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quarta-feira, 22 de abril de 2015

AVENTURA SOCIOLOGICA – A CRISE

             
        O exemplo de que a sociedade não se articula ainda, é a oposição que segmentos fazem. Há um descompasso gritante no que diz respeito às minorias. Sócrates através  do método que se convencionou chamá-lo de  maiêutica socrática pretende decompor as questões até alcançar um ponto de satisfação. O que o articulista quer e pretende dizer é que não se consegue ainda delimitar o que seja “minoria” mesmo porque, esses pretensos grupos reformistas ou pseudo reformistas, pretendem, também, a transmutação de reformistas em transformistas sociais mas, que arrefecem a luta tão logo os objetivos sejam alcançados, quer associações, quer focos de interesses além de não possuírem, nem por ficção jurídica, qualquer sinal de pertencimento a qualquer identificação,muito menos traços personalísticos.
      O que seriam as tais “minorias”? Qual a metodologia capaz de ensejá-lo e caracterizá-los? Ao deferir a sociedade direitos e deveres como atributos do Estado versus Cidadania, este mesmo Estado no dizer de Cristina Souza “é uma instituição por excelência que já nas peças de Shakespeare e nos escritos de Nicolau Maquiavel se anunciava como o redutor da humanidade, e, que teve por toda a modernidade um desenvolvimento de enorme dimensões, começa a apresentar fortes tendências desintegrativas” (In. Ob. Cit e A).
      Pode-se dizer que perpassa no período uma febre contestatória. Não verdade não se pode dizer que tais movimentos chegaram ou chegam a somar alguma coisa. Entretanto, há um sopro ilusionista de liberdade aparente, mas que reduz pela complacência da permissibilidade uma discussão menos radicalizada, restando de positivo, certo grau de democratização pela aceitação e pelo deferimento do tecido social maior – a sociedade como um todo globalizante.
     Não é pretensão delimitar, muito menos fazer “tabula rasa” dos movimentos reivindicatórios das chamadas “minorias” nem mesmo negar-lhes as existências e pruridos existenciais, mas se trata de subordiná-los à norma social e às normas de conduta e convivência social. Essa visão casa-se perfeitamente com a visão do pós guerra em que as sociedades apelaram para a aceitaram imediatista do individualismo e da pouca e insignificante participação.
      As chamadas políticas afirmativas que pretendem romper com o já consagrado, representará muito mais a quebra de modelos sociais gastos, portanto reclamadores de novas posturas sociais. José Murilo de Carvalho escrevendo um artigo em uma das revistas, afirma: “Uma partida de futebol é o único momento em que todos os brasileiros, inclusive as populações indígenas se tornam brasilienses, se identificam em  um sentimento comum” (Ob e A. Cits.).
      Calcados na pretensão de mais e maior liberdade as chamadas políticas púbicas inclusivas, parecem ser muito mais a outra face de arregimentações de forças que se medem, porém com o claro intuito de “desestabilizar” o socialmente estabelecido aceito e concordado socialmente, embora escoimados certos defeitos, se positivem no sentido de chamar, de alguma forma, à discussão, ou quando menos chamar a atenção enquanto conquista da expressão democrática e da livre manifestação de opinião e crença, pilares de qualquer democracia dentre as civilizações modernas, as quais cabem auscultar e deferir os pleitos dessas “minorias”.
      Excluídos quaisquer maniqueísmos ou juízos interpretativos sob pena de insipidez\ sociológica, forçoso é reconhecer a modernidade mais aberta ao diálogo, à socialização de certos grupos, sua aceitação e divulgação como parte da  estratégia mercadológica, mormente como condição das configurações de aceitabilidade social e política, assim como o famigerado (ao nosso ver) do “corretamente político” praga infame da modernidade visionária de algum tresloucado ente social, em nome do qual se assentam as bases de quaisquer filosofias dos que ousam  contestar e  individualizar condutas.
     Aliás, foi Carl Marx ao tecer considerações juntamente a Engels no livro a Ideologia Alemã quem afirmou: “Evidentemente em um país como a Alemanha, no final não corre senão um processo histórico miserável tais processos intelectuais, tais trivialidades glorificadas e ineficientes, servem de paliativos para a falta de desenvolvimento histórico: alojam-se e devem ser combatidos, mas a luta tem meramente importância localizada”. (Ob. E AA. Cits.).
      Ora, de tudo quanto se afirmou, evidentemente não se pretende deslustrar os movimentos ditos sociais, muito menos estigmatizá-los ou minimizá-los, não obstante sua  localização e suas costumeiras tentativas de destruírem ícones sociais numa indisfarçada iconoclastia, não obstante urge as novas faces sociais, uma positividade ou negatividade, exercitando seu papel de juiz crítico no sentido de pugnar muito mais pela conformação social e a integração, visualizando a especificidade da teorização sociológica em que a busca pragmática consiga descobrir a realidade histórica e a perspectiva da marcha da  humanidade sem perder a coesão e a essencialidade que socorra o cidadão individual, o que exige um ordenamento jurídico como tia de proteção aos interesses difusos, considerando matriz e base de universalidades sob a norma social abrangente e impessoal, e não o atendimento de “minorias”, cuja existência reclama uma correção de rumos, quando menos a delimitação da sua identidade.
Trabalho apresentado à PUC-Rio pelo Autor quando aluno da Instituição.




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