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segunda-feira, 31 de março de 2014

Medalhas de sangue

Quem viveu o período de dominação em que uma quadrilha poderosa, armada e sofisticada, composta de generais assassinos e vendilhões, traidores da pátria e sem misericórdia, sabe do que estamos falando. No dia 31 de março para o  dia 1º de abril, eles destituíram o governo legitimamente votado do senhor João Goulart a quem juraram fidelidade como comandante-chefe da nação brasileira. Todos os anos eles determinavam festas de aniversário, torravam e queimavam o dinheiro do povo nos quarteis e clubes de simpatizantes, aonde distribuíam muitas medalhas aos civis que eram seus bajuladores e asseclas.
Se você olhasse naqueles tempos o peito dos generais fardados nas cerimonias, ficaria assustado e admirado quanto de medalhas ostentavam  no peito. Eles nunca fizeram uma guerra para receberem tantas condecorações. Condecorações da desonra militar, e desumana. Uns desavergonhados. Eles se condecoravam entre si e se atribuíam  comendas desavergonhadamente entre eles, se auto elogiavam e se presenteavam na maior cara de pau por terem traído os ideais e os juramentos de manterem a ordem constitucionalmente assegurada. Rasgaram a  constituição e as leis, destruiriam a nação, entregaram e se venderam  aos capitalistas e fundaram uma terra de terror e pavor.
Era muito comum civis recebendo medalhas. Imagino os filhos daqueles militarees e civis hoje, pois devem estar envergonhados diante da repulsa e da condenação pelos atos criminosos dos seus pais e antepassados.
Era muito comum, tecerem loas e desfilarem acintosamente e desavergonhadamente pelas ruas das cidades com carros blindados e carros de guerra, pobres e ignorantes soldadinhos, soldados imberbes e sem conhecimento, paus mandados,  , pobres e sem instrução, soldados, que desfilavam diante de palanques batendo continência para seus criminosos superiores.
Hoje o ovo tem horror de militares. Eles criaram um fosso entre os civis e a farda.
Fico envergonhado até hoje com os meus irmãos PROTESTANTES que não abriam a boca, pelas nossas lideranças que apoiaram aquela sujeira e estado de terror.
Lembro-me que desde o governo do senhor Kennedy o Brasil foi invadido por rapazes e moças americanos que se hospedavam em casas de protestantes e em conventos católicos. Depois do golpe eles se escafederam. Os pastores batistas (sou Batista) abraçaram, inocentes úteis e jamais se levantaram em notas de repúdios. Até hoje.
Bem verdade, a igreja católica apoiou inicialmente, mas, após ver os crimes da ditadura, começou a denunciar os generais e marechais.Se arrependeu, em termos. Não  engoli essa rápida revolta do catolicismo, ainda, não degluti e sei porque. Sim, o Brasil é o único país do mundo que, mesmo em tempo de paz, possui "marechal" nos seus quadros. Coisa de sacripanta e de donos do poder.
Civis recebiam de peito empolado, suas medalhas dos militares. Apoiaram, pediram as bênçãos dos militares, receberam presentes representados nas riquezas do Brasil usurpados e roubados do povo, enriqueceram, se locupletaram e criaram seus filhos na esbórnia e na cara de pau pois sabiam que, enquanto pudessem ajudar os militares traidores, eles mesmos seriam reconhecidos como cúmplices. Tivemos centenas de milhares de bandidos e, eles ai continuam mais ricos e nada devolveram ao povo do Brasil.
Estamos comemorando os cinquenta anos em que um punhado de quadrilheiro e de bandidos das forças armadas tomaram o Brasil, destruíram instituições, se apropriaram entregaram nossas riquezas, mataram nossos jovens, cercearam direitos e impediram os sonhos e suas realizações.
Os bandidos continuam impunes e não sabemos se algum dia alguém de vergonha chegará com peito para desenterrar os bandidos que estão morrendo para que sejam julgados mesmo "post mortem" e execrados publicamente.
Mas isso será outra história. Basta, por ora, que continuemos a prevenir para que o terror e os bandidos fardados que se diziam defensores do Brasil não voltem jamais..

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