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domingo, 14 de fevereiro de 2016

4x1

                                        
                 Não mais me recordo o ano. Sei que já desaparece na bruma do tempo e na rabeira d esquecimento. Foi lá em Itiúba uma pequena cidade encravada entre as montanhas da Serra da Itiúba, na época de clima ameno e bastante procurado por pessoas para cura de diversas doenças.
          A cidadezinha tinha um time o Ferroviários que era dirigido pelo senhor João Martins, o mesmo tendo um clube de pessoas mais humildes, mas que qualquer podia fazer parte. O Ferroviário Esporte Clube era um time de massas e, representava muito bem a cidade. Podemos chegar, sem exagero, na afirmação de que era o maior e melhor time daqueles tempos, nas redondezas.
       Vinham sempre aos domingos, times de cidades vizinhas como Bonfim, Jaguarari, Santa Luz, Alagoinhas e Queimadas, se bem me recordo, para os embates futebolísticos que aconteciam num campo na fazenda do senhor Antonio Valadares, com entrada paga e arrecadação.
      De Salvador chegava nessas ocasiões Ranulfo Damasceno e seu irmão Antonio assim como o Lino que era tirado a goleiro, mas não era lá essas cocadas toda, não; Antonio e Ranulfo eram verdadeiros craques que desmontavam em dribles lindos e manhosos quaisquer adversários, e, sem ele o time não andava, e, toda a cidade aguardava, por ocasião dos jogos a sua chegada, como o maior acontecimento e expectativa.
          O Ranulfo encontrei-o, em Castro Alves, fazendeiro estabelecido, quando ali fui advogar alguns casos. O Antonio e o Lino, seus demais irmãos, nunca mais os. Creio que foi na década de 60, no comecinho, pois ainda não tinha ido para as cidades estudar.
       No domingo chegou o time de Queimadas, cidade vizinha. Nosso time deu de Quatro a Um- Placar de levar as alturas todos nós. O Toínho como o chamávamos, em desconcertantes dribles desmantelava os adversários. Queimada se foi cabisbaixa com seu time.
      “Seo” Joel da cachaça, que era engarrafador, em homenagem, rotulou uma das suas marcas que foi vendida durante muitos anos, como marco e recordação daquela tarde de tantas glórias. Lembro-me do zagueiro Zuca, falecido já faz alguns bons anos e outros mais. Se não me engano o massagista que era fanatizado por futebol, era esse cara que aqui escreve.

        E se foram as recordações. E se foram na voragem do tempo, “Tempus fugit est”.

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