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quinta-feira, 7 de julho de 2016

O HOMEM QUE NÃO TINHA NARIZ

         O ano se não me recordo. Sei que foi na década de 70 quando eu já estudava direito e fui aos sertões aproveitando um dos raros momentos de descanso. Em lá chegando fui convidado por antigo colega de infância, hoje falecido, então comprador e negociante de gado, para irmos à vizinha cidade de Andorinha, a qual nunca lá havia estado antes. 
          Era um sábado.Movido pelo convite e pela curiosidade em conhecer a pequena cidade, que por sinal achei-a muito simpática e organizada, fiquei perambulando sozinho pelas ruas, já que abstêmio não frequentei os bares que , ao que parece, os negócios do meu amigo, exigiam dele nos seus contactos.
     Perambulando à toa cheguei a um lugar, ao que me parece,deposito de animais de monta, onde se amarravam os animais, já que era dia de feira, e, ao olhar casualmente para os lados, deparei-me com uma cena bizarra e inusitada, passados mais de quarenta anos não me sai da cabeça. 
            Um homem com uma espécie de máscara abaixo dos olhos, um pano solto, amarelecido e encardido, enfiava algum tipo de alimento na boca. Lembrei-me que já o vira uma única vez, em dia de sábado, em Itiúba, minha cidade natal, para nunca mais avistá-lo, salvo agora, em Andorinhas. O que vi foi tétrico e pavoroso. O homem não possuía o lábio superior nem o nariz. Recolhido e fugidio de púbico, aquele homem se recolhia escondido diante da sua infelicidade, verdadeira monstruosidade a que não dera causa nem era culpado, mas sabedor de que a humanidade não o aceitava.         Jamais esqueci aquela cena pavorosa do ponto de vista da estética, pelo que fiquei a ruminar o que levara aquele pobre e desafortunado homem ao estado de tamanha miserabilidade física.
           Bem verdade quando cheguei muito anos depois à cidade de Santo Antonio de Jesus conheci e travei diálogo várias vezes com certo senhor que exercia cargo na Embasa, despossuído de nariz, mas que a ciência providenciara um, de cera, seguro pelos aros dos seus grossos óculos de grau, imitando e tudo por tudo a sua cor e suas características, incapaz de cercar a minha capacidade de vista, e de curiosidade mórbida, pelo que, ao falar ele ao dele quem se aproximasse, podia-se ver de um lado ao outro na base de cera que se apoiava sobre o rosto, o nariz saltitando quando ele emitia sons vocais!
         Essa bizarrice humana e essa morbidez humana, não se têm explicações, teima em permanecer no nosso consciente, a matutar e a refletir causas e porquês de tais

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