Doem meus já cansados ouvidos, quando
os jornalistas brasileiros burramente chamam de “camarões” os vizinhos da
África. De fato aconteceu a partir da participação daqueles africanos na
primeira copa. Uns beócios de uns jornalistas desinformados começaram a chamar
de camarões os jogadores e a atribuir
que eles viam de um país com esse nome. Não existe nenhum país do mundo com o
nome de camarões, então é falso e
errado dizer seleção camaroa, seleção dos
camarões, seleção camaroeira, etc.
O nome correto é República do Camaroon e é um país com profundas
desigualdades econômicas, sociais e religiosas, multiseparado e dividido,
situa-se na África ocidental no Golfo da Guiné delimitando pela Guiné
Equatorial. O oeste e a norte se limita
com a Nigéria, a leste pelo Chade e pela República Centro-Africana, a sul pelo
Congo e por Mbini e a oeste pelo Golfo da Guiné.
A confusão provocada por um
incompetente jornalista de uma dessas emissoras deve-se ao fato do sujeito não
conhecer inglês fluentemente e ter traduzido a palavra Camaroon como se fosse camarão, o que e um absurdo, quando o
vocábulo para o crustáceo é absolutamente diferente.
Não se entende como os brasileiros
continuam a praticar tamanha aberração linguística e geográfica. Aliás, devo
confessar que semanas atrás em Salvador, passei por maus momentos para explicar
a um sobrinho, em ajuda ao dever de casa, que país camarões não existe. O
menino foi lá, apanhou seu livro e esfregou literalmente na minha cara; lá
estava escrito no mapa da África: “República
dos Camarões”. O nosso país é assim mesmo. Somos limitados em conhecimento
e não queremos ouvir a voz da razão nem consertar o que alguma anta, por
comodismo, plantou um dia em nossas cabeças. E, arrancar o errado que foi ensinado,
é dose de leão e cavalo xucro. No meu tempo os professores mandavam escrever
três mil vezes; “não existe nenhum país
com este nome”. Hoje os professores não sabem sequer escrever, com exceções, é
claro.
A palavra agora fica por conta da
Embaixada daquele país e dos seus membros.
Espero que pelo menos os meus amigos
não me deixem estressado atribuindo aos jogadores do país africano um nome
inexistente. Quanto a mim como detesto futebol. Aguardo ansioso o final da
participação dos pobres africanos. Meus ouvidos agradecerão.
E tem gente que ainda fica zangado
quando, lá fora nos chamam de o “país das
bananas” e, por tabela, das “bananas”. Por certo merecemos. Ou não?
O nome correto é CAMEROON
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