O que você quer saber sobre História?



Este blog tem como objetivo discutir História, postar artigos, discutir assuntos da atualidade, falar do que ninguém quer ouvir. Então sintam-se a vontade para perguntar, comentar, questionar alguma informação. Este é um espaço livre para quem gosta de fazer História.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

NOVAS ABORDAGENS DA HISTÓRIA

                             
        Neste quesito há de registrar que a ideia de “abordagem anacrônica” equivale a um niilismo movido por visões de historiadores de matiz e influência euro centrista em oposição às nova releituras que posam ser feitas.
        Primeiro não se pode falar em independência quando não existiam Estados com fronteiras delimitadas, instituições livres e sistemas democráticos implantados, o que equivale dizer, Estado autônomos e não vice reinados atrelados à coroa absolutista ou não – Espanha ditando e exaurindo dos territórios colonizados, portanto, sem autonomia e soberania.
        As ideias de nação independente         emergem, portanto, da compreensão do que seja “Estado”, e, Estado independente com cidadãos e instituições livres para escolher, pouco importa sua forma ou sistema de governo, em que se desenhe um pacto de convivência através de leis próprias discutidas e votadas, constitucionalmente asseguradas.
        A América Espanhola, sob a égide de uma monarquia absolutista retirava toda e qualquer possibilidade e autodeterminação.
       Para Tamar Herzog a questão se prende muito mais à visão de autores que não conseguem estabelecer nem delimitar a existência das nações no passado, indicando “as condições mínimas e os processo” (cit. Pelo Conteudista da aula 9, pág. 4 – PUC-Rio) o que termina por ver certo anacronismo nessa espécie de abordagem, vez que dissocia nacionalismo, vontade, liberdade e luta para sua consecução.
       José Carlos Chiaramonte convida a uma abordagem procurando revisitar a história dentro dos contextos dos séculos XVIII e XIX, onde aponta não uma região unitária, chamada vice-reino do Prata, mas nações nomeadas, a Argentina que antes não se delimitava territorialmente e nem possuía, portanto, status de pré existência na América Espanhola.
       Por seu turno Francisco Xavier – Guerra aponta pata uma multiplicidade de fatores independentes, saídos de um território unitário “um conjunto politico, a monarquia hispânica” (sic Conteudista aula 9, pág. 5). Para este autor havia uma convergência de fatores, assim por dizer, uma vontade de se auto constituir em uma “sociedade” e uma “nação”, conceitos que implicavam em estabelecer diferenças que não se concebiam na monarquia espanhola.

        Para por fim a essas considerações, o conceito de nação, mais que convivência , sob a pressão das armas, pressupõe a existência de símbolos (bandeiras e outros), base territorial, identidade de propósitos, pacto federativo, cultura própria além de políticas próprias desatreladas de um poder qualquer central e exógeno, além de economia própria, respeito aos costumes e vida social, língua e base territorial sobre os quais fundamentam-se as nações que puderam assim se constituir e escolher seu destinos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário