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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

PROBLEMAS DO NACIONAISMO VERSUS CAUDILHISMO

        

         Na verdade, existe varias especificidades como  de Carlos Fuentes associando tirania ao caudilhismo vez que ignoravam outras realidad4s que os anseios independentistas idealizados não contemplam como as estruturas desmontadas e sedimentadas,  que impediram, pelas disputas entre  exércitos (ou milícias) vitoriosos, fazem surgir nova classe de proprietários “por serviços na campanha revolucionária” desencadeando disputas entre si concentrando a posse das terras entre as principais cabeças que viriam a se constituir.
        Entretanto, não se deve pensar que o caudilhismo representado via de regra no rico proprietário de terras, e, nacionalista, devendo recuar no tempo com Atahualpa entre 1742 e 1756, e, Tupac Amaru, ambos no Vice- reino do Peru, assim como a chefiada na Venezuela, liderado por Francisco Miranda, ou ainda a do padre Miguel Hidalgo, n México, todas fracassadas nos seus intentos de expulsão dos espanhóis.
         A região do Prata como exemplo, ocorreram várias disputas entre facções caudilhistas, talvez seja o mote maior para Fuentes e Cosentino. Formado pela Argentina, Paraguaia e Uruguai, o Vice-reino do Prata se envolveria em disputas para ver quem exerceria a hegemonia territorial.
        O caudilhismo sofre críticas, talvez, pela ausência de certa clareza de propósitos e objetivos ou até mesmo a ausência de projetos de governo, não fosse a mesma estrutura da monarquia, pelo que não se legitimam as críticas contrarias,  tal o caso de Simon Bolívar aristocrata criollo venezuelano que aspirava uma república “sem os vícios do federalismo” (In Documento, Carta da Jamaica), ao lado de  San Martin, portanto confuso entre manter as bases da monarquia como suporte, para servir de  barganha, com vistas a negociar na Europa, sendo o libertador da Argentina, do Chile e do Peru. (Confiram Moacir W. de Castro. O libertador. A vida de Simon Bolívar, Rio de Janeiro, Recco, 1988, pag. 132).
         Há de ser observado que, a quebra da estrutura monarquista terminaria por desestrutura todo um sistema de autoridade com a consequente quebra da economia, Geraldo algum anarquismo, até mesmo pelas concessões políticas como a inexperiência política administrativa agravada pela economia esfacelada pela própra gerra. Não se pode, contudo, fazer omelete sem quebrar os ovos.
       A despeito das disputas, até mesmo motivadas pelas ambições política e do oficialato desequilibrando o sistema recém implantado, as instabilidades terão diferentes características, mas o movimento será vitorioso.

        Mas se as novas abordagens historiográficas apontam como Cosentino “as condições históricas” atribuídas, foi graças ao nacionalismo expresso no caudilhismo e através dele e por ele que permitirá e criará as condições para a formação dos chamados Estados Nacionais, o eu, por si, e, em si, é um saldo bastante positivo.

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