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sexta-feira, 20 de junho de 2014

A REPÚBLICA DO CAMAROON

                                                    
        Doem meus já cansados ouvidos, quando os jornalistas brasileiros burramente chamam de “camarões” os vizinhos da África. De fato aconteceu a partir da participação daqueles africanos na primeira copa. Uns beócios de uns jornalistas desinformados começaram a chamar de camarões os jogadores e a atribuir que eles viam de um país com esse nome. Não existe nenhum país do mundo com o nome de camarões, então é falso e errado dizer seleção camaroa, seleção dos camarões, seleção camaroeira, etc.
        O nome correto é República do Camaroon e é um país com profundas desigualdades econômicas, sociais e religiosas, multiseparado e dividido, situa-se na África ocidental no Golfo da Guiné delimitando pela Guiné Equatorial. O oeste e a norte se limita com a Nigéria, a leste pelo Chade e pela República Centro-Africana, a sul pelo Congo e por Mbini e a oeste pelo Golfo da Guiné.
          A confusão provocada por um incompetente jornalista de uma dessas emissoras deve-se ao fato do sujeito não conhecer inglês fluentemente e ter traduzido a palavra Camaroon como se fosse camarão, o que e um absurdo, quando o vocábulo para o crustáceo é absolutamente diferente.
         Não se entende como os brasileiros continuam a praticar tamanha aberração linguística e geográfica. Aliás, devo confessar que semanas atrás em Salvador, passei por maus momentos para explicar a um sobrinho, em ajuda ao dever de casa, que país camarões não existe. O menino foi lá, apanhou seu livro e esfregou literalmente na minha cara; lá estava escrito no mapa da África: “República dos Camarões”. O nosso país é assim mesmo. Somos limitados em conhecimento e não queremos ouvir a voz da razão nem consertar o que alguma anta, por comodismo, plantou um dia em nossas cabeças. E, arrancar o errado que foi ensinado, é dose de leão e cavalo xucro. No meu tempo os professores mandavam escrever três mil vezes; “não existe nenhum país com este nome”. Hoje os professores não sabem sequer escrever, com exceções, é claro.
         A palavra agora fica por conta da Embaixada daquele país e dos seus membros.
         Espero que pelo menos os meus amigos não me deixem estressado atribuindo aos jogadores do país africano um nome inexistente. Quanto a mim como detesto futebol. Aguardo ansioso o final da participação dos pobres africanos. Meus ouvidos agradecerão.
          E tem gente que ainda fica zangado quando, lá fora nos chamam de o “país das bananas” e, por tabela, das “bananas”. Por certo merecemos. Ou não?


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