interpretar termos mais rebuscados.
       O julgamento será frustrante, não pela ação de um Joaquim Barbosa. Altaneiro, disposto e corajoso o ministro tem se debruçado zelosamente enfrentando a má vontade de alguns que parecem incomodados com a sua firme e pragmática atuação. Há algo de confortante naquele homem. Sinto-me recompensado ao menos em vê-lo em ação. Viva Joaquim Barbosa.
       Por outro lado, os chamados mensaleiros terão ainda, caso sejam  condenados, outra instância para recorrerem que é o Tribunal Internacional de Justiça. Pois é, em caso de condenação as ratazanas que corroem o dinheiro púbico, terão além de recursos para o próprio supremo, também, a faculdade recursal para o tribunal internacional. Como nosso direito é feito para beneficiar criminosos, pode concluir que a prescrição alcançará a todos. E viva a impunidade brasileira. Republica das bananas esse Brasil!
     Mas, viva Joaquim Barbosa. Exemplo de independência e dignidade.
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