Na verdade, existe varias especificidades como de Carlos Fuentes associando tirania ao
caudilhismo vez que ignoravam outras realidad4s que os anseios independentistas
idealizados não contemplam como as estruturas desmontadas e sedimentadas, que impediram, pelas disputas entre exércitos (ou milícias) vitoriosos, fazem
surgir nova classe de proprietários “por serviços na campanha revolucionária” desencadeando
disputas entre si concentrando a posse das terras entre as principais cabeças
que viriam a se constituir.
Entretanto, não se deve pensar que o caudilhismo representado via de
regra no rico proprietário de terras, e, nacionalista, devendo recuar no tempo
com Atahualpa entre 1742 e 1756, e, Tupac Amaru, ambos no Vice- reino do Peru,
assim como a chefiada na Venezuela, liderado por Francisco Miranda, ou ainda a
do padre Miguel Hidalgo, n México, todas fracassadas nos seus intentos de
expulsão dos espanhóis.
A região do Prata como exemplo, ocorreram várias disputas entre facções
caudilhistas, talvez seja o mote maior para Fuentes e Cosentino. Formado pela
Argentina, Paraguaia e Uruguai, o Vice-reino do Prata se envolveria em disputas
para ver quem exerceria a hegemonia territorial.
O caudilhismo sofre críticas, talvez, pela ausência de certa clareza de
propósitos e objetivos ou até mesmo a ausência de projetos de governo, não
fosse a mesma estrutura da monarquia, pelo que não se legitimam as críticas
contrarias, tal o caso de Simon Bolívar
aristocrata criollo venezuelano que aspirava uma república “sem os vícios do
federalismo” (In Documento, Carta da Jamaica), ao lado de San Martin, portanto confuso entre manter as
bases da monarquia como suporte, para servir de
barganha, com vistas a negociar na Europa, sendo o libertador da Argentina,
do Chile e do Peru. (Confiram Moacir W. de Castro. O libertador. A vida de
Simon Bolívar, Rio de Janeiro, Recco, 1988, pag. 132).
Há de ser observado que, a quebra da estrutura monarquista terminaria
por desestrutura todo um sistema de autoridade com a consequente quebra da
economia, Geraldo algum anarquismo, até mesmo pelas concessões políticas como a
inexperiência política administrativa agravada pela economia esfacelada pela
própra gerra. Não se pode, contudo, fazer omelete sem quebrar os ovos.
A despeito das disputas, até mesmo motivadas pelas ambições política e
do oficialato desequilibrando o sistema recém implantado, as instabilidades
terão diferentes características, mas o movimento será vitorioso.
Mas se as novas abordagens historiográficas apontam como Cosentino “as
condições históricas” atribuídas, foi graças ao nacionalismo expresso no
caudilhismo e através dele e por ele que permitirá e criará as condições para a
formação dos chamados Estados Nacionais, o eu, por si, e, em si, é um saldo
bastante positivo.
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