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quarta-feira, 18 de junho de 2014

ASSIM ERA O RESPEITO PELOS PAIS

                                                

        Nos últimos dias em que passei com a minha velha mãe, hoje falecida depois de 86 anos de vida, costumávamos relembrar coisas de família, como, por exemplo, o respeito que os filhos tinham pelos pais e como as relações sociais aconteciam. De fato, chega a ser astronômica a distancia, se comparados os costumes aos dos nossos dias. Diria com a mais absoluta franqueza que as crianças do meu tempo possuíam genuíno respeito e consideração, e, que, as de hoje, beiram muito mais ao deboche, ao desrespeito e a degradação dos costumes.
        Os mais velhos não admitiam certas “ousadias” como, por exemplo, a de uma criança a dar bom dia, em vez de pedir, respeitosamente a bênção. Assim fomos criados. Assim fui criado.
       Salta-me em viva recordação a figura da minha avó materna vestida no seu robe imenso, largo e comprido até cobrir os pés, todas as vezes que algum tio meu chegava lá em casa do meu pai para visita-la e a nós, já que, também, naqueles tempos não existia essa de genros e sogras serem inimigos. Meu pai e minha avó eram excelentes amigos. Era como se mãe e filho. Vovó morava na nossa casa aonde fora recebida com muito amor e desvelo por meu pai. Eu fui o neto da predileção da minha vó.
         Chegava um dos meus tios. Diante da minha vó ajoelhava-se, punha as mãos em sinal de oração coladas ao peito, abaixava humildemente a cabeça e dizia: “Louvado seja nosso senhor Jesus Cristo”. Ao que minha vó respondia: “Para sempre seja Deus louvado”. Então os meus tios completavam e pediam: “Bênção minha mãe”. E a resposta linda e benfazeja: “Deus o abençoe meu filho”. Só após, eles, meus tios se levantavam. Na despedida era a mesma coisa.
         Com minha mãe que morava em casa, a história se repetia todos os dias.
        Assim fomos acostumados ao respeito e a pedir bênçãos aos nossos pais. Criei meus filhos, e os da minha casa não dão “bom dia meu pai ou minha mãe”, mas pedem simplesmente a bênção. E, o interessante é que meus filhos estão criando seus filhos, meus netos, nesse mesmo respeito.
        Temos verdadeiros cavalos matando pais e avós sem a menor consideração, a crueldade aumenta e se multiplica porque certamente na infância faltou a seriedade das famílias que não souberam, acima de tudo, abençoar seus filhos. Pedir a bênção a papai e a mamãe hoje virou algo cavalar e estupido para os sanguinários assassinos que abarrotam as cadeias do Brasil. E ainda tem gente que entrega seus filhos para serem educadas pelo Estado...

       Pobre Brasil amaldiçoado por faltar-lhe um, “Deus o abençoe, meu filho”.

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