Parece, mas não é nem será. O julgamento do mensalão não mudará em nada
a cara do Brasil. A índole do político brasileiro é a de verdadeiro ladrão da
coisa pública. Em tudo que está a acontecer no Supremo é apenas resultado do
esforço de um dos últimos e grandes brasileiros, chamado Joaquim Barbosa.
Relator do julgamento, aquele ministro demonstra a força e a bravura
perante seus pares no intuito de chamar a ladroagem que se encastelou no poder,
às falas.
A história apontará que o senhor ministro Revisor demonstrou pouco
interesse, de modo que só a pequena força da pressão da sociedade e da mídia,
parece tê-lo feito voltar atrás.
Contudo, sua preocupação parece muito mais a de acender uma vela a Deus
e outra ao diabo. Notemos que não se trata de retirar do magistrado a
independência nem a consciência de julgar livremente. Mas absolver qualquer dos
envolvidos, nos parece desproposital tamanha a sanha com que se atiraram e
rapinaram sobre a coisa pública.
Como tudo neste país parece ser rotineiro e passageiro, não acredito que
os resultados gerem nenhum benefício para o Brasil em termos de mudanças
positivas, muito menos venham a causar qualquer mudança significativa no nosso
modo de ver. O brasileiro parece infenso à virtude, pouco esforço demonstra em
sanear a coisa pública, passar a limpo e reescrever a história.
Parece que estamos fadados a ser apenas uma republiqueta das bananas e
dos bananosos, haja vista a impunidade galopante e a ladroeira que se abate ano
a ano sobre nós, preocupados com curvas e retilíneas mulheres, periguetes,
shows baratos de vidas particulares sem contar as novelas enganosas, futebol,
cachaça e carnaval que muitos cantam e decantam como privilegiados.
Tenho razão em ser pessimista,
vez que estamos cercados de milhões de descompromissados por todos os lados, a
exemplo da enxurrada de milhões de candidatos que nada tem a dizer nem fazer
senão se venderem aos prefeitos e outros, aliviando verbas e impostos
destinados ao povo, para seus afanosos bolsos.
O pior é que eles são tão cínicos e debochados que parece nada deverem.
Não demonstram vergonha. De sorte que, quando falamos deles, parece que suas
caras de pau não se apropriam das mensagens. Cadeia neles.
Cronicamente não confio em homem algum. Todos procuram e fazem o mau.
Não há um justo sequer. Podemos ser enganados por algum tempo, não, porém,
durante toda a vida. E eu já vivi demais para me deixar engabelar por esses
falsos salvadores que surgem repetidamente durante as eleições.
Serão eleitos, roubarão
escancaradamente, empregarão parentes, amigos e aderentes, se apropriarão de
dinheiros públicos e se locupletarão apenas.
O povo que se lixe.
NÃO VOTE. ANULE SEU VOTO.
Max Brandão Cirne (75) 8803-1829
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