Não mais me recordo o ano. Sei que já
desaparece na bruma do tempo e na rabeira d esquecimento. Foi lá em Itiúba uma
pequena cidade encravada entre as montanhas da Serra da Itiúba, na época de clima
ameno e bastante procurado por pessoas para cura de diversas doenças.
A cidadezinha
tinha um time o Ferroviários que era dirigido pelo senhor João Martins, o mesmo
tendo um clube de pessoas mais humildes, mas que qualquer podia fazer parte. O
Ferroviário Esporte Clube era um time de massas e, representava muito bem a
cidade. Podemos chegar, sem exagero, na afirmação de que era o maior e melhor
time daqueles tempos, nas redondezas.
Vinham sempre
aos domingos, times de cidades vizinhas como Bonfim, Jaguarari, Santa Luz,
Alagoinhas e Queimadas, se bem me recordo, para os embates futebolísticos que
aconteciam num campo na fazenda do senhor Antonio Valadares, com entrada paga e
arrecadação.
De Salvador
chegava nessas ocasiões Ranulfo Damasceno e seu irmão Antonio assim como o Lino
que era tirado a goleiro, mas não era lá essas cocadas toda, não; Antonio e Ranulfo
eram verdadeiros craques que desmontavam em dribles lindos e manhosos quaisquer
adversários, e, sem ele o time não andava, e, toda a cidade aguardava, por
ocasião dos jogos a sua chegada, como o maior acontecimento e expectativa.
O Ranulfo
encontrei-o, em Castro Alves, fazendeiro estabelecido, quando ali fui advogar
alguns casos. O Antonio e o Lino, seus demais irmãos, nunca mais os. Creio que
foi na década de 60, no comecinho, pois ainda não tinha ido para as cidades
estudar.
No domingo
chegou o time de Queimadas, cidade vizinha. Nosso time deu de Quatro a Um-
Placar de levar as alturas todos nós. O Toínho como o chamávamos, em desconcertantes
dribles desmantelava os adversários. Queimada se foi cabisbaixa com seu time.
“Seo” Joel da
cachaça, que era engarrafador, em homenagem, rotulou uma das suas marcas que
foi vendida durante muitos anos, como marco e recordação daquela tarde de
tantas glórias. Lembro-me do zagueiro Zuca, falecido já faz alguns bons anos e
outros mais. Se não me engano o massagista que era fanatizado por futebol, era
esse cara que aqui escreve.
E se foram as
recordações. E se foram na voragem do tempo, “Tempus fugit est”.
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