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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O CEMITÉRIO DOS CRENTES

 Ficou aquela criança estarrecida ao descobrir, em Itiúba, na década final de 1950 a início da de 1960, uma construção um tanto ou quanto destiorada e desterrada, a quem o povo denominava de “Cemitério dos Crentes”. Paredes singelas e de uma simplicidade assombrosa deixando aquele garoto pasmo e boquiaberto, mas sem o domínio da lógica para saber o significado embutido naquilo tudo. Era meio tabu falar naquelas coisas. Os “crentes” - conforme o padre nos ensinava nas tardes de domingo em que íamos aprender aulas de catecismo, diziam que os protestantes mataram a Jesus, não acreditavam na Maria mãe de Deus, eram todos bodes e teriam de ser denunciados se os nossos pais os recebessem em casa. Delação pura que ensinavam desde crianças os velhos padres. Mais tarde, já tornado protestante, iniciei perante a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro o Curso em História, tendo eu escolhido como título da monografia de curso exatamente aquele que ficou gravado em meu cérebro, e, escrevi sobre o cemitério, descobrindo que até mesmo depois da Proclamação da Independência e com a chegada, mais tarde, da República dos EE. UU. Do Brasil, o catolicismo continuava a mandar e desmandar nos governantes estimulando fanatismo, ódio e intolerância contra os que discordavam dele. Descobri que em todas as cidades do Brasil, com raras exceções, existiram os “cemitérios de crentes” demarcados como ponto da morte, inclusive em Salvador, entre nós, com o Cemitério dos Ingleses, já que eram eles oriundos da Pátria que ousou expulsar o catolicismo através de Henrique VIII. Pobre catolicismo! Fui lá fotografar as ruínas ou o que sobrara dele. Nada foi encontrado em três ou quatro incursões. Durante as pesquisas constatei que durante o Governo de João Durval fora derrubado definitivamente e os restos de materiais usados para a construção da Estrada de Rodagem ItiúbaCamandaroba. Época de franca intolerância do catolicismo em que não era permitido nem protestantes, ciganos, muito menos suicidas serem sepultados no cemitério católico. Triste história! Triste romanismo! Visite o Blog

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