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quinta-feira, 23 de abril de 2015

VERGONHA INTERNACIONAL

             No Brasil não temos nenhum sentimento de perdimento, muito menos de vergonha. Parece que, os sentimentos se enveredam por turbilhões de desconhecimento e de ausência de pertencimento, de modo a que nos expõe como nação, nos retira do meio das civilizações, e nos abandona perante o inexplicável mundo dos criminosos anônimos e insignificantes, sem Deus sem respeito, e, sem nenhum sentimento altruístico.
        Passada a comoção pública, nos acomodamos em silencio covarde. Passada a dor e a vergonha nos acostumamos aos sentimentos de cinismo e de desprezo pelos que se foram, e, pelos seus parentes, sem justiça, a reclamar perante amoucados e doidos ouvidos incapazes de sentir e experimentar dores e sentimentos de fraternidade.
       Quero especificamente me referir ao golpe de 1964 quando uma quadrilha de generais e subordinados cegos, ouvindo a voz da quebra da hierarquia e da normalidade democrática, atacou o Estado Brasileiro, matando e destruindo vidas preciosas em nome de uma pretensa mentirosa doutrina da Segurança Nacional que outra coisa não fez senão golpear e ferir mortalmente um povo, seus brios e sua história.
        Já nos referimos à farsa, não apenas uma vez, mas faremos enquanto pudermos e as vozes mais fortes escalonadas nas baionetas assassinas de outras quadrilhas de militares assassinos,  não forem capacitadas a calar, mais uma vez, como já demonstraram, sua capacidade de fazer o silencio dos que lutaram para uma pátria melhor.
       1964  é apenas mais um marco. Sabe-se que outras nações tiveram a desdita de serem lideradas pela famigerada Operação Condor representada e chefiada pelo Brasil espalhando sua capacidade monstruosa de matar e destruir, de aterrorizar populações e de fazer abaixar a cabeça pelo peso das baionetas a nacionais desarmados que outra coisa não fizeram nem desejaram senão sonhar com dias melhores para as populações. O Brasil se achincalhou, a mocidade com seus sonho sufocados pela cruenta e criminosa repressão, terminaram por alcançar uma juventude, no melhor de si, não deixando sequer traços de uma juventude que ajudaria a soerguer a nação.
        Sufocando as aspirações. Os militares mataram cidadãos e especialmente jovens indiscriminadamente, forjou suicídios, abusou da tortura, tudo em nome de uma repressão brutal, entregando ao capital estrangeiro as riquezas da nação e sufocando na pobreza infame e persistente, as populações brasileiras que não conseguem se desvencilhar da miséria em que as Forças Armadas gloriosas do Brasil conseguiram para gáudio da quadrilha de generais e marechais, fazer se abater sobre nós.
          A pior vergonha é dar as costas, deixar de apurar e punir tantos crimes, sendo, seguramente, a única nação no mundo em que crimes contra a humanidade permanecem sem apuração, muito menos sem responsabilização dos seus mentores e cabecilhas.
       E, aonde a impunidade medra terreno mais do que fértil permanece até que outra quadrilha, alimentada pela impunidade e ausência de corretivo, se ache no direito de repetir aventuras, ainda que sob a bandeira do sangue dos nacionalistas.
       Até quando permitiremos que criminosos continuem a vestir os pijamas da impunidade e da aposentadoria da traição?


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