O Brasil está com mais um partido político nas ruas, fundado pelo prefeito de São Paulo. Trata-se de uma agremiação que somada às demais alcança o número e vinte e oito. Bom. Seu nome é uma volta ao passado saudosista, antes do golpe militar, quando existia o PSD, e a UDN. Mas não é disto que queremos falar. O novo partido “não é de centro, nem de esquerda, nem de direita” segundo declarações do seu fundador e organizador.
Observemos que no Brasil o “S” é apenas integrante das siglas partidárias, porém sem nenhum compromisso com o social. Engels disse ainda no século 19 quando escreveu em Londres no dia 30 de janeiro de 1888 o que ora transcrevemos:
“... por socialistas entendia-se, de um lado, os adeptos dos diversos sistemas utópicos: os partidários de Owen na Inglaterra, os seguidores de Fourier na França, ambos já reduzidos a simples meras seitas agonizantes: de outro lado, os mais variados charlatães sociais que prometiam, sem qualquer dano para o capital e o lucro, curar todas as enfermidades sociais por meio dos mais diversos truques”(Ipsis).
Há no Brasil uma febre de partidos que adotaram na sigla a palavra “social”, porém sem o menor significado prático, senão o de demonstrar que são praticantes da burguesia oportunista e ávida em avançar na coisa pública, auferindo as classes dominantes do esforço de uma nação inteira em prol de interesses corporativistas que vão desde a justiça ao legislativo com o apoio irrestrito do executivo.
Quanto à sorte dos trabalhadores não passa pelo PT que baqueou para oprimir o país, penalizando as classes trabalhadoras com minguados salários e vencimentos, com distancias quilométricas. O que leva um deputado a ganhar mensalmente mais de 260 mil enquanto um professor ganha menos de 1 mil mensais? O que leva um juiz a ganhar mais de 100 mil mensais e um operário menos de 600 reais mensais?
Pois sim, enquanto os discursos servem muito mais para mascarar e manter os ignorantes na ilusão de que suas vidas estão mudando, porque comeram mais frango do que o ano passado, ou porque podem levar seus filhos nos estádios de futebol quatro vezes ao mês.
Anestesiam o povão com os tais programas fome zero, merenda escolar promovendo verdadeiras esmolas nacionais, concedem às classes produtoras aumentos salariais irrisórios, mascaram a inflação e nada repõem, com as garantias irrestritas do judiciário nacional.
Satisfeitos os senhores poderosos se esquecem de que a revolta é o caminho da revolução e que a história demonstra que, mais que os dedos as classes dominantes e espoliadoras, tendem a atrair as iras do povão em desgraça vingativa. Alguém, de sã consciência, não tocado pela mídia que tenta empurrar goela a dentro tanta mentira, é capaz de acreditar na grandeza do Brasil?
E lembre-se: Anule sempre o seu voto.
Max Brandão Cirne
(75)8803-1829
Santo Antonio de Jesus, Bahia.
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